A operação “contra-golpe” da Polícia Federal revelou acontecimentos assombrosos. Na casa de Braga Netto, foi traçado um plano para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Militares de alta patente estavam preparados para a ação homicida. Dentro do Palácio do Planalto, foi impresso o passo a passo da estratégia golpista. No cardápio: envenenamento, execução com fuzil e explosão com bombas.
Por muito pouco, em 15 de dezembro de 2022, não foi concretizada a operação para matar o presidente e o vice-presidente da República eleitos, assim como o presidente do TSE e ministro do STF. Pouco antes, no dia 12, quando da diplomação de Lula no TSE, ônibus e carros foram queimados em Brasília e houve a tentativa de invasão da sede da PF. Mas a ousadia do plano golpista iria além. Em 08 de janeiro de 2023, sob condução de agentes das forças especiais do Exército, os chamados “kids pretos”, ocorreu a invasão fascista das sedes dos Três Poderes.
As robustas evidências coletadas pela PF ao longo de quase dois anos de investigação mostram que o golpe de Estado foi concebido e coordenado pela cúpula do governo Bolsonaro, com o ex-presidente, Jair Messias, como o chefe supremo da conspiração golpista e com generais quatro estrelas no seu assessoramento direto — notadamente Braga Netto e Augusto Heleno.
Após a revelação estarrecedora de que houve planejamento para assassinar Lula, Alckmin e Moraes, o país não pode fingir que nada demais foi revelado.
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É preciso haver a decretação imediata da prisão preventiva de Braga Netto e de Bolsonaro. Livres, eles podem destruir provas e seguir articulando crimes. A PF e o STF, sob a liderança de Alexandre de Moraes, devem dar o passo necessário: colocar na cadeia a cúpula criminosa, que buscou estabelecer uma ditadura no país, se utilizando do planejamento de atos terroristas e assassinatos políticos.
Diante de fatos tão graves que vieram a público, se faz necessário um posicionamento do Presidente Lula à nação em cadeia nacional de rádio e TV. Medidas efetivas contra o golpismo incrustado nas Forças Armadas precisam ser tomadas. Entre elas, a dissolução da força especial militar apelidada de “kids pretos”.
É momento também da máxima firmeza do governo federal. Diante de fatos tão graves que vieram a público, se faz necessário um posicionamento do Presidente Lula à nação em cadeia nacional de rádio e TV. Medidas efetivas contra o golpismo incrustado nas Forças Armadas precisam ser tomadas. Entre elas, a dissolução da força especial militar apelidada de “kids pretos”. Todos militares envolvidos na conspiração criminosa devem ser rigorosamente punidos.
Importa também cobrar da grande imprensa e do Congresso Nacional, a começar pelo presidente da Câmara, Artur Lira, que se mantém em vergonhoso silêncio até agora, para que se posicionem categoricamente perante revelações de tamanha gravidade. O projeto de Anistia para os golpistas, urdido pelo bolsonarismo com a condescendência do “centrão”, precisa ser enterrado urgentemente no Congresso.
Além de Lira, Tarcísio de Freitas se mantém em silêncio completo diante da sinistra revelação do plano de assassinatos. A mídia corporativa, que o chama cinicamente de “moderado”, sequer cobra do governador bolsonarista de SP posição sobre o assunto. Um acinte!
É provável que a PF conclua o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado nos próximos dias. Segundo se noticia, Bolsonaro, Heleno, Braga Netto e dezenas de outros criminosos serão indiciados. Caberá ao STF o pronto julgamento dessa corja fascista. O país enfrentará um momento crucial para o futuro das liberdades democráticas, e também de muita tensão política e social, em razão da influência da extrema direita na sociedade. Às forças democráticas e de esquerda será preciso máxima mobilização e luta política para, enfim, condenar e prender a cúpula golpista.
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