Da Redação
Vereadoras de São Paulo pelo PSOL, Sâmia Bonfim e Isa Penna repercutem nas redes sociais com o vídeo do pronunciamento no plenária da Câmara dos Vereadores da capital paulista, onde respondem a Fernando Holiday, do MBL, sobre uma suposta “fiscalização dos professores” realizada pelo vereador em escolas da Zona Sul do município. As duas questionam o ato abusivo por parte do parlamentar, uma nítida intenção de intimidar os educadores quanto ao conteúdo produzido em sala de aula. “Deveria, ao contrário, fiscalizar o Executivo, o fechamento de bibliotecas pelo prefeito, as denúncias de desvio de merenda atribuídas ao governador do estado, os casos de envolvimento em caixas dois por vereadores reeleitos com discurso contra corrupção”, denunciam ao afirmarem que, sobre esses assuntos, Holiday nunca deferiu uma palavra sequer.
Fernando Holiday lançou nas redes sociais o que ele chamou de campanha de fiscalização nas escolas de São Paulo. Convocou os pais e responsáveis de alunos a denunciarem casos que considerassem “doutrinação em sala de aula”, segundo afirma, para que ele mesmo pudesse ir verificar nas escolas. Holiday tenta adiantar o que seria o projeto “Escola sem partido”, ferindo a autonomia educacional e atacando a diversidade.
Aparentemente o que poderia ser uma boa intenção, estar mais perto da comunidade, conhecendo suas realidades, nesse caso do parlamentar é utilizado como uma forma de coibir a prática do ensino dos professores. Esse tipo de abordagem tem se tornado prática comum pelos dirigentes do MBL, como em seus canais do youtube, que, para gerar likes, se utilizam de provocações em todas as suas abordagens.
O que poderia ser desconsiderado nas redes, no entanto, Holiday tenta levar à vida real. A provocação e a intimidação como instrumento de fazer política. Isso, numa das cidades mais importantes do país.
Desfocam dos assuntos mais relevantes que poderiam de fato garantir uma educação de qualidade. Alguns dos elementos são citados pelas vereadoras do PSOL. Ainda durante o pronunciamento, Sâmia Bonfim questiona o fato de não haver concursos e contratação de educadores, que se encontram em número defasado nas escolas do município. Questiona o por quê de Fernando Holiday não estar o mínimo interessado em fatos como esse.
As vereadoras anunciaram, ainda, durante o pronunciamento, que denunciariam o caso ao Ministério Público, à Secretaria de Educação do Município e à Corregedoria da Câmara. Também, foi apresentando o Projeto de Lei, o PL 207.2017, que, de acordo com Sâmia é “contra a censura nas Escolas, em defesa dos debates plurais e democráticos, contra a ditadura do pensamento único e em respeito ao magistério e aos projetos políticos pedagógicos formulados pelos profissionais da Educação”.
Aparentemente, o jovem parlamentar do MBL ficou sem resposta. Sâmia e Isa deram o recado!
Assista ao vídeo
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