O movimento VAT-Vida Além do Trabalho nasceu da indignação de um jovem trabalhador do Rio de Janeiro, Rick Azevedo, que há pouco mais de um ano lançou a campanha pelo fim da escola 6×1 nas redes socias.
Natural do interior de Tocantins, mas vivendo no Rio há mais de uma década, Rick já ganhou a vida como auxiliar de serviços gerais, vendedor, frentista e balconista de farmácia. Trabalhando nesses empregos na escala 6×1, tentou cursos superiores nas áreas de Enfermagem, Marketing e Jornalismo, sem sucesso, pois não conseguia tempo para estudar.: “Eu não tenho filho, não tenho marido, sou sozinho e não consigo fazer as coisas, imagina quem tem tudo isso e casa para cuidar. A pessoa se doa para a empresa seis dias na semana e só tem um dia para folgar, isso para ganhar um salário mínimo”, diz em um dos vídeos que viralizou em uma rede social, nos quais relata sua rotina extenuante, além de questões de ansiedade e depressão.
A história de Rick não é diferente da história de milhões de outros trabalhadores brasileiros. Segundo o CAGED-Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, só no comércio, um dos setores que mais emprega no país, são 10,5 milhões de trabalhadores em regime 6×1. É o caso também de trabalhadores de serviços, como hotéis, bares, restaurantes, motoristas de ônibus, etc, com jornada de 7h20 de trabalho em seis dias e um dia de folga.
Foi então que Rick lançou uma petição online cujo título é Por um Brasil que Vai Além do Trabalho: VAT e Ricardo Azevedo na Vanguarda da Mudança, que até o momento já soma nada menos que 2.406.075 em favor do fim da escala 6×1.
Ao mesmo tempo há, nesse momento, uma Proposta de Emenda Constitucional, de iniciativa da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), coletando assinaturas entre parlamentares federais para que a proposta se torne lei. Criada na última sexta-feira (8), a PEC já conseguiu reunir, até agora, 134 assinaturas e segue circulando pela casa, até atingir as 171 assinaturas necessárias para que o projeto siga tramitando e vá ao plenário.
O projeto apresentado pela deputada, propõe alterar o inciso XIII, do artigo 7 da Constituição Federal, estabelecendo: “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e trinta e seis horas semanais, com jornada de trabalho de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
Ministro do trabalho precisa rever sua postura e Lula precisa abraçar essa luta
Recentemente o Ministro do trabalho, Luiz Marinho declarou no twitter que “entende que a questão da escala de trabalho 6×1 deve ser tratada em convenções e acordos coletivos de trabalho”, ou seja, um dos principais ministros do governo Lula, escolhe abster-se de apoiar esse importante movimento, cujo potencial é enorme, deixando para que o tema seja debatido entre trabalhadores e empresários.
Como dito em nota, o @MTE entende que a questão da escala de trabalho 6×1 deve ser tratada em convenções e acordos coletivos de trabalho. A pasta considera, contudo, que a redução da jornada para 40H semanais é plenamente possível e saudável, quando resulte de decisão coletiva.
— Luiz Marinho (@luizmarinhopt) November 11, 2024
É importante refrescar a memória do ministro e lembrar que o governo Lula foi eleito por 60.341.333 de brasileiros para fazer avançar direitos sociais, atendendo demandas populares, como é o caso da luta pelo fim da escala 6×1.
É importante refrescar a memória do ministro e lembrar que o governo Lula foi eleito por 60.341.333 de brasileiros para fazer avançar direitos sociais, atendendo demandas populares, como é o caso da luta pelo fim da escala 6×1.
Há muitas categorias que sequer têm sindicato atuante e com força de barganhar a redução da jornada. Muitos sindicatos no Brasil são meramente cartoriais. Uma vez que o governo Lula, junto com seus ministros e sua bancada no Congresso, entrem nessa luta, o movimento teria um apoio fundamental e até decisivo, para fazer essa pauta ser vitoriosa.
Chegou o momento de tomar as ruas do país e mostrar a força do movimento VAT
REGIÃO SUDESTE
RJ
Rio de Janeiro – Câmara Municipal (Cinelândia), às 10h
MG
Belo Horizonte – Praça 7, às 09h
SP
São Paulo – Av. Paulista com Brigadeiro, às 9h
São Carlos – Praça Ronald Golias (Cidade Aracy), às 14h
Campinas – Estação cultura, às 09h
São José dos Campos – Praça Afonso Pena, às 9h
ES
Vitória – ALES – Assembleia Legislativa do ES, às 14h
REGIÃO NORDESTE
CE
Fortaleza – Praça do Ferreira, às 10h
Juazeiro do Norte – Em frente a AeC, às 08h30
PB
Campina Grande – AeC, às 12h30
PE
Recife – Parque Treze de Maio, às 9h
BA
Salvador – Farol da Barra, às 10h
MA
São Luís – Praça Deodoro, às 09h
Caxias – Praça da Matriz, – às 09
SE
Aracaju – Praça Fausto Cardoso, às 9h
AL
Maceió – Igreja do Livramento (Centro), às 10h
REGIÃO CENTRO-OESTE
DF
Brasília – Rodoviária do Plano Piloto, às 9h
MT
Cuiabá-MT – Praça Ipiranga, à 09h
GO
Goiânia – Em frent ao Buriti Shopping, às 14h
REGIÃO SUL
SC
Florianópolis – Ao lado to TICEN, às 09h
RS
Porto Alegre – Usina do Gasômetro, às 15h
PR
Curitiba – Praça Santos Andrade, às 10h
Ponta Grossa – Praça dos Polacos, às 14h
REGIÃO NORTE
AC
Rio Branco (AC) – Praça da revolução, às 16h
AP
Macapá – Praça veiga Cabral, às 16h
TO
Palmas – Praça dos povos indígenas, às 09h
PA
Belém – Praça do operário (São Braz), às 8h30
Nosso portal estará atualizando permanentemente as informações relativas aos atos pelo país.
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