Noticiado com exclusividade pelo portal de notícias UOL, foi revelado nesta terça (13/12) um escândalo envolvendo o desvio de recursos destinados para a UERJ para financiar cabos eleitorais ligados a dois candidatos bolsonaristas do Rio de Janeiro. Os candidatos em questão são Soraya Santos (foto acima), reeleita deputada federal pelo PL-RJ, e Dr. Serginho (foto acima), reeleito deputado estadual também pelo PL-RJ, ambos pelo partido do presidente Jair Bolsonaro.
A investigação conduzida pelo UOL apurou que ao menos 45 pessoas contratadas via Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) têm fortes indícios de serem funcionários fantasmas liberados para fazer campanha para os então candidatos. A soma dos gastos com esses funcionários totaliza mais de 2,3 milhões de reais, recebendo até 26 mil reais por mês durante a campanha. Todos os contratados negam ter recebido recursos da universidade, apesar de confirmarem que fizeram campanha para os candidatos em questão. Tanto Soraya e Dr. Serginho quanto a UERJ negam quaisquer irregularidades referentes a essa indicações.
A revelação desse escândalo ocorreu dias após as mobilizações estudantis para garantir o pagamento das bolsas CAPES, que estavam ameaçadas devido a bloqueios orçamentários realizados pelo governo federal. Além de demonstrar, para além de quaisquer dúvidas, o desprezo desse governo para com a educação, esse escândalo escancara o escárnio que são as prioridades de Bolsonaro. Em um cenário em que as universidades lutam para se manter abertas por mais um mês, a corrupção bolsonarista desvia dinheiro para se perpetuar no poder, com o apoio da estrutura do governo Cláudio Castro (PL-RJ). Mais do que nunca, se faz necessário apurar a escala de aparelhamento do estado pelo bolsonarismo e avançar na desbolsonarização da máquina pública.
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