Neste sábado, 16, ocorrerá o lançamento da pré-candidatura da Coletiva Feminista do PSOL, às 15h, no Armazém do Campo, na Av. Mem de Sá, 135, no Centro do Rio de Janeiro. A atividade é um passo importante na construção de um movimento de mulheres trabalhadoras e diversas para ocupar a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em uma alternativa feminista, ecossocialista e popular.
A atividade contará com diversas lideranças feministas e do PSOL, como Luciana Boiteux e Mônica Benicio, Thais Ferreira e Clara Saraiva, e pré-candidaturas para a Câmara Federal, como as de Talíria Petrone, Tarcísio Motta, Glauber Braga e do pastor Henrique Vieira. O ato será potente, com a presença também da Resistência Feminista RJ e do coletivo Afronte!, engajados na construção da pré-candidatura, e contará com espaço infantil para acolher mães, pais e responsáveis com bebês e crianças.
Uma primeira motivação é a luta para que as mulheres ocupem a política e os espaços de poder. Em seu manifesto, a coletiva afirma: “Para mudar o Rio de Janeiro devemos protagonizar a política! De 70 deputados na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro apenas 13 são mulheres e, destas, menos da metade são mulheres negras, feministas, defensoras das LGBTIA+, dos trabalhadores e moradores das favelas. O PSOL é o partido com maior participação de mulheres e negras na ALERJ e lutaremos para que essa bancada combativa seja ainda maior em 2023.”
Outra grande luta é contra a violência às mulheres, estimulada pelo bolsonarismo e que assume muitas formas, do assédio, ao feminicídio ou casos de estupro, como os cometido nesta semana pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ivanilda Reis, uma das pré-cocandidatas, esteve no ato em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, representando a coletiva. “Nem no parto, um momento especial para as mulheres, estamos protegidas de sofrermos um estupro. Precisamos agir como esta Equipe de Enfermagem. Estão de parabéns em denunciar o criminoso. Juntas somos mais fortes!”, publicou em suas redes.
Quem faz parte da Coletiva Feminista 50111
A Coletiva Feminista do PSOL é composta por quatro mulheres reais, trabalhadoras, que acreditam nas lutas cotidianas e coletivas.
Tatianny Araújo é mãe, servidora federal da saúde, ativista da Rede de Assistentes Sociais Pelo Direito de Decidir e em 2018 foi candidata à deputada estadual, tendo recebido mais de 7.500 votos.
Ivanilda Reis é mulher negra, mãe, da Baixada Fluminense, de longa trajetória no movimento sindical, tendo sido dirigente da FASUBRA e do SINTUR-RJ, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRRJ.
Natália Russo é cria do Rocha, subúrbio carioca, ex-moradora de São Gonçalo. Feminista, petroleira, compõe a diretoria do Sindipetro-RJ onde defende a Petrobrás e as empresas estatais e atua em defesa da transição energética e do meio ambiente.
Kênia Miranda é mãe, professora da Faculdade de Educação da UFF, em Niterói, onde reside e militante da educação pública há mais de 20 anos, tendo atuado no Sepe-RJ e na Aduff-SSind.
As quatro ativistas, e todas as mulheres que estão construindo o movimento, apostam na coletividade como uma das chaves para enterrar o bolsonarismo e construir um novo tempo na política. “A luta das mulheres constrói um novo mundo. Somos diversas e somos potentes! Somos Coletiva Feminista porque sabemos que venceremos apenas com a nossa união e solidariedade. Nenhuma de nós escolheu a política como carreira pessoal. Somos trabalhadoras e escolhemos as lutas do dia a dia porque essa é a política que acreditamos”, afirmam em seu manifesto.
SAIBA MAIS
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