Em memória e por justiça para Moïse Kabagambe, jovem congolês torturado e brutalmente assassinado na orla do Rio de Janeiro, diversos movimentos sociais realizaram um ato neste domingo, 06, na orla da Ponta Verde, em Maceió (AL).
O bairro da Ponta Verde possui o metro quadrado mais caro da capital alagoana, e a Rua Fechada, onde ocorreu o protesto, concentra vários casos de racismo: violentas abordagens policiais à juventude negra e periférica e perseguição às batalhas de passinho realizadas no local. O protesto ocorreu diante de um ponto turístico local, uma cadeira de praia gigante.
Nas falas do ato em Maceió, a denúncia do assassinato, que provocou atos em todo o país e no mundo neste fim de semana, e também foi afirmado que as vítimas do racismo são também vítimas da exploração capitalista, que necessita da opressão racista para garantir o lucro, por meio da precarização e dos baixos salários – o jovem negro e refugiado trabalhava por diária, sem vínculos e direitos, e foi morto após cobrar o pagamento, no valor de R$ 200,00.
O ato contou com a participação de militantes de partidos de esquerda, como a Unidade Popular (UP) e o PSOL, de movimentos como o MLB e a Resistência Feminista e também integrantes do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
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