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MUNDO

Portugal terá ato Fora Bolsonaro neste sábado, durante visita de Arthur Lira

Marcha Fora Bolsonaro ocorre na Praça Luís de Camões em Lisboa. No domingo, 14, ato também será realizado em Madrid

Da redação*
uma mulher segura um cartaz onde se lê "Arthur Lira genocida"
Stefani Costa / Hedflow

Ato no hotel que sedia o evento

Neste sábado, 13 de novembro, ocorre a Marcha Fora Bolsonaro em Lisboa, com concentração às 15h (hora local), na Praça Luís de Camões. A marcha ocorre durante a visita de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e pretende responsabilizar o parlamentar como cúmplice dos crimes de Jair Bolsonaro, em especial por não ter acolhido até o momento nenhum dos pedidos de impeachment protocolados no Congresso Nacional. A marcha passará em frente ao Consulado do Brasil, terminando na Praça do Rossio.

A convocatória é assinada por várias organizações de brasileiras/os em Portugal, em articulação com a Campanha Nacional Fora Bolsonaro: Coletivo Alvito, Coletivo Alvorada – Aveiro, Coletivo Esquerda em Braga, Coletivo Estrela, Coletivo Revolu, Comitê de Luta Portugal e Núcleo do PT Lisboa. O ato terá batucada, com Baque do Tejo e Baque Mulher, e roda de capoeira.

Desde o início da agenda dos parlamentares em Portugal, atos foram promovidos com o mote “Pressão no Lira”, em frente ao hotel Epic, onde está hospedada uma grande delegação − a diária mais barata no hotel custa R$ 1.500. O evento do dia 11 com Lira foi ciceroneado pelo senador Aécio Neves (PSDB) e comemora os 25 anos de criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. No dia 12, o tema é o agronegócio, com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

O protesto contra Lira na porta do hotel atraiu não apenas representantes da comunidade brasileira no país mas também a poetiza Elisa Lucinda, que encontra-se em Portugal para a Bienal da Poesia, em Oeiras. Com os olhos cheios de lágrimas, Lucinda não conseguiu ignorar o protesto. “Somos poucos, mas representamos muitos. Os brasileiros estão desolados, os brasileiros estão morrendo, 19 milhões de desempregados, a linha de fome a aumentar imensamente”, disse à Lusa, sem esconder a emoção.

Stefani Costa, jornalista e ativista, deu uma entrevista à Agência Lusa durante o ato, responsabilizando Lira. “Queríamos entender porque não abriu nenhum dos pedidos de ‘impeachment’, de vários partidos, da sociedade civil, de movimentos sociais. A partir do momento que não abre o inquérito é cúmplice de tudo o que está a acontecer”.

Queiroga acuado

Semear o Futuro

Protesto em frente ao hospital Santa Maria, onde ocorreu a aula magna da Faculdade de Medicina de Lisboa.

O ato deste sábado ocorre duas semanas após o protesto durante uma aula magna do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Universidade de Lisboa, com o tema “as ações do Brasil no enfrentamento da Covid-19”. ​A divulgação da aula magna, proferida por um dos acusados pela CPI da Covid, provocou a imediata reação nas redes sociais e um ato, que fez a palestra, no dia 26 de outubro, ser restrita à internet, horas antes de ocorrer.

Na semana seguinte, no dia 3, apresentações de Adriana Calcanhoto e Gilberto Gil no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, foram palcos de protestos contra o governo, com faixas, discursos e gritos de Fora Bolsonaro. O genocida também foi um dos alvos da marcha pelo clima, realizada em Lisboa, durante a COP 26.

Ato em Madrid

No domingo, 14, um protesto contra Bolsonaro ocorrerá no país vizinho, na Puerta del Sol, em Madrid, a partir das 12h (hora local), exigindo o impeachment.

*Com informações da Campanha Nacional Fora Bolsonaro.