CBTU retoma perseguição judicial ao sindicalista Pablo Henrique, do Sindimetro-MG
Publicado em: 4 de maio de 2022
No contexto do recente encerramento da greve dos metroviários de Belo Horizonte, após 42 dias de mobilização, naquela que foi a maior greve da história da companhia, a CBTU e o governo Bolsonaro voltam à carga na perseguição e criminalização do sindicalista Pablo Henrique, diretor do Sindimetro-MG. Retomando a ação judicial movida ainda durante a greve anterior, de 2021, a justiça dá andamento ao processo. Pablo terá a primeira audiência na justiça criminal, no próximo dia 10 de maio, quando responderá diante do artigo 262 do Código Penal (“expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento”), que prevê pena de 1 a 2 anos de prisão.
Chamamos todas as organizações de trabalhadores, movimentos estudantis e de luta contra as opressões a cercar o companheiro de solidariedade. Trata-se de uma acusação injusta, de ocasião,voltada a criminalizar um trabalhador por lutar pelos direitos de sua categoria.
A ação persecutória da CBTU é inseparável do atual contexto de ameaça de privatização da empresa. A recente greve marcou a resistência da categoria a esse processo, na defesa de seus empregos e de condições dignas de transporte público para os usuários. A intransigência da empresa e do governo ficou manifesta, na medida em que manteve a postura de recusar qualquer negociação com a categoria e de não recuar do leilão da empresa – marcado, até segunda ordem, para o próximo dia 28 de julho. A empresa e o governo seguem obstinados em impor uma derrota à categoria e ameaçaram, ainda, com o corte de ponto. A união e mobilização dos metroviários conquistaram o recuo nesse ataque. Querem criminalizar Pablo precisamente para enfraquecer as condições de luta dos trabalhadores.
A solidariedade a Pablo Henrique, portanto, é a defesa de um lutador sempre na linha de frente da categoria. Ao mesmo tempo, é parte fundamental da luta em defesa do caráter público do transporte, dos trabalhadores da empresa e dos usuários. Insere-se, ainda, em tempos de bolsonarismo e ameaças às liberdades democráticas, na defesa do direito à greve e à manifestação organizada da classe trabalhadora.
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