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BRASIL

Mais um dia de luta pelo Fora Bolsonaro no subúrbio do Rio de Janeiro

Roberto “Che” Mansilla*

Na manhã desse sábado (25) ocorreu mais um importante ato” Comida no prato, emprego e vacina para todos: FORA BOLSONARO!. Foi a quarta mobilização (nesse ano) organizada pela Frente Ampla Suburbana (FAS), dessa vez ocorrida na Praça das Nações, no bairro de Bonsucesso.

Além da FAS, estiveram presentes partidos de esquerda PSOL (núcleo Leopoldina e Vila da Penha e Região), PT (núcleo Madureira, Maré, Méier e Itaguaí), PCB, UP, PCO, juventude (UJC), entidades como o Fórum de Saúde/RJ, o Núcleo Estadual – Movimento Nacional de Luta Antimanicomial (NEMLA-RJ), o Movimento Negro Unificado (MNU), Coalizão Negra por Direitos, Quilombo Raça e Classe, Frente Brasil Popular, Centro Socialista da Penha, parlamentares como a Vereadora Thais Ferreira (PSOL) além de representações (Talíria Petrone e Renata Souza – PSOL), outros ex parlamentares como Wadih Damous (PT) e Carlos Santana (PT), além de independentes e estudantes, professores, sindicalistas, camelôs. Foi, portanto, a maior mobilização ocorrida esse ano no subúrbio, com cerca de 70 presentes e muito bem representativo.

Como em outros atos, tivemos a preocupação de dialogar pedagogicamente com a população trabalhadora que estava nas lojas próximas ou caminhava pelas ruas, além dos motoristas, muitos dos quais buzinavam, manifestando seu acordo com o que ocorria na Praça da Nações. Uma banquinha foi montada com vários materiais, um abaixo assinado pela reabertura imediata de todos os restaurantes populares no RJ, além de panfletos, adesivos e máscaras “Fora Bolsonaro” que foram distribuídos, tendo uma boa recepção.

Foram feitas falas denunciando a terrível situação de vida que – não obstante a trágica pandemia e suas consequência na vida da população – agrava a penúria no seu dia a dia devido à alta dos preços de itens básicos na cesta básica, no gás de cozinha, nos remédios, nas contas de água e luz, num desemprego recorde de 14 milhões de desempregados, na precarização do trabalho (quando há), não esquecendo de relacionar com os problemas locais da população como, por exemplo, no fechamento dos restaurantes populares (e a precarização de outros que funcionam mal como o de Bonsucesso) e na situação de abandono de UPAS, Clinicas da família, Hospital Federal de Bonsucesso e escolas da região que não oferecem um atendimento minimamente necessário para atender as demandas da população trabalhadora. Ou seja, a vida piorou muito, mas o governo de Bolsonaro e Paulo Guedes trabalha para garantir mais lucros aos mais ricos.

Daí a necessidade de deter a política genocida de Bolsonaro dialogando com a população e mostrando a importância de exigirmos o Impeachment desse governo criminoso, mas que sabemos que só nas ruas e na construção de uma Frente Única (como mais uma vez foi demonstrado que juntos somos mais fortes) poderemos enfrentar e derrotar esse governo de extrema direita e sua política de morte e de barbárie social.

 

Em um momento em que o Governo Bolsonaro tem recorde de rejeição, atingindo a média de 53% de reprovação1 (o pior cenário desde o início de seu mandato) e que temos visto uma resposta de luta de massas vindo das ruas com quatros atos nacionais multitudinários – em mais de 400 cidades – em maio, junho, agosto (e o último em setembro, que foi no marco do Grito dos Excluídos) é preciso seguir construindo e participando dos novos atos convocados pela Campanha Nacional pelo Fora Bolsonaro.

 Por isso, o próximo passo é o ato nacional do próximo dia 02 de outubro que está sendo chamado “Em defesa da democracia. Contra a fome e o desemprego. Fora Bolsonaro!” . Temos uma semana para construí-lo nos locais de trabalho, nos pontos de ônibus, trens e metrô, nas ruas do subúrbio, nas favelas enfim. O nosso desafio é construir a mais ampla unidade de ação e capacidade de adesão pois precisaremos dar uma resposta à altura do que foi a tentativa da extrema-direita bolsonarista que demonstrou força e coesão para seu projeto golpista, no último dia 07 de setembro.

O ato desse sábado foi um bom termômetro para entender que precisamos continuar nas ruas, dialogando com o conjunto da classe trabalhadora e do povo pobre. Não dá para esperar por 2022. Sem dúvida que precisaremos também construir uma saída programática com transformações estruturais com a revogação de todas as medidas que atacaram (e atacam) direitos dos trabalhadores. Mas antes é preciso derrotar Bolsonaro nas ruas! Nada deve ser mais importante do que isso.

*Professor de História da rede municipal do RJ e militante da Resistência/PSOL.

1  https://congressoemfoco.uol.com.br/eleicoes-2022/datafolha-apos-sete-de-setembro-bolsonaro-bate-novo-recorde-de-reprovacao/ (Consultado em 26/09/2021)

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Fora Bolsonaro