O Teatro Arena da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ficou lotado na noite desta quinta, 04, para a aula magna ministrada pelo ex-presidente Lula, evento que também contou com a presença de diversas lideranças políticas da esquerda, como Guilherme Boulos, Fernando Haddad, e co-vereadoras da Bancada Feminista do PSOL, de São Paulo (SP). O evento foi marcado pela presença massiva de movimentos sociais e de milhares de estudantes, que demarcaram sua disposição de derrotar bolsonaro e o bolsonarismo.
“Para nós, jovens do movimento estudantil, finalmente chegou o ano da gente cumprir uma tarefa histórica para a nossa geração, que é derrotar a extreme direita. E para isso, precisamos de muita mobilização! Para derrotar o bolsonaro nas urnas, elegendo nosso candidato, Lula, mas também para derrotar o bolsonarismo politicamente e ideologicamente nas ruas”, afirmou Ellen.
Representando os estudantes da graduação falou a estudante de Pedagogia Ellen Alves, integrante da gestão do DCE Unicamp e militante da juventude Afronte!, que discursou sobre a necessidade de organizar comitês de luta e grupos de ação na universidade para derrotar o bolsonarismo nas eleições. “Para nós, jovens do movimento estudantil, finalmente chegou o ano da gente cumprir uma tarefa histórica para a nossa geração, que é derrotar a extreme direita. E para isso, precisamos de muita mobilização! Para derrotar o bolsonaro nas urnas, elegendo nosso candidato, Lula, mas também para derrotar o bolsonarismo politicamente e ideologicamente nas ruas”, afirmou Ellen. Lula recebeu das mãos de Ellen uma carta, que será apresentada a outras pré-candidaturas.
Também teve destaque a fala do coordenador do movimento de estudantes indígenas da universidade, que compreende mais de 40 povos, e representante estudantil no conselho superior da instituição, Arlindo Gregório. “Cadê os Yanomamis?”, questionou, em um grito que não quer calar. Pelo movimento negro universitário, tomou a palavra a estudante de Nutrição Gabriela Bernardo, que fez importante defesa da manutenção e ampliação das políticas de cotas.
Em sua fala, Lula resgatou a importância do acesso à universidade, da ampliação de vagas e da política de cotas. “Hoje você vê a cara do Brasil na universidade, antes você só via a cara da elite”, afirmou. Ele pontuou a situação vivida por dezenas de universidades e institutos federais, que estão sob intervenção: “Até reitor eles não indicam mais o primeiro da lista. Indicam um que é amigo deles. Eu não quero ter amigo reitor. Quero ter reitor capaz de administrar as universidades brasileiras.”
Sobre a gestão de Bolsonaro na educação, Lula levantou o Teatro Arena quando disse que Bolsonaro “não entende de absolutamente nada. Só entende de fake news e de miliciano. Uma pessoa que sequer se prestou a acreditar na Ciência quando a pandemia chegou no Brasil. Seria tão mais fácil se a gente tivesse alguém com um pouco mais de humanismo, com sentido de fraternidade e espírito de solidariedade para governar o nosso país”, afirmou.
Em um dos momentos mais importantes, o ex-presidente condenou a Lei do Teto de Gastos, que é usado para garantir os compromissos de pagamento da dívida pública do Estado. “Queremos saber qual é o compromisso para acabar com a fome nesse país, qual o compromisso para acabar com o desemprego nesse país? Economizar para que, para pagar juros da dívida? A dívida maior que a gente tem é a dívida histórica com o povo pobre, é com o povo abandonado, é com os indígenas, é com os quilombolas”, declarou.
Algumas horas antes do evento na Unicamp, bolsonaristas montaram uma campana na porta do condomínio em que mora o cientista Rogério Cézar de Cerqueira Leite, onde Lula almoçou. Os bolsonaristas chegaram a abrir uma faixa com a frase “Lula lixo”, e tentaram bloquear a passagem do carro com o presidente, na saída.
É neste sábado, 7, o lançamento do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil
Está programado este sábado (07) o lançamento do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil e da pré-candidatura presidencial de Lula, na Vila Guilherme, em São Paulo (SP). O lançamento ocorrerá às 10h, em um ato com transmissão pela internet, em uma rede de canais de esquerda e progressistas, incluindo o portal Esquerda Online e canais de outros países. O ato contará com a participação de movimentos sociais e centrais sindicais e de partidos que integram a coligação, como PSOL, PCdoB e também PSB e Solidariedade. Acompanhe a transmissão pela internet.
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