No dia da posse da nova legislatura, em fevereiro de 2023, será realizada a eleição que determinará a condução da Câmara dos Deputados nos próximos dois anos. É inegável a importância de quem exercerá essa função.
É fundamental que o futuro presidente da Casa tenha compromisso com as liberdades democráticas e com as pautas sociais referendadas nas urnas na eleição presidencial.
Os últimos dois anos foram marcados pelo comando de Arthur Lira, representante do Centrão e, sobretudo, aliado de primeira hora do governo Bolsonaro. Com o instrumento absurdo do Orçamento Secreto, capturou o Orçamento da União e ganhou mais poder do que qualquer outro Presidente da Câmara na história da Nova República teve em suas mãos.
Votações como autonomia do Banco Central, congelamento de salário de servidores públicos, privatização da Eletrobrás e desmonte ambiental (com o autolicenciamento) foram realizadas a toque de caixa.
Não podemos aceitar sua reeleição como fato consumado. Uma nova correlação de forças precisa ser construída, confrontando o Orçamento Secreto e a lógica de fisiologismo do Centrão, que apequena a Política.
Por isso, a Bancada do PSOL não apoiará a reeleição de Lira e defende a construção de uma alternativa à Presidência da Câmara, prioritariamente em unidade com os partidos do campo progressista. Precisamos de um comando da Câmara que expresse a pauta vitoriosa nas urnas, ajude na reconstrução do país e contribua na superação da pauta bolsonarista.
Brasília, 30 de novembro de 2022
Sâmia Bomfim
Aurea Carolina
Fernanda Melchionna
Glauber Braga
Ivan Valente
Luiza Erundina
Talíria Petrone
Vivi Reis
Célia Xacriabá
Chico Alencar
Erika Hilton
Guilherme Boulos
Pastor Henrique Vieira
Sônia Guajajara
Tarcísio Motta
Nota originalmente publicada na página PSOL na Câmara:
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