Familiares, amigos, lutadores e lutadoras de várias entidades e organizações se despediram de Paulo Afonso Aguena, o “Catatau”, em cerimônia no Sindicato dos Metroviários de São Paulo, nesta terça-feira (6).
“Catatau” tinha 60 anos e lutava desde 2021 contra um câncer agressivo no fígado. Seu corpo foi cremado.
Nascido em Catanduva (SP), ele iniciou a militância política no movimento estudantil e atuou no movimento operário. Foi perseguido pela ditadura militar e teve sua anistia política reconhecida em 2013.
“Catatau” foi dirigente da Convergência Socialista, na época corrente interna do PT, e foi um dos fundadores do PSTU. Em 2016, passou a construir o MAIS (Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista), cuja fusão com a NOS (Nova Organização Socialista) daria mais tarde origem à Resistência, atual corrente interna do PSOL.
Na cerimônia, “Catatau” foi homenageado e lembrado com carinho e orgulho. “O contrário da vida não é a morte, é o desencanto. Cata nunca perdeu a esperança, por isso a marca de sua vida foi a construção de organizações revolucionárias”, lembrou Glória Trogo, da Coordenação Nacional da Resistência-PSOL.
“O Catatau costumava dizer que as lutas decisivas são as que estão pela frente, não as que ficaram para trás. Nós vamos continuar segurando a bandeira que deu sentido a sua vida, a bandeira da revolução socialista”, disse Valério Arcary.
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