No mês do servidor público, funcionalismo faz paralisação em São Paulo e segue mobilizado em Brasília

Nesta terça, 19, ocorre paralisação de servidores públicos em São Paulo contra o Sampaprev 2, de Ricardo Nunes, e o PLC 26, de Dória. Tramitação da PEC 32 avança em Brasília e categoria segue mobilizada.


Publicado em: 19 de outubro de 2021

Brasil

Pedro Ravasio, da redação

Esquerda Online

Esse post foi criado pelo Esquerda Online.

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Sampaprev 2 será votado em segundo turno na Câmara Municipal de São Paulo

Na última quinta-feira, 14, foi aprovado em primeiro turno o PLO 07, que promove uma nova reforma da Previdência municipal em São Paulo, confiscando 14% dos aposentados e pensionistas, alterando a idade mínima para se aposentar, entre outros pontos.

A votação ocorreu apesar da forte mobilização articulada pelos servidores públicos, que fazem paralisação nesta terça, 19, contra o Sampaprev 2 e O Projeto de Lei Complementar 26/2021 na ALESP, que será votado hoje no plenário estadual.

Saiba mais sobre o Sampaprev 2

Veja a lista de vereadores que votaram a favor do Sampaprev 2 

Em resumo, o pacote aprovado altera a idade mínima e amplia o desconto sobre aposentadorias e pensões, atingindo milhares de aposentados e pensionistas, que contribuíram por toda a vida profissional, e que hoje permanecem isentas, se o valor for menor que o do teto do INSS (R$ 6.433,57). Pela nova regra, que ainda precisa passar por nova votação, o desconto atingirá todos os que recebem acima de um salário mínimo, e passa para 14%. Um grande ataque contra servidores, aposentados e pensionistas, com anos sem reajuste e diante da crise social e da inflação de alimentos e medicamentos.

A base de Ricardo Nunes conseguiu 37 votos a 16, o número exato de votos necessários para aprovação do projeto, o qual ainda precisa ser votado em segundo turno, com votação prevista para hoje, 19.

Assista: Sílvia Ferraro da Bancada Feminista do PSOL fala durante ato massivo em frente à Câmara Municipal de São Paulo na última quinta, 14.

PLC 26/2021 será votado hoje na ALESP

Mais um pacote de ataques ao servidor público paulistano, o projeto de Dória pretende instituir uma política de bonificações não incorporadas ao salário dos servidores públicos, o que deve provocar perda salarial ainda maior no momento em que o funcionário se aposentar. Na prática, o projeto visa antecipar medidas propostas na PEC 32 de Bolsonaro, Guedes e Lira a nível estadual em São Paulo. A votação estava prevista para a última quinta, 14, mas foi adiada devido a obstrução da oposição e deve ser votado hoje, 19, em plenário.

O Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp) está mobilizando professores para uma paralisação nesta terça-feira, 19, para protestar contra a reforma administrativa proposta pelo Governo Estadual. Dada a dificuldade do governo em obter maioria parlamentar favorável a PLC, a expectativa é de que é possível derrotar o projeto.

A resistência ao ataque de Dória se soma a luta contra o Sampaprev de Ricardo Nunes e nesta terça, 19, às 18h acontecerá um grande ato na frente da ALESP em defesa do funcionalismo público, contra o Sampaprev 2, a PLC 26 e a PEC 32.

PEC 32: governo ainda não tem base de apoio para garantir a vitória da proposta no plenário. Servidores seguem mobilizados

A Reforma Administrativa foi aprovada na CCJ e comissão especial, mas o governo ainda não tem base de apoio para garantir a vitória da proposta no plenário.

Com a proximidade do recesso parlamentar, o governo tem pouco tempo para aprovar a reforma. Até agora, ao que tudo indica que Lira (PP-AL) não tem maioria parlamentar e neste momento negocia emendas para tentar reverter a situação.

Em contrapartida, servidores seguem mobilizados e fazem ato/escracho no Aeroporto Internacional de Brasília. Ao som da palavra de ordem “Se votar, não volta”, o clima é de pressão total aos parlamentares que declararam apoio à reforma. Ainda nesta manhã, alvo de escracho, o Deputado Federal Deputado Vinicius Point (NOVO-SP) perde as estribeiras e chama os manifestantes pro mano a mano durante o protesto no aeroporto. Veja o vídeo:


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