Após muita pressão nas redes sociais e em Brasília a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados retirou da pauta a PEC 206, cuja votação estava prevista para a tarde da última terça (24). A PEC 206, de autoria do deputado federal General Peternelli (União Brasil/SP) e que tinha como relator o líder do MBL, Kim Kataguiri (União Brasil/SP), propunha a implementação da cobrança de mensalidade nas universidades públicas.
Até a decisão do adiamento, várias entidades representativas de professores, servidores e estudantes, como a FASUBRA, ANDES e UNE, estiveram o dia todo em Brasília para acompanhar o desenrolar do trâmite, bem como para fazer pressão sobre a comissão.
A proposta precisava passar pela CCJ e demais comissões, antes de seguir seu trâmite nas duas casas. Contudo, com o requerimento apresentado pela deputada Maria do Rosário-PT, a casa precisará fazer uma audiência pública para debater a proposta com a sociedade. Segundo a deputada Fernanda Melchionna-PSOL, existem alternativas a essa proposta: “As pessoas estão com bolsas congeladas, faltam recursos graças à política absurda que o governo Bolsonaro faz de corte de verbas. Independente disso, se é para ter justiça social, deveriam taxar o sistema financeiro. Mas esses ganharam no governo Bolsonaro”.
Apesar dessa vitória parcial, Carol Leal, mestranda em educação pela UFMG, 3° vice-presidenta da UNE e militante do movimento de juventude Afronte, alerta que “os ataques continuarão. Os militares já afirmaram que querem a universidade privatizada na próxima década. E nós seguiremos resistindo em defesa das universidades públicas.”
VÍDEO | Lideranças avaliam resultado da pressão em Brasília
Ver essa foto no Instagram
Comentários