É grande a expectativa com o segundo turno na Argentina. Tudo aponta para uma disputa acirradíssima. Patricia Bullrich, terceira colocada na eleição da Argentina, declarou apoio ao candidato da extrema-direita, Javier Milei. O ex-presidente Mauricio Macri, queridinho da mídia brasileira, foi um dos articulados deste apoio. Confirmando a tese de que, na maioria das vezes, os políticos da direita tradicional apoiam candidaturas fascistas.
O crescimento da extrema-direita é funcional para o capital, pois serve para chantagear os governos progressistas. Ou seja, somente a classe trabalhadora e os setores oprimidos verdadeiramente defendem as ” liberdades democráticas”.
A Frente de Izquierda y de Trabajadores Unidad – FITU obteve um bom desempenho eleitoral. A chapa presidencial encabeçada por Myriam Bregman obteve 709.932 votos.
Os 780 mil obtidos para deputados nacionais e a boa eleição realizada na CABA garantiram à FIT o quinto deputado nacional e um legislador para manter as três cadeiras na legislatura de Buenos Aires.
Qual vai ser a posição Frente de Izquierda y de Trabajadores Unidad – FITU no segundo turno?
Nahuel Moreno, dirigente e teórico do trotskismo argentino, em “O Partido e a Revolução”, alerta para a centralidade da luta contra o fascismo: “Trotsky não se cansava de assinalar que todos os governos burgueses não são iguais. Que era preciso distinguir cuidadosamente os distintos tipos que existem e identificar possíveis lutas entre bandos da burguesia. Insistia que, diante de sintomas de avanço fascista, se deveria assinalar para os trabalhadores que a tarefa mais urgente é combatê-los à morte, “POR TODOS OS MEIOS”.
Não parece ser um detalhe Moreno destacar: por todos os meios. Ou seja, contribuir com o movimento para derrotar o fascismo no segundo turno é uma obrigação de todas organizações de esquerda.
O povo brasileiro sofreu muito com os quatro anos do governo Bolsonaro. Por isso, fazemos esta alerta aos camaradas argentinos.
As organizações de esquerda devem ser úteis para a classe trabalhadora. Neste sentido, fazer uma forte campanha por Sergio Massa contra o fascista do Milei é o correto para impedir um retrocesso enorme na situação política argentina.
As organizações de esquerda devem ser úteis para a classe trabalhadora. Neste sentido, fazer uma forte campanha por Sergio Massa contra o fascista do Milei é o correto para impedir um retrocesso enorme na situação política argentina.
Evidente que pedir voto para Sergio Massa não significa adesão à proposta de governo de unidade nacional lançada pelo candidato peronista. Ao contrário, com a classe trabalhadora fortalecida, porque derrotou o fascismo, enfrentará em melhores condições os planos de ajuste pactuado pelo novo governo com o FMI.
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