Sonia Meire: “Enquanto nós estamos aqui, mulheres estão sendo violentadas”


Publicado em: 2 de dezembro de 2025

Mandato Sonia Meire

Esse post foi criado pelo Esquerda Online.

Mandato Sonia Meire

Esquerda Online

Compartilhe:

Crédito: Luanna Pinheiro

Ouça a Notícia:

Nos últimos dias, diversos casos de violência contra a mulher foram expostos na imprensa, tanto no estado de Sergipe quanto em outros estados do Brasil, e a vereadora professora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), durante o pequeno expediente, nesta terça-feira, dia 02, para criticar o machismo e repudiar os últimos casos de violência contra a mulher. O feminicídio já matou mais de 1000 mulheres no país só em 2025, e de janeiro a setembro mais de 2700 sofreram tentativas de feminicídio, o que indica um aumento de 26% no número desses crimes.

“Enquanto nós estamos aqui falando no pequeno expediente, mulheres estão sendo violentadas. Nós não podemos abrir mão deste debate, que passa fundamentalmente pela educação. O debate de gênero precisa ser feito fundamentalmente nas escolas, porque é o lugar que tem a possibilidade de trabalhar com a formação de crianças e adolescentes desde cedo. Falando sobre respeito, sobre liberdade, porque não é sobre as mulheres que nós temos que debater, mas sim sobre o processo de formação dos homens, de uma sociedade machista, de base patriarcal”, disse Sonia Meire.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública destacou que não adianta apenas as mulheres terem acesso a uma delegacia de polícia para ter uma medida protetiva, mas que é essencial que ela tenha acesso a programas de emprego, geração de renda. O Brasil tem a quinta maior taxa de feminicídio no mundo e cerca de quatro mulheres são assassinadas por dia no país. Um relatório recente destaca que 60% de todos os homicídios de mulheres são cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família.

“Nós já estamos cansadas de falar dos números e dizer basta. O basta deve ser dito com a formação de homens, crianças e adolescentes. Portanto a discussão de gênero não pode ficar excluído do currículo escolar. É exatamente nas famílias onde ocorre o maior número de violências, contra as mulheres, contra as meninas. Que família é essa que nós temos no nosso país, como é formada essa família, como é educada. E porque está sendo construída essa política de ódio contra as mulheres”, finalizou a vereadora.


Contribua com a Esquerda Online

Faça a sua contribuição