Bolsonaristas suspeitos de atos terroristas em bloqueios golpistas no MT são presos

Danilo José Ribeiro de Sousa, de 27 anos, e Olair Correia, de 41 anos, foram presos com arma de fogo, facão, galões de combustível e quase 10 mil reais em dinheiro

da redação
Reprodução/Redes sociais

Nesta segunda-feira (21), dois suspeitos de renderem e sequestrarem um funcionário da concessionária Via Brasil BR-163, e atearem fogo em pelo menos três carretas, que furaram os bloqueios antidemocráticos na região norte do Mato Grosso, foram identificados e presos.

Danilo José Ribeiro de Sousa, de 27 anos, e Olair Correia, de 41 anos, participavam ativamente dos atos golpistas após a derrota eleitoral de Bolsonaro no segundo turno. A caminhonete dos criminosos foi identificada graças aos vídeos feitos por testemunhas. 

Eles são acusados de incendiar, mediante violência e atos análogos a terrorismo, conforme descrito no boletim de ocorrência da polícia, pelo menos três caminhonetes, inclusive um caminhão tanque, que furaram o bloqueio organizado por grupos bolsonaristas e financiado por empresários.

Os incêndios ocorreram após os bolsonaristas renderem um funcionário e o carro da Concessionária Via Brasil. Eles teriam usado o uniforme e o veículo da empresa para interditarem a pista e, em seguida, atearam fogo nas carretas como retaliação por tentarem furar o bloqueio. De acordo com a Concessionária, o trabalhador só foi libertado na cidade de Claúdia, cerca de 90Km de Sinop, onde ocorreu o crime.

Um dos Bolsonaristas, Danilo José Ribeiro de Sousa, tem passagem pela polícia por homicídio. Olair é produtor rural em Sinop. Danilo e Olair foram detidos com uma arma de fogo, quase R$ 10 mil em dinheiro, nove galões de gasolina, isqueiros, duas sacolas com estopas, além de facas e facões.

Situação dos bloqueios

De acordo com o boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF) publicado nessa segunda-feira (21), sete rodovias federais seguem bloqueadas ilegalmente por manifestantes golpistas que não aceitam o resultado eleitoral. Os bloqueios começaram logo após a derrota de Bolsonaro nas urnas e, no dia 1 de novembro, o Supremo Tribunal Federal referendou a decisão do TSE, assinada por Alexandre Moraes no dia 31 de outubro, que determinou fim imediato de bloqueios de rodovias sob pena de multa. Por sua vez, comprovada a participação organizada de empresários, o ministro Alexandre de Moraes mandou bloquear a conta bancária de 43 empresas e empresários suspeitos de financiar os atos golpistas pelo país.