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BRASIL

35 Anos da Guerra das Malvinas

Por Diogo Xavier, de Recife

No ano de 1982 a ditadura Argentina, que já estava no poder do país havia 6 anos, estava muito frágil e sofrendo muita pressão nacional e internacional a cartada que os militares tentaram dar para salvar o regime foi a tomada das Ilhas Malvinas.

As Malvinas são um arquipélago no sul do oceano atlântico que fica a 500 km da Argentina. O local é motivo de disputas desde o século XIX por Espanhóis e Ingleses por conta da exploração da pesca e os territórios na Antártica.

Na década de 1960 a ONU baixou uma resolução a favor da descolonização britânica da Ilha o que deu ainda mais peso para a postura de retomada do território. Com a chegada de Margareth Thatcher ao posto de primeiro ministro e a tentativa de cortar gastos se começou uma negociação para que a Argentina pudesse tomar pose do arquipélago, no entanto as negociações se encerraram em 1981 sem uma saída negociada.

Nesse contexto, tentando conquistar apoio à ditadura, o General Galtiere enviou 12 mil soldados e 40 navios que tomaram a ilha no dia 2 de abril de 1982. A atitude claramente anti imperialista gerou reação imediata da Inglaterra. 

Para não perder uma área que simbolizava o domínio dos britânicos, Margaret Thatcher numa demonstração de força, enviou 28 mil soldados em 100 navios que chegaram rapidamente a Ilha mesmo com a distância de 12 mil km separando os territórios.

A vitória Inglesa foi rápida e a guerra durou ao todo 75 dias tendo como baixas 258 Britânicos e 649 Argentinos além de mais de 11 mil aprisionados. A derrota ajudou a derrubar a ditadura que cairia um ano depois.

Desde 2000 na Argentina o dia 2 de Abril é o “Día del veterano y de los Caídos em la Guerra de Malvinas” em homenagem à todos aqueles que morreram em combate, que até hoje traz marcas profundas na sociedade argentina, sendo uma das maiores reivindicações nacionais a retomada do território.

Argentina Malvinas

A guerra das Malvinas é mais uma prova de como o imperialismo consegue estender sua influência longe e interferir na soberania dos países colonizados. Quase a totalidade dos países latinos consideram a posse do local como sendo dos argentinos, usando o nome Malvinas nos seus documentos oficiais e não Falklands como é chamado pelos Ingleses.