O Instituto Datafolha divulgou no início desta noite uma nova pesquisa eleitoral, com 2.566 entrevistas realizadas entre a quarta-feira, 27, e a quinta-feira, 28, em 183 cidades. É a primeira entrevista após a redução dos preços dos combustíveis, o anúncio do auxílio Brasil e as ameaças golpistas de Bolsonaro.
Na pesquisa estimulada, onde os entrevistados são apresentados a uma lista das pré-candidaturas, Lula (PT) segue liderando, com 18 pontos de vantagem. Ele Tem 47% das intenções, contra 29% de Jair Bolsonaro (PL) e com 8% de Ciro Gomes (PDT). Simone Tebet (MDB) tem 2%, Vera Lucia (PSTU), André Janones (Avante) e Pablo Marçal (Pros) têm 1% cada. O total de pessoas que pretende anular o voto ou votar branco é de 6% enquanto 3% não sabem em quem votar. A margem de erro é de 2 pontos.
A expectativa era grande sobre o resultado, que não mostrou grandes variações desde a última pesquisa do instituto, feita em 22 e 23 de junho. O total é muito parecido com a pesquisa anterior, com uma leve variação positiva de Bolsonaro, em 1%.
Há no entanto, variações em diferentes extratos: Lula cresceu 3 pontos entre os homens, maioria favorável a Bolsonaro, que por sua vez ganhou seis pontos entre as mulheres, perdendo de Lula por 46% a 27%. Mesmo com a inflação dos alimentos e a miséria, Bolsonaro subiu 3 pontos entre quem ganha até 2 salários mínimos. Mas segue perdendo feio nesse segmento, tendo 23% contra 54% de Lula. A situação se inverte entre os mais ricos, com Bolsonaro vencendo de 41% a 33% entre quem ganha mais de 10 salários mínimos. O Datafolha havia divulgado pesquisa feita apenas entre os jovens (16 a 29 anos), no qual Lula atingiu 51% das intenções de voto.
Na pesquisa espontânea, sem os nomes, Lula lidera com 38%, subindo 1 ponto, com Bolsonaro caindo 1 ponto e indo a 26%. Ciro tem 3% e Tebet marca 1%.
A pesquisa mostra a possibilidade real de vitória do petista no primeiro turno, a menos de 20 dias do início da campanha oficial. Lula tem 5 pontos a mais do que todas as demais candidaturas somadas. No entanto, nada está definido e a pesquisa mostra apenas um momento, que pode se alterar a partir do desenrolar da campanha e, em especial, da economia e das condições de vida das pessoas.
A hora é de seguir nas ruas, defendendo as liberdades democráticas e a realização da eleição, enquanto se garante a maioria necessária para encerrar no primeiro turno e para eleger uma grande bancada de esquerda, negra, LGBT, indígena e popular no Congresso Nacional, para dar fim ao legado bolsonarista e iniciar as mudanças que o país precisa.
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