Por: Francisco Alberto, Maceió, Alagoas
O Esquerda Online vem divulgar a greve da educação municipal em Arapiraca, cidade de Alagoas, que vem cumprindo um papel fundamental na luta dos professores do município. Fizemos uma entrevista com uma das lideranças da greve, o professor Arnaldo Rocha, que conversou um pouco sobre o início do movimento paredista, sobre as reivindicações do movimento e os próximos passos.
EO: Há quanto tempo vocês estão em greve?
Arnaldo Rocha: Chegamos a 40 dias hoje. Até agora, já é a maior greve da história de Arapiraca. Temos várias assembleias e a cada uma delas mais tarefas e lutas. Temos hoje um comando de greve com mais de 30 escolas no município e uma comissão salarial com nove pessoas eleitas em assembleia. Estamos atuando em conjunto com a direção do SINTEAL na luta pelas nossas reivindicações. Ocupamos duas vezes a Câmara Municipal com todos os trabalhadores da educação municipal e pais de alunos.
EO: Qual o principal objetivo do movimento neste momento. Há alguma pauta específica?
Arnaldo Rocha: Lutamos por reposição salarial de 7.64%, mas também lutamos por mais condições de estudo e permanência na escola, como mais merenda e transporte de qualidade para os alunos. Lutamos por mais infraestrutura de qualidade nas escolas que sofrem com condições precárias. Esta é uma luta que envolve não só os professores, mas os pais e estudantes.
EO: Como está a negociação com a Prefeitura?
Arnaldo Rocha: Vivemos em um momento difícil da greve. A Prefeitura do governador Rogério Teófilo (PSDB) não se dispõe a dialogar com o movimento, pois diz que a nossa proposta fere a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Decretou a greve ilegal, vindo a público dizer que vai descontar os mais de trinta dias parados. Ao mesmo tempo, o FUNDEB vai mandar mais de R$ 103 milhões apenas esse ano. Como a proposta fere a LRF?
EO: Quais os próximos passos da greve?
Arnaldo Rocha: A categoria vai fazer uma assembleia para discutir os próximos passos do movimento, que está indo além do que a própria direção do SINTEAL pretende com a negociação.
Foto: Arquivo SINTEAL
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