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BRASIL

Liberdade para Paulo Galo e Gessica: contra a criminalização dos movimentos sociais

Paulo Galo, do coletivo Revolução Periférica, e sua esposa Gessica tiveram a prisão temporária de 5 dias decretada pela justiça nesta tarde. A determinação se dá dentro do caso que investiga o ato político que ateou fogo na estátua do bandeirante Borba Gato no último sábado, 24.

da redação
Scarlett Rocha | EOL

Segundo informação da Mídia Ninja, Paulo Galo e sua esposa Géssica tiveram a prisão temporária de 5 dias decretada pela justiça nesta tarde, 28. A prisão temporária pode ser renovada por mais 5 dias. Depois disso, o juiz pode converter em preventiva, por prazo indeterminado.

Galo ganhou notoriedade como ativista ao fundar o coletivo Entregadores Antifascistas, e, mais recentemente, o coletivo Revolução Periférica que assumiu autoria da ação contra a estátua do bandeirante no último sábado, 24.

A determinação judicial se dá dentro do caso que investiga o ato político que ateou fogo na estátua do bandeirante Borba Gato no último sábado.

Galo e Géssica tem um filho pequeno, e a prisão temporária dos dois, além de incabida, representa uma grave ameaça no sentido da criminalização de movimentos sociais.

Confira a nota emitida pela defesa de Galo e Géssica:

Paulo (Galo) Lima se apresentou nesta quarta-feira, dia 28, por volta das 13h, no 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo, onde é investigado o incêndio contra a estátua de Borba Gato, ocorrido no último sábado, dia 24.

A decisão que decretou a temporária saiu momentos após ele ter se apresentado. O mandado de busca e apreensão para a residência de Paulo havia sido expedido para o local errado e Paulo apresentou seu endereço correto, autorizando e possibilitando a entrada em sua residência para possíveis buscas.

Além dele, Danilo Oliveira (Biu), compareceu de forma espontânea para auxiliar nas investigações e assumir sua participação no ato.

“Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”, comentou Paulo na ocasião.

A esposa de Galo, Gessica, também esteve presente para colaborar com as investigações e foi surpreendida com a expedição de mandado de prisão temporária em seu desfavor.

Gessica sequer estava presente no ato político do dia 24/07 e tem uma filha de 3 anos de idade com Paulo, também detido nesta data.

A equipe jurídica do escritório Jacob e Lozano acompanha o andamento do processo e pode dar um novo depoimento em breve.