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MOVIMENTO

Personalidades e organizações de esquerda enviam mensagens de condolências pela morte de Paulo Aguena “Catatau”

da redação

Registro de uma das primeiras passeatas pelo Fora Collor em São Paulo-SP, quando Catatau (ao centro, com o punho esquerdo erguido), integrava a Convergência Socialista, no PT

Inúmeras organizações da esquerda brasileira e de outros países enviaram mensagens de condolências pelo falecimento do revolucionário Paulo Aguena “Catatau”, na última segunda-feira, 05/12.

São mensagens que expressam não só a solidariedade entre lutadores nesta triste hora de luto e despedida, mas também o reconhecimento da trajetória honrada e abnegada que trilhou Paulo Aguena ao longo das últimas quatro décadas.

Além do PSOL, partido no qual Catatau militou nos últimos anos, enviaram mensagens o PSTU, além de organizações da Argentina, Venezuela, Colômbia, Espanha e Portugal.

O falecimento de Catatau ainda foi mencionado na Câmara Federal pelos deputados Orlando Silva-PCdoB e Sâmia Bomfim-PSOL.

Confira algumas dessas notas, clicando no índice abaixo:

PSOL | Nota de pesar do PSOL pelo falecimento de Paulo Aguena “Catatau”

PSTU | Nossa homenagem ao Cata, Paulo Aguena

CSP-Conlutas | Fileira socialista perde um dos seus. Catatau presente sempre!

CST – Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores | Homenagem a Paulo Aguena, Catatau

Comitê de Enlace Alternativa Socialista e Luta Socialista | Catatau, presente até o socialismo sempre!

LSR – Liberdade Socialismo Revolução | Catatau, presente!

MRT – Movimento Revolucionário dos Trabalhadores | Faleceu o Catatau, Paulo Aguena, dirigente da Resistência-PSOL

MES – Movimento Esquerda Socialista | Paulo Aguena Catatau, presente!

SoB – Socialismo ou Barbárie | Luto: morre Paulo Aguena, o Catatau

Orlando Silva e Samia Bomfim, parlamentares do PCdoB e do PSOL, vão à tribuna da Câmara para homenagear Paulo Aguena, o Catatau

Francisco “Chico” Louçã, fundador do Bloco de Esquerda, em Portugal

Movimento Alternativa Socialista (Portugal) | Morreu Paulo Aguena, o ‘Cata’ (ou ‘Catatau’)

Anticapitalistas (Espanha)

Grupo de Trabajadores Socialistas (Colômbia) | Murió Paulo Afonso Aguena, “Catatau”

Opinião Socialista (Argentina) | Morreu Paulo Aguena, Catatau, Dirigente da Resistencia-PSOL

 

PSOL | Nota de pesar do PSOL pelo falecimento de Paulo Aguena “Catatau”

Cata, presente!

Recebemos com pesar a notícia do falecimento do Paulo Aguena, conhecido carinhosamente como Catatau ou Cata, militante do PSOL, dirigente histórico da Resistência, uma de suas correntes internas.

Sabemos que o contrário da vida não é a morte, e sim o desencanto. Cata nunca perdeu o encanto por viver, lutar e construir um mundo socialista. Ainda na juventude, Catatau iniciou sua militância em 1979 na Universidade Federal de São Carlos. Desde então, tivemos o privilégio de aprender e conviver com ele, um apaixonado pela vida e um organizador obstinado. Com mais de 40 anos dedicados a construir a luta pelo socialismo, Cata nos ensinou que este projeto vai além de uma vida.

Hoje nos despedimos dele, mas levaremos sempre conosco as memórias, o exemplo e a confiança no futuro.

Partido Socialismo e Liberdade

06/12/2022

PSTU | Nossa homenagem ao Cata, Paulo Aguena

Faleceu nesta noite de 5 de dezembro, aos quase 61 anos (faria 61 em 13 de dezembro), Paulo Aguena, o Catatau, que dedicou a maior parte de sua vida política à militância nas fileiras do nosso Partido, o PSTU, e da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI).

Reivindicou-se um trotskysta e um morenista a vida inteira. Em 2016, Catatau se separou do PSTU e, com outros companheiros, conformou outra organização, hoje a Resistencia-PSOL, na qual militou durante esses últimos anos.

Em 1979, na Universidade Federal de São Carlos, como estudante de Engenharia de Produção, entrou para a Convergência Socialista (CS). Estreou no movimento estudantil naquele momento de efervescência e lutas contra a ditadura militar.

Entrou em uma organização revolucionária jovem e ousada, disposta a fincar o pé no movimento operário, sob as orientações de Nahuel Moreno e da Fração Bolchevique. A Convergência Socialista teve sua direção presa em 1978 e sua primeira crise mais importante em 1979.

Cata foi chamado bem cedo a cumprir um papel de dirigente nacional.

Fez parte da linha de frente em diferentes momentos da construção e da inserção da então Convergência Socialista no movimento operário, na participação de inúmeras greves e combates, na conquista e participação em sindicatos e construção de oposições sindicais, ajudando a ganhar e organizar no partido parte do melhor da vanguarda operária.

Atuou em diversos momentos em diferentes regionais. Na Baixada Santista, na construção civil; depois em Minas Gerais, com os metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem e com os demais trabalhos operários ligados à Federação Democrática dos Metalúrgicos de MG; no ABC Paulista nos anos 1990; no Rio de Janeiro; e, por fim, em São José dos Campos(SP).

Com a crise da LIT em 1990, quando o nosso principal partido, o MAS da Argentina, sofreu inúmeras rupturas e o PSTU brasileiro se viu obrigado a cumprir um papel maior na reconstrução da Internacional, Catatau foi chamado novamente a cumprir, com outros novos companheiros, um papel central no Executivo Nacional da CS, que logo seria expulsa do PT após o Fora Collor, conformaria a Frente Revolucionária e fundaria o PSTU em junho de 1994.

Neste período, Catatau ajudou a reorganizar e reconstruir a juventude do PSTU, que, junto com a UNE, e contra o PT, dirigiu as mobilizações pelo Fora Collor.

Militante internacionalista, ele foi parte da direção da LIT,  inclusive morou fora do Brasil e ajudou na construção de outras organizações revolucionárias.

Catatau foi anistiado pela CS, como ativista da Construção Civil de Cubatão (SP).

Diferenças políticas importantes e estratégicas sobre a relação dos revolucionários com as eleições burguesas e com o reformismo, após amplo e democrático debate interno, levaram à sua ruptura com o PSTU e com a LIT, junto com outros companheiros; que posteriormente formaram a Resistência e entraram no PSOL.

Em que pese que nossos caminhos se separaram e as diferenças estratégicas, e principistas até, que desenvolvemos; e que nos levaram à construção de organizações bastante diferentes nos últimos anos;  reconhecemos, reivindicamos e homenageamos Catatau como um militante trotskysta, morenista, socialista, capaz, abnegado, grande organizador, que sempre carregou grande paixão e ousadia no que se propôs a fazer, de quem sentiremos muita falta, como amigo de muitos de nós que continuava sendo, e como alguém que carregou junto conosco uma grande parte da nossa história.

Nos despedimos do Catatau com essa pequena homenagem, e prestamos nossa solidariedade à sua companheira Mariana, aos seus filhos e todos seus familiares, bem como aos militantes da Resistência.

Catatau (Paulo Aguena), presente!

PSTU – 06/12/2022

CSP-Conlutas | Fileira socialista perde um dos seus. Catatau presente sempre!

Trotsquista desde a época em que atuou no movimento estudantil, em São Carlos (SP), lutou a maior parte de sua vida pelo Socialismo.

No final dos anos de 1970 e na década de 1980 cumpriu relevante papel como direção da organização Convergência Socialista na inserção da então corrente interna do PT, no movimento operário. Com participação em inúmeras greves e combates, conquistas e participação em sindicatos e construção de oposições sindicais, contribuiu para captar segmentos da vanguarda operária para a luta socialista.

Catatau atuou naquele momento significativo do país, ainda no período da ditadura militar, quando surgia nas fileiras do movimento dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros o que foi convencionado de Novo Sindicalismo, que cumpriu importante papel para o enfraquecimento do militarismo no país e forjou um sindicalismo combativo, pela base e com bandeiras democráticas.

E, assim, como dirigente partidário entrou em contato e ajudou a construir o melhor da vanguarda operária no Brasil. Esteve em vários lugares. Na Baixada Santista quando Cubatão, município mais poluído do mundo, contava com grandes indústrias – refinaria de petróleo, siderúrgica, empresas de fertilizantes e de produtos químicos. Na construção civil, onde estava o setor mais explorado da classe, e era fundamental para a expansão dessas empresas, estava ali Catatau.

No final da década 1980 quando houve um novo ascenso operário, em Minas Gerais, atuou como dirigente da CS na greve da siderúrgica Mannesmann, em Contagem, em 1989. Estavam juntos Catatau na direção da organização trotsquista e Zé Maria de Almeida, então diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, uma das principais lideranças da greve de ocupação que entrou para a história da luta da classe trabalhadora brasileira.

No ABC, nos anos de 1990 e, em São José dos Campos (SP), já nos anos 2000, este militante sério, ousado e entusiasmado, atuou politicamente para a fundação da CUT, como no processo de ruptura com a Central que se tornava um braço do governo de Frente Popular. Foi quando também esteve presente na elaboração para a construção de uma nova direção independente, autônoma, classista, democrática e internacionalista, a Conlutas. Desta forma, Catatau também cumpre papel importante da criação da CSP-Conlutas.

Por isso, próximos aos seus 61 anos, homenageamos este militante que integrou fileiras na Convergência Socialista, PSTU e nos últimos anos se dedicou a organizar – uma de suas melhores características-, a Resistência-PSOL.

Você deixa uma bela história de vida dedicada à luta da classe trabalhadora, à construção do Socialismo.

A CSP-Conlutas se solidariza imensamente com a companheira Mariana, seus filhos Alexandre e Lucas Caetano, e demais familiares, assim como com toda a militância da Resistência, os amigos e amigas de Cata.

Presente sempre, camarada!

CST – Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores | Homenagem a Paulo Aguena, Catatau

Recebemos com tristeza a notícia do falecimento do companheiro Paulo Aguena, o Catatau, dirigente da corrente Resistência, do PSOL.

Catatau foi parte da geração de trotskistas que militou desde as greves e fortes mobilizações estudantis do final dos anos 70. Foi dirigente da antiga Convergência Socialista onde ajudou a inserção dos trotskistas no movimento operário. Após sua expulsão do PT em 92, fundou o PSTU em 94 partido que ajudou a dirigir até 2016, quando um setor desse partido vai para o PSOL, fundando a Resistência.

Em que pese as diferenças políticas que tivemos ao longo de sua vida e debates no âmbito do Psol, mantivemos sempre um respeito pela sua trajetória e abnegação. Nos despedimos hoje de um companheiro que dedicou sua vida a luta pelo socialismo.

Deixamos nossas condolências aos companheiros e companheiras da corrente Resistência, aos amigos e familiares nesse momento de tristeza.

Companheiro Catatau, presente! Até o Socialismo sempre!

Corrente Socialista de Trabalhadores e Trabalhadoras, tendência do Psol e seção no Brasil da UIT-QI

Comitê de Enlace Alternativa Socialista e Luta Socialista | Catatau, presente até o socialismo sempre!

Soubemos do falecimento do camarada Catatau, Paulo Aguena, com 60 anos de vida. Catatau iniciou sua militância ainda na juventude na antiga Convergência Socialista, então corrente interna do nascente Partido dos Trabalhadores num período de senilidade da Ditadura Militar.

Vindo da mesma tradição do trotskismo “bárbaro” latinoamericano, do Morenismo, Catatau contribuiu como militante e dirigente dos principais processos de organização e reorganização de nossa classe.

Participou da ruptura da CS com o PT no início dos anos 1990, incendiados pela campanha “Fora Collor!” e contra a política engessada da direção petista, formando posteriormente o PSTU e permanecendo nesse partido até 2016 onde ajudou a fundar o MAIS e posteriormente Resistência.

As Direções e a militância da Alternativa Socialista e Luta Socialista, correntes internas do PSOL, se solidarizam com as e os familiares, amigo(a)s e camaradas de mesma organização.

Continuamos nossa luta! Catatau, presente até o socialismo sempre!

06/12/2022

Comitê de Enlace Alternativa Socialista e Luta Socialista – Correntes internas do PSOL.

LSR – Liberdade Socialismo Revolução | Catatau, presente! 

A esquerda socialista e o movimento dos trabalhadores no Brasil e internacionalmente acabam de perder o camarada Paulo Aguena, o Catatau, ou simplesmente Cata, como muitos o chamavam.

Desde o final de 2021, Catatau vinha lutando com garra, consciência e dignidade contra um câncer que acabou por ceifar sua vida na noite de ontem, 5 de dezembro de 2022. A notícia provoca um profundo choque e tristeza em todos nós.

A perda de Catatau é irreparável no afeto de amigos, familiares e companheiros, mas também no debate político dos difíceis tempos em que vivemos. Lamentamos e choramos por isso. Sabemos, no entanto, que Catatau estará presente nas centenas de militantes que, de uma forma ou outra, ele ajudou a formar e servirá sempre como inspiração e exemplo de dedicação à causa do socialismo.

Catatau foi militante e dirigente trotskista por mais de 40 anos. Atuou na corrente ‘morenista’ desde a velha Convergência Socialista, ajudou a fundar o PSTU em 1994 e, desde 2016, jogou um papel fundamental na construção do que hoje é a corrente Resistência – PSOL.

Catatau foi um militante internacionalista, sempre preocupado e atuando na perspectiva da construção de um projeto internacional para a esquerda brasileira. Atuou na LIT-QI no Brasil e na Argentina, além de incidir sobre o trabalho em outros países. Nos últimos anos buscava intervir no processo de reorganização da esquerda socialista internacional.

Sempre tivemos debates e divergências, em meio também a muitas concordâncias. Mas, o exemplo de Catatau está marcado em minha trajetória e de muitos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. É muito importante que as novas gerações de militantes conheçam sua vida e, a partir das especificidades dos vários pontos de vista, mantenham vivo seu legado.

Catatau foi uma espécie de modelo de uma geração de militantes socialistas, em especial trotskistas, no Brasil do ascenso das lutas operárias, populares e da juventude na virada dos anos 1970 e 1980. Já no início dos anos 1980 começou atuando no movimento estudantil, militou no movimento operário, mas essencialmente foi um dirigente e construtor de ferramentas de luta política revolucionária.

Meu contato inicial com ele se deu em uma época muito especial, no contexto da luta de massas da juventude que, em 1992, levou à derrubada de Fernando Collor, o primeiro presidente eleito no país depois do fim da ditadura militar. Nos bastidores ou no palco central, Catatau foi uma força vital na construção de um polo de esquerda na UNE e no movimento pelo “Fora Collor”.

Para um jovem militante como eu, nesse período de grande efervescência política, a convivência com Catatau e a camarada Genilda em particular, uma dupla incrivelmente potente, foi particularmente marcante.

Foi nesse processo que nasceu o movimento pró-PSTU, resultando na unificação de várias correntes políticas e na formação de um novo partido de esquerda depois da expulsão da Convergência Socialista do PT em meio ao processo de direitização desse partido nos anos 1990.

Na época, eu já fazia parte do primeiro núcleo de militantes no Brasil do que então se chamava Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores (CIT-CWI) e hoje se denomina Alternativa Socialista Internacional (ASI), cuja seção brasileira é a LSR – Liberdade, Socialismo e Revolução.

Fundado em 1994, o PSTU só viria a se filiar a uma organização internacional (no caso a LIT-QI) em sua Conferência internacional de dezembro de 1995. Enquanto foi possível, os militantes do CIT (atual ASI) atuaram no seu interior e travaram importantes debates sobre a complexa situação internacional imediatamente posterior ao colapso do stalinismo na União Soviética e Leste Europeu e as políticas a serem adotadas pela esquerda revolucionária.

Além de conviver com Catatau no trabalho de juventude e no Comitê Executivo do PSTU, junto com outros camaradas, tive também a oportunidade de percorrer muitas cidades Brasil afora debatendo diretamente com ele no processo pré-conferência internacional do PSTU.

O debate das divergências entre as posições do então CIT (atual ASI) e da LIT-QI foi tratado de forma rigorosa por Catatau, sem exageros polêmicos deliberados ou meras manobras retóricas. No convívio informal durante essa experiência, era evidente o esforço real de Catatau no sentido de entender a posição divergente e dialogar com ela em busca de uma linha justa, apesar da lealdade em relação à sua própria organização.

Muito anos depois, grande parte das divergências de então diminuíram ou mudaram de caráter no processo de revisão política e balanço que Catatau e seus camaradas fizeram e que acabou por resultar em sua ruptura com o PSTU e a LIT-QI.

Esse processo, por um breve período, nos reaproximou e voltamos a debater de perto a situação internacional, a relação de forças mundial, as políticas e táticas da esquerda revolucionária e os caminhos para a construção de uma Internacional revolucionária.

Mesmo que os processos políticos nos tenham novamente afastado, Catatau continuou sendo um interlocutor incontornável – seja pelo rigor de sua postura no debate, seja pelos pontos e questionamentos que sempre levantou, seja pela energia dedicada ao contato com outros setores, seja também pela postura correta e leal na discussão e ação.

Dedicação de uma vida inteira à luta dos trabalhadores e ao socialismo revolucionário, máximo de energia empregada na luta concreta, integridade na postura militante, rigor no debate político, respeito na convivência com o diferente, saber aprender dos erros e lições do passado. Esses são alguns dos legados que todos devemos tentar carregar e passar adiante a partir do exemplo do camarada Catatau.

Em meu nome e em nome da LSR – Liberdade Socialismo e Revolução e da ASI – Alternativa Socialista Internacional, expresso nossos sentimentos e solidariedade a todos (as) familiares, amigos e camaradas do grande Catatau e rendemos nossas sinceras homenagens a ele.

Camarada Catatau, presente!

MRT – Movimento Revolucionário dos Trabalhadores | Faleceu o Catatau, Paulo Aguena, dirigente da Resistência-PSOL

Paulo Aguena faria 61 anos daqui a poucos dias, no dia 13 de dezembro e dedicou décadas de sua vida para a luta dos trabalhadores e para a construção de partidos e organizações políticas de esquerda. Sempre se reivindicou marxista revolucionário e trotskista.

No final da década de 1970, Catatau ingressa na Universidade Federal de São Carlos, como estudante de engenharia de produção, e lá conhece a Convergência Socialista, uma organização de origem trotskista e morenista, onde entra no ano de 1979.

Durante décadas, Catatau construiu a Convergência Socialista, depois o PSTU e, mais recentemente, a Resistência-PSOL. Foram diversas cidades e categorias em que atuou ao longo desses anos: na baixada santista, na área da construção civil; em BH e Contagem, com metalúrgicos; no ABC, no Rio de Janeiro e também em São José dos Campos. Cumpriu papel dirigente no PSTU durante anos e também foi parte da direção da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT) ao longo da década de 1990.

Catatau rompe com o PSTU em 2016, após o golpe, para fundar a organização que posteriormente veio a ser chamada de Resistência, dentro do PSOL. Foram mais de 40 anos dedicados à construção de organizações, partidos e da luta dos trabalhadores. Catatau deixa amigos, familiares e muitos companheiros que ajudou a formar ao longo desses anos.

Catatau, presente!

MES – Movimento Esquerda Socialista | Paulo Aguena Catatau, presente!

Nós, do Movimento Esquerda Socialista (MES/PSOL), nos solidarizamos com os companheiros e companheiras da Resistência/PSOL, a família e amigos neste momento de dor pelo falecimento do camarada Paulo Aguena “Catatau”.

Catatau foi um combativo militante trotskista, perseguido pela ditadura militar e que dedicou toda sua vida às lutas sociais e à construção de organizações revolucionárias. Desde sua juventude no movimento estudantil, passando pela luta sindical e pela atuação internacionalista, Catatau foi um dirigente que inspirou e formou inúmeros militantes e dirigentes políticos.

Em sua memória seguimos nossa luta. Catatau presente!

Executiva Nacional do MES, 6 de dezembro de 2022.

SoB – Socialismo ou Barbárie | Luto: morre Paulo Aguena, o Catatau

É com imensa consternação que recebemos a notícia da morte de Paulo Aguena. Conhecido como Catatau ou, simplesmente, Cata, Paulo faleceu aos 60 anos de idade vítima de um câncer extremamente agressivo.

Apesar de ter sua vida encurtada pela doença, Paulo teve uma longa trajetória de 40 anos dedicada à militância. Inicia sua vida política em 1979 no movimento estudantil da Universidade Federal de São Carlos e ingressa no mesmo ano na Convergência Socialista (corrente trotskista interna do PT até a sua expulsão em 1992 e posterior base para a formação do PSTU).

Paulo milita nessa corrente até 2016, participa de uma série de processos de construção, na formação de oposições sindicais e experiências de construção internacional. Milita no PSTU até 2016, depois rompe com essa organização e vai ao PSOL construir a Resistência.

Independentemente das diferenças táticas, políticas e teóricas que tínhamos com ele e sua organização (mais recentemente sobre os desafios da situação mundial marcada pela polarização desconcertante entre rebeliões populares e reabsorções, pela necessidade de relançamento do marxismo revolucionário mundial e construção de uma corrente revolucionária no Brasil que não capitule ao frenteamplismo e possa construir uma alternativa estratégica ao lulismo), Paulo era um abnegado militante, dirigente e construtor partidário.

Paulo era um desses militantes fundamentais para a sua causa. Parafraseando Brecht, era um desses imprescindíveis que lutam a vida toda, por isso, com toda essa vontade do novo, nada é impossível de mudar. Nós, da corrente Socialismo ou Barbárie – SoB,  queremos nesse momento de dor, solidarizar-nos com a sua família, amigos e companheiros da Resistência. Paulo Aguena (Cata), presente, agora e sempre!

Orlando Silva e Samia Bomfim, parlamentares do PCdoB e do PSOL, vão à tribuna da Câmara para homenagear Paulo Aguena, o Catatau. 

Francisco “Chico” Louçã, fundador do Bloco de Esquerda, em Portugal  

Soube da morte do Catatau. É uma grande perda, abraço para todos os seus familiares, amigos e companheiros. 

Movimento Alternativa Socialista (Portugal) | Morreu Paulo Aguena, o ‘Cata’ (ou ‘Catatau’)

O ‘Catatau’, camarada e amigo de primeira hora, foi um revolucionário brasileiro com provas dadas (mais de 40 anos de militância), de dedicação à causa da revolução socialista e, como tal, internacionalista militante. Foi dirigente de relevo, quer no PSTU quer na Resistência (corrente interna ao PSOL), principalmente no Brasil mas também na Argentina. Militou em quase todas as frentes de intervenção, da juventude ao movimento operário. Faleceu com 60 anos de idade, quando ainda tinha muito para dar. Todos os que o conhecemos, e pese as divergências que naturalmente ocorreram em várias ocasiões, sabíamos da sua imensa e natural amabilidade e cordialidade que superavam os resquícios dos embates travados. É com sincera tristeza que damos esta notícia e deixamos aqui as nossas condolências à família e à sua última formação política onde militava.

Pela direção do MAS, Gil Garcia
Lisboa, 06/12/2022

Anticapitalistas (Espanha)

Acabamos de saber do falecimento de vosso camarada, Catatau. Queremos transmitir a solidariedade e condolências para sua família e para as companheiras e companheiros da Resistência, em nome da direção de Anticapitalistas. 

Um forte abraço

Grupo de Trabajadores Socialistas (Colômbia) | Murió Paulo Afonso Aguena, “Catatau”

O GTS traduziu e reproduziu em suas redes a nota emitida pela direção nacional da Resistência: Morreu Paulo Afonso Aguena, o “Catatau”

Opinião Socialista (Argentina) | Morreu Paulo Aguena, Catatau, Dirigente da Resistencia-PSOL

Ontem à noite soubemos da triste notícia do falecimento do camarada Catatau, dirigente da Resistência, corrente trotskista no Brasil, militante do PSOL.

O camarada Catatau faz parte de uma geração que ingressou no trotskismo no início dos anos 1980, como estudante que ingressou na Convergência Socialista, da qual foi um dos principais dirigentes ao longo dos anos.

Durante a ditadura no Brasil, ele era um trabalhador da construção civil e perseguido politicamente, pelo que foi posteriormente reconhecido como anistiado pela comissão de anistia.

Por vários anos, atuou na Argentina, quando ainda fazia parte do PSTU, partido integrante da LIT-QI. Ele também desenvolveu uma grande experiência internacional.

Em 2016, junto com outros camaradas, afastou-se do PSTU e promoveu o MAIS (Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista). Em seu lançamento, fomos convidados como Opinião Socialista da Argentina a participar, fazendo parte dos debates e discussões suscitadas. Ao fundir-se com a Nova Organização Socialista (NOS), formou-se a atual Resistência, corrente que integra o PSOL.

Em março de 2020, às vésperas da pandemia, participamos do Congresso da Resistência e de um encontro internacional com lideranças de diversos países. Lá ele podia ser visto dando discussões sobre a situação política internacional, sobre novos fenômenos, sobre as interpretações e ressignificações dos acontecimentos do passado e sobre todos os temas que um revolucionário como ele, estudioso e apaixonado, mobilizou intensamente.

Da Opinião Socialista queremos prestar homenagem ao camarada Catatau e expressar nossas condolências à sua família e aos seus companheiros e companheiros de Resistência. Sem dúvida, a perda de um líder com tantas condições de construção política, com tanta energia, iniciativa e coragem, é uma perda que sentimos como nossa.

Camarada Catatau, Presente, Agora e Sempre.

Buenos Aires, 6 de dezembro de 2022.