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BRASIL

Ato na orla de Maceió pede justiça para Moïse

Gabriela Palmeira, de Maceió, AL

Em memória e por justiça para Moïse Kabagambe, jovem congolês torturado e brutalmente assassinado na orla do Rio de Janeiro, diversos movimentos sociais realizaram um ato neste domingo, 06, na orla da Ponta Verde, em Maceió (AL).

O bairro da Ponta Verde possui o metro quadrado mais caro da capital alagoana, e a Rua Fechada, onde ocorreu o protesto, concentra vários casos de racismo: violentas abordagens policiais à juventude negra e periférica e perseguição às batalhas de passinho realizadas no local. O protesto ocorreu diante de um ponto turístico local, uma cadeira de praia gigante.

militantes posam para foto no ato. Ao fundo, uma grande cadeira, ponto turístico. Cerca de 25 pessoas estão na imagem.

Nas falas do ato em Maceió, a denúncia do assassinato, que provocou atos em todo o país e no mundo neste fim de semana, e também foi afirmado que as vítimas do racismo são também vítimas da exploração capitalista, que necessita da opressão racista para garantir o lucro, por meio da precarização e dos baixos salários – o jovem negro e refugiado trabalhava por diária, sem vínculos e direitos, e foi morto após cobrar o pagamento, no valor de R$ 200,00.

O ato contou com a participação de militantes de partidos de esquerda, como a Unidade Popular (UP) e o PSOL, de movimentos como o MLB e a Resistência Feminista e também integrantes do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Duas crianças - uma menina e um menino - participam do ato, segurando cartazes com o retrato de Moise. Elas são brancas, usam máscaras. Ao fundo, palmeiras e a luz do sol, refletindo sobre os dois.

Militante do PSOL - com a camisa amarela e logomarca do partido - exibe um panfleto distribuído no ato.