Da Redação
O tema impopularidade não teve como passar despercebido no balanço de um ano do governo de Michel Temer. Após a cerimônia, o interino destacou não estar preocupado com esse quesito, marca de seu mandato. “Não estou preocupado com popularidade”, disse. Em termos comparativos, o peemedebista tem uma das piores aprovações da história do país.
Ainda em outubro de 2016, pesquisa IBOPE divulgou dados onde a popularidade do presidente, em pouco tempo de mandato, já apresentada níveis de negatividade altos. Em se tratando dos que avaliavam o governo como péssimo ou ruim, o número apresentado no governo Temer já era superior aos apresentados antes de março de 2015 por Dilma. Nos últimos 20 anos, os presidentes que atingiram maior percentual de desaprovação foram Dilma, Sarney e depois Collor ao final do mandato, respectivamente. Sarney tinha índice de aprovação comparado aos 70% de avaliação positiva de Lula, que passou por crescimento econômico, mas viu a avaliação despencar até o término da gestão. Os governos de Collor e Dilma, que também foram depostos, apresentaram a mesma movimentação, com mais insatisfação ao final do mandato, seguidos de Fernando Henrique, que apresentou menos de 30% de avaliação boa ou ótima ao final da gestão.
Ao final do governo de Dilma, a avaliação despencou em todos os quesitos, fato aproveitado pelo PMDB e partidos aliados da direita tradicional para orquestrarem o golpe parlamentar que colocou Temer no governo. Os índices baixos de popularidade de Temer eram grandes, mas a insatisfação representada pela pesquisa IBOPE em outubro ainda não tinha superado o apresentado ao final do governo de Dilma Roussef. Ao todo, 69% consideravam o governo petista ruim e péssimo em março de 2016, bem superior aos 39% de Temer em setembro de 2016.
No entanto, esses dados mudaram consideravelmente. Na última pesquisa do Datafolha, 71% dos brasileiros consideram ruim ou péssimo o governo de Temer. O índice é maior do que o do final do mandato de Dilma. A principal justificativa do desgaste pode ser a experiência da população sobre a serviço de quê veio o presidente. Junto com ele, diversas medidas foram apresentadas, como o pacote de reformas que mexe diretamente com a vida de milhões de brasileiros. A Reforma da Previdência, por exemplo, tem 71% de rejeição. Mesmo assim, o presidente insiste em não estar preocupado com o fato.
Segundo Temer, em entrevista nesta sexta-feira, “A ordem é a da frase ‘Ordem e Progresso'”, disse. Resta perguntar: “progresso para quem?”.
Participaram da cerimônia ministros e aliados de Temer na Câmara e no Congresso. Durante o evento, o 1º vice-presidente do Senado, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), afirmou que Temer não tem um governo “populista”.
Foto: 12/05/2017- Brasília – DF, Brasil- Reunião “Um Ano de Conquistas”
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