DISPUTAR O PRESENTE: JUVENTUDE SEM MEDO NAS RUAS PARA DERROTAR BOLSONARO!

O Congresso Extraordinário da UNE acontece em meio a uma nova conjuntura política no país, mais favorável à esquerda e à oposição ao governo. Desde os atos chamados pelo movimento negro em 13 de maio, como resposta à chacina do Jacarézinho no Rio de Janeiro, as ruas voltaram a ser ocupadas por centenas de milhares de pessoas que querem por um fim à política genocida e autoritária de Jair Bolsonaro, responsável direto pelas mais de 500.000 vidas perdidas durante a pandemia no Brasil.

Nós da Juventude Sem Medo, movimento formado pelos coletivos RUA, Afronte, Manifesta, Fogo no Pavio e Estopim ajudamos ativamente na construção do forte calendário de lutas dos últimos meses, que se expressou no 13M, 29M, no 19J e no 3J e assim seguiremos no próximo período, tomando as ruas e disputando a maioria do povo para a necessidade de interromper este governo ainda em 2021.

A disputa de um projeto de educação voltado aos interesses do povo trabalhador só será possível com a derrubada de Bolsonaro, que foi responsável por aprofundar a agenda neoliberal e reacionária no ensino superior, iniciada com o golpe contra Dilma em 2016. O movimento estudantil brasileiro, protagonista de diversas mobilizações nacionais ao longo da história, tem novamente a responsabilidade de jogar o máximo de suas forças a serviço dessa tarefa de primeira necessidade.

AS RUAS APONTAM O CAMINHO: É POSSÍVEL DERROTAR BOLSONARO

O Brasil em 2021 é um resultado do acúmulo de erros do seu governo, que atuou conscientemente pela contaminação em massa da população. Bolsonaro desdenhou da pandemia desde o início, combateu sistematicamente as recomendações sanitárias, questionou a ciência e se omitiu da responsabilidade de garantir uma ampla vacinação para a população. Não salvou vidas e nem empregos. Também não garantiu um auxílio digno para aqueles que precisavam, agravando dramaticamente o problema da fome e da miséria em nosso país.
E ao contrário do que expressa a grande imprensa, essa pandemia nada tem de “democrática”. Na realidade, o maior alvo da Covid-19, em um país estruturalmente construído em base ao racismo, foi justamente o povo negro, que além de enfrentar o vírus, não teve sequer a sua segurança garantida dentro das favelas e comunidades. Quando o Estado se fez presente nesses lugares, durante a o último ano, não foi para garantir pão, saúde, cultura ou mínimas condições de ensino remoto, por exemplo, mas sim para vitimar mais jovens negros, em nome da guerra às drogas.
Nos EUA, o poderoso levante antirracista de 2020, levou milhões à luta no coração do imperialismo e detonou um processo com repercussões internacionais até hoje. Como consequência, Trump foi derrotado, causando o enfraquecimento da extrema-direita internacional e contribuindo para aumentar o isolamento de Bolsonaro.
Esse processo foi também acompanhado de importantes lutas, sobretudo no continente latino-americano, que impuseram derrotas políticas e eleitorais para a direita, com destaque para a Constituinte chilena, que será responsável por encerrar de uma vez o legado da Ditadura de Pinochet, uma das mais sanguinárias do continente e fonte de inspiração do nosso ministro da economia Paulo Guedes.
A derrota da extrema-direita nos EUA, a inflexão à esquerda na américa-latina e o enfraquecimento do governo Bolsonaro estão inseridos em um contexto de agudização da crise mundial, que foi ampliada pela pandemia da Covid-19, cujas consequências seguem em desenvolvimento. Vale ressaltar que, apesar das vitórias políticas acumuladas nesse último ano, a crise estrutural do capitalismo segue impondo uma dinâmica de ataques aos explorados e oprimidos, com aprofundamento de desigualdades e catástrofe ambiental. É preciso preparar o contra-ataque, disputar grandes ideias e fazer com que os capitalistas paguem pela crise.

Derrotar o governo e defender o meio ambiente

Diante de todo o debate nacional, é necessário ressaltar as problemáticas e ameaças enfrentadas pela região Amazônica e seus povos, que vem sofrendo diariamente ataques dos setores agropecuários, de madeireiras ilegais, da mineração predatória e dos ataques do Governo Federal, protagonizado pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que colaborou ativamente com madeireiras ilegais, e foi autor das diversas “boiadas passadas” pela Amazônia desde o início do Governo Bolsonaro. E por isso, exigimos a prisão imediata desse ecocida!

Entre estes ataques, o PL490/2009 merece destaque. Junto ao Marco Temporal, este PL pretende extinguir as demarcações de terras indígena, permitindo a exploração destas terras por garimpeiros. É uma ameaça que deve ser combatida de maneira urgente, para assegurar a proteção da Amazônia e seus povos.

Nós da Juventude Sem Medo, defendemos a Amazônia e seus povos, assim como a necessidade de pensar numa política que substitua o modelo de desenvolvimento predatório vigente por um ecologicamente correto e sustentável, pensando nas populações indígenas, quilombolas, ribeirinhas e agricultores familiares.

Preparar o contra-ataque

A decisão corajosa do movimento negro, após a chacina do Jacarézinho em maio deste ano, de convocar nacionalmente manifestações em 13 de maio, abriu as portas para uma retomada da iniciativa das ruas por parte da esquerda e dos movimentos sociais.

Desde então, a unidade da esquerda, representada pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro, uma frente que reúne centenas de organizações como a Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular, Coalizão Negra por Direitos, UNE, APIB, centrais sindicais, movimento feminista, LGBTQIA+ e partidos de esquerda, construiu um forte calendário de lutas, que reuniu centenas de milhares de manifestantes em todo o país e também no exterior nos dias 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho com o objetivo de derrubar Bolsonaro e salvar vidas. Soma-se à essas bandeiras centrais uma série de reivindicações como a luta contra os cortes na educação, a luta contra o genocídio do povo negro, a defesa dos povos originários e a luta contra o PL 490, a defesa das estatais, a defesa da ampliação da vacinação, a defesa de um auxílio digno enquanto durar a pandemia, entre outras.

Paralelamente ao calendário de lutas, a CPI da pandemia no Senado Federal tem também pautado o cenário político do país. Instalada com o objetivo de apurar os crimes e omissões do governo em relação à COVID, a comissão já trouxe à tona uma série de evidências que responsabilizam o governo, com destaque para o escândalo na compra de vacinas da Covaxin, que motivou a entrega do “super pedido” de Impeachment no último dia 30, uma iniciativa que envolveu não somente as organizações que constroem a Campanha Nacional Fora Bolsonaro, mas também partidos de fora da esquerda e parlamentares rompidos com o bolsonarismo. Desta forma cresceu significativamente a pressão sobre Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, que segue agindo para preservar o governo.

Além do calendário de lutas e das consequências impostas pela CPI no Senado, as recentes pesquisas de opinião apontam também para o maior descontentamento com o governo desde o início do seu mandato. Entre a maioria que o desaprova, tem destaque a juventude, que também foi uma das protagonistas das últimas mobilizações. Não temos dúvidas em afirmar que é da juventude LGBTQIA+, preta, feminista, indígena, periférica, estudantil, que tanto resistiu e lutou nos últimos anos, que virá a força para a derrota definitiva de Jair Bolsonaro.

Quatro tarefas para a UNE, a juventude e os movimentos sociais:

A primeira delas é a continuidade do calendário de mobilizações para derrotar Bolsonaro agora. Após o sucesso das últimas manifestações, precisamos redobrar os nossos esforços, lutar pela massificação do processo e seguir nas ruas nos próximos meses. A luta pelo Fora Bolsonaro não pode se limitar a um desgaste da extrema-direita, com o objetivo de preparar o terreno para as eleições do ano que vem. Primeiro porque é urgente interromper o genocídio de milhares de brasileiros, vitimados pela atuação consciente do governo. E em segundo lugar porque o bolsonarismo é uma corrente neofascista, que não tem qualquer apreço pela democracia e vem se preparando há muito tempo para se manter no poder a qualquer custo. A agitação golpista entre a sua base, que seguirá mobilizada apesar de enfraquecida, e também entre setores milicianos e das forças armadas só poderá ser derrotada pela força da mobilização de massas.

A segunda tarefa é o fortalecimento da unidade da esquerda, que hoje é a direção inconteste da forte mobilização que estamos impulsionando. Devemos construir e ampliar a força da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, porque ela materializa a articulação de centenas de organizações da classe trabalhadora, da juventude, do movimento negro, feminista, LGBTQIA+, movimento indígena e partidos de esquerda. Além disso, ela expressa um programa que orienta a luta pelo Fora Bolsonaro e tem capacidade de dialogar com as necessidades mais sensíveis da maioria do povo brasileiro.

A terceira tarefa envolve a unidade pontual com todos que estão a favor do Impeachment nesse momento. Diante da possibilidade concreta de interromper Bolsonaro não podemos dar margem para qualquer vacilação. E para cumprir esse objetivo estamos a favor de atacar o governo com quem quer que seja, incluindo setores da direita. Mas estamos a favor de assumir essa tarefa sem abaixar as nossas bandeiras e o nosso programa, nem apagar a responsabilidade que esses setores têm pela situação atual do país. É a esquerda que dirige o processo de lutas em curso, através da Campanha Nacional Fora Bolsonaro e assim deve permanecer. E atacar Bolsonaro junto com parcelas da direita hoje não significa qualquer compromisso com esses mesmos setores nas eleições do ano que vem. A esquerda não pode repetir os mesmos erros que tiveram como resultado o golpe de 2016.

Por fim, a quarta tarefa diz respeito à questão do poder, portanto, sobre a definição de quem deve assumir o Brasil diante da possível queda de Bolsonaro. Evidentemente não prestaremos qualquer apoio a Mourão em um eventual triunfo do Impeachment. A luta deverá seguir, assim como o enfrentamento ao legado do golpe de 2016 e às pressões dos militares. Nós, da Juventude Sem Medo, defendemos que a unidade da esquerda, que hoje toma as ruas e contagia amplos setores da sociedade, se expresse também como alternativa para dirigir o Brasil, avançando sobre o legado do golpe e apontando para um programa que atenda a maioria do povo, sem concessões e composições com a direita, que é responsável por termos chegado até aqui.

Fora Bolsonaro!
Impeachment já!
Unir a esquerda nas lutas e nas eleições!

 

INTERROMPER OS RETROCESSOS NA EDUCAÇÃO E DISPUTAR SEU FUTURO

Desde o início de seu governo, Bolsonaro deixou nítido que disputar os rumos da educação brasileira era uma de suas prioridades. Seu projeto obscurantista e elitista encontrou na agenda ultraneoliberal que já estava em curso um aliado. Através do Tsunami da Educação fomos vitoriosos ao enfrentar o governo Bolsonaro nas ruas, acumular forças para derrotar o então ministro da educação Weintraub e seu projeto “Future-se” e rever os cortes orçamentários.

No entanto, a continuidade dos ataques do governo, somado aos impactos da pandemia, nos impôs grandes desafios. Bolsonaro seguiu aplicando o estrangulamento no orçamento da educação, legitimado pelo absurdo Teto de Gastos. No ano de 2021 o orçamento sancionado pelo governo reduziu R$1 bilhão em verbas das 69 universidades federais, 18% a menos na comparação com o ano passado. O valor corresponde às verbas discricionárias, que impactam diretamente as políticas de permanência estudantil. A redução de bolsas de auxílio alimentação, moradia, por exemplo, provocou a insegurança aos estudantes em situação de vulnerabilidade social.

Isso ocorre em um momento em que as universidades públicas têm desempenhado papel fundamental no enfrentamento à crise da COVID-19. Estas instituições têm dedicado seus esforços em defesa das vidas e da saúde, colocando os seus conhecimentos e recursos para produzir EPIs, álcool em gel, testes diagnósticos, montagem e manutenção de respiradores, além do desenvolvimento de pesquisas para a produção de vacinas brasileiras.

 

Os desafios do ensino remoto e a plataformização da educação

O ensino remoto foi imposto aos estudantes sem qualquer política do Governo para amenizar os impactos das diferentes e profundas desigualdades que existem entre os estudantes do nosso país – regionais, de gênero, raça e classe. Isso provocou atrasos no aprendizado e fez com que muitos desistissem da escola e de suas universidades, em especial as mulheres e os mais pobres. Tamanha desigualdade impactou também no acesso ao ensino superior, seja pela falta de perspectivas para a juventude em relação às universidades, seja pela limitação das políticas de financiamento ou pelo fracasso do último ENEM, que bateu recordes de desistências.

Ainda no debate sobre o ensino remoto, avaliamos que está em curso também, uma disputa sobre os rumos da educação brasileira. Setores importantes do capitalismo mundial, como o Banco Mundial em parcerias com a Fundação Lemann, Amazon, Microsoft, Google dentre outras, apresentam como alternativa um modelo de escola e universidade que tem cada vez menos interação entre professor-aluno, sendo organizado por plataformas online – o chamado “mercado de soluções de gerenciamento da aprendizagem”. Ao alterar o patamar da liberalização da educação, este projeto tem como fundamento a retomada da elitização do ensino superior, visto que não se tem como objetivo aqui democratizar o acesso à utilização de plataformas online, mas sim utilizá-las como um filtro perverso, onde somente os “melhores” e “mais capacitados” teriam acesso. Além disso, com este filtro se destrói a indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão e encerra qualquer possibilidade de formação crítica, encontrando no projeto negacionista e ultra neoliberal do bolsonarismo um aliado.

Diante desse cenário, nós da Juventude Sem Medo acreditamos que as nossas tarefas são:

Lutar contra os cortes, derrotar Bolsonaro. O ensino superior e a ciência não podem seguir com orçamentos tão reduzidos e absolutamente incompatíveis com o papel estratégico desempenhado por essas instituições, seja em momentos de pandemia ou de normalidade. O mundo pós pandemia dependerá inevitavelmente da educação e da ciência para ser reconstruído e no Brasil isso não será diferente. Não podemos permitir que as novas gerações sejam impedidas de acessar as universidades, depois de tanto esforço e luta política nas últimas décadas, que ampliaram significativamente o ensino superior no Brasil. Para isso, o movimento estudantil precisa ser ativo na luta pela derrubada de Bolsonaro e também na disputa do projeto que deverá ser colocado no seu lugar, que deve priorizar a educação e a ciência. A luta pela revogação do teto de gastos, por uma reforma tributária progressiva e por novas fontes de financiamento de caráter público, sem ingerência de grupos privados nas instituições de ensino, serão fundamentais.

 

Queremos permanecer! A luta contra os cortes deve vir acompanhada de uma centralidade na defesa da permanência estudantil, que é diretamente afetada por essa redução de verbas. Os estudantes mais prejudicados pelo ensino remoto, pelos impactos da pandemia sobre a renda da população, pelo desemprego e pela falta de perspectivas são justamente os negros, cotistas e LGBTQIA+, que dependem diretamente das bolsas de permanência. Depois de muita luta e muito esforço para avançar sobre o caráter elitista e racista das universidades, depois da conquistas das cotas raciais e sociais, depois de termos alcançado o patamar de uma maioria de estudantes negros e cotistas nas instituições de ensino superior, não podemos nos dobrar diante dos retrocessos. A nossa palavra de ordem precisa ecoar em todo o movimento estudantil brasileiro: ninguém fica para trás!

 

Defender a democracia e a autonomia universitária! Durante o governo Bolsonaro, o número de interventores nas instituições de ensino superior cresceu significativamente. A extrema-direita nunca escondeu seu objetivo de travar uma guerra ideológica no país e sabem que para avançar era preciso destruir a liberdade nas universidades, nomeando para a administração destas instituições capachos do governo. Segundo o Andes, até janeiro de 2021, Bolsonaro já havia nomeado 20 interventores nas universidades, passando por cima de toda a democracia e a vontade da maioria das comunidades. A defesa da democracia e da autonomia das universidades, uma conquista que foi fundamental para impedir a ingerência dos governos sobre o ensino e a produção de conhecimento e pesquisa, também é uma tarefa a ser encarada pelo movimento.

 

Contra a mercantilização da educação! Uma outra ameaça importante à educação brasileira é a implementação do ensino remoto e do ensino híbrido em caráter permanente. Essas duas modalidades de ensino não são novidade nas instituições privadas, uma vez que permitem uma maximização dos lucros dos grandes conglomerados que as controlam. Mas agora podem passar a ser implementadas também no ensino superior público. Não são poucas as universidades que têm sinalizado nesse sentido, sobre possíveis aplicações, ainda que pontuais, do ensino remoto e do ensino híbrido. Não podemos aceitar! A aplicação dessas modalidades tem exclusivamente o objetivo de abrir as portas para os lucros de grupos capitalistas através de um ensino cada vez mais precarizado, mecânico, voltado à formação de mão de obra qualificada, sem qualquer perspectiva crítica e emancipatória.

A batalha nas instituições privadas seguirá enfrentando interesses de fortes conglomerados, a começar pela luta em defesa da redução e congelamento de mensalidades. É inadmissível que durante a pandemia, enquanto todos os estudantes foram submetidos ao ensino remoto, as instituições não tenham cessado os reajustes, ainda que tenham diminuído seus gastos. Além da luta pela redução das mensalidades, deve seguir em disputa um projeto de educação de qualidade nas instituições privadas, com maior valorização da pesquisa e da produção científica, em detrimento da lógica de formação exclusiva de profissionais para o mercado. É necessário também disputar um projeto de transição do ensino controlado por interesses privados para um ensino público, gratuito e acessível a todos e todas. Educação não é mercadoria!

 

Em defesa da lei de cotas! O ano de 2022 marca os 10 anos de aprovação da Lei de cotas, sancionada em agosto de 2012. A Lei 12.711/12 estabeleceu que dez anos depois o projeto deveria ser revisado. Nós da Juventude Sem Medo não temos dúvidas quanto à importância de lutar pela ampliação da Lei de Cotas, que foi fundamental para superar atrasos históricos em nosso país e democratizar as universidades, avançando sobre o racismo e o elitismo. A definição pela ampliação da Lei de Cotas também deverá ser pautada pelo conjunto do movimento estudantil, com o objetivo de aprimorar ainda mais esse mecanismo de primeira importância para a luta antirracista.

 

POR UMA UNE COMBATIVA, DEMOCRÁTICA E ENRAIZADA NA BASE

O movimento estudantil brasileiro está diante do maior desafio da sua geração. A batalha para manter de pé as nossas entidades e a nossa política ao longo da pandemia, sem encontros presenciais, sem passagens em sala, assembleias e plenárias foi muito difícil, mas conseguimos manter as nossas pautas e lutas. Apesar disso, não podemos desconsiderar que há duas gerações de ingressantes que iniciaram suas vidas acadêmicas sem qualquer contato direto com o movimento estudantil. A retomada das aulas presenciais e da vida política nas universidades exigirão muita atitude e criatividade da nossa parte, principalmente em relação a atuação das entidades estudantis, a começar pela UNE, que será desafiada a retomar o seu trabalho e mobilização diretamente nas bases.

Esse período exigirá uma verdadeira atualização em nossa forma de fazer política, rompendo com velhos vícios e debilidades acumuladas. Não podemos perder de vista que enfrentaremos um momento de reconstrução da nossa atuação e da nossa relação com o conjunto dos estudantes. Para fortalecer as nossas entidades, que são legítimas ferramentas de frente única no movimento, precisaremos construir espaços de discussão e deliberação orgânicos e democráticos, que fortaleçam a participação de um número cada vez maior de estudantes. A massificação do movimento estudantil, ou seja, a ampliação da participação estudantil nos fóruns do movimento, será uma condição indispensável para enfrentar as duras consequências impostas pela pandemia, pelo golpe e pelo governo Bolsonaro.

Esse é um dos maiores desafios colocados também para a UNE. Se é verdade que a nossa entidade se posicionou corretamente diante dos principais fatos políticos dos últimos anos, atuando enquanto protagonista da Campanha Nacional Fora Bolsonaro e também em outros processos, é justamente em seus fóruns que estão concentradas as suas maiores debilidades. Infelizmente, os espaços e fóruns da UNE seguem com uma dinâmica muito formal e burocrática, onde não acontecem verdadeiros debates de ideias e encaminhamentos de propostas a serem consideradas e confrontadas. Pelo contrário, a tendência predominante é sempre a afirmação de posições por parte dos seus diferentes coletivos e encaminhamentos já costurados previamente. Isso afasta parte considerável dos estudantes que querem ter espaços de participação real. A entidade será fortalecida na medida em que cada vez mais estudantes se apropriem dela enquanto uma ferramenta de apoio e transformação das suas universidades e da política em geral.

Mas a disputa da UNE que queremos passa também pela disputa de um sólido projeto de oposição dentro da entidade, com base em diálogos, compromissos políticos e também a partir de uma atualização programática, com capacidade de responder aos novos desafios colocados pela luta de classes no Brasil. No último Congresso de 2019, essa necessidade já se expressou, mas de maneira ainda embrionária. A oposição dentro da UNE não pode ter como único eixo de unidade a busca pela superação dos coletivos que compõem o campo majoritário ou outros acordos que dizem mais respeito ao passado do que ao presente. Precisamos de uma oposição combativa, que lute pela independência política da entidade e que não a sujeite a projetos de conciliação com a direita. Mas também precisamos de uma UNE que batalhe pela frente única da esquerda nas lutas e na disputa por um novo projeto de país, sem capitular para saídas auto proclamadas e isoladas no momento de disputa decisiva dos rumos do Brasil.

Diante da retomada da vida política nas universidades, seguirá também o desafio da UNE servir cada vez mais ao fortalecimento das estudantes mulheres, negras, LGBTQIA+, indígenas, quilombolas e de outros povos tradicionais, a começar por uma melhor preparação dos seus encontros auto organizados, que precisam ser maiores e mais representativos.

O período entre os congressos da entidade também devem ser melhor organizados, com o objetivo de combinar com regularidade e bom tempo de preparação a realização dos CONEBs, CONEGs, Bienais, EMEs, ENUNEs e Encontros LGBTQIA+ da UNE.

 

ASSINATURAS:

 

Amapá

Rafael Cristopher Serra – Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)

Izabelly Flexa Palmerim – Faculdade de Macapá (FAMA)

Andréa Geovana Moura Góes – Grupo Madre Teresa

Ana Olinda da Silva Barros – Universidade Paulista (UNIP)

Vinícius Trindade da Costa – Estácio Amapá (Estácio/FAMAP)

Alana Karen Brasil Silva – Faculdade Estácio Macapá (Estácio/SEAMA)

Rayssa Beatriz Santarem da Silva – Universidade Estadual do Amapá (UEAP)

Amazonas

Fernanda Fernandes da Silva – Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Thiago Afonso Godinho Azevedo – Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Anne Cinara Oliveira Rodrigues – Instituto Federal do Amazonas (IFAM)

Jomara Vilaça Ferreira – Faculdade La Salle Manaus

Ketllen Franco de Brito – Faculdade Anhanguera

Sacha Bayma Valle Krieger – Faculdade Martha Falcão (FMF)

Pará

Marcos Passos Martins – Sistema de Informação – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

Ana Carolina Botelho Lucena – Direito – Universidade Federal do Pará (UFPA)

Anaclara Mata Araujo – Ciências Sociais – Universidade Estadual do Pará (UEPA)

Arthur de Araujo Leite – Universidade Federal do Pará (UFPA)

Naiana Palheta Moraes – Universidade Federal do Pará (UFPA)

Anna Matos Mathis – Universidade Estadual do Pará (UEPA)

Tocantins

Cássia Thais da Silva Heredia – Universidade Federal Norte do Tocantins (UFT)

Caio da Silva Heredia – Centro Universitário Católica do Tocantins (UniCatólica)

Rafael Siriano Fontes – Universidade Federal Norte do Tocantins (UFT)

Roraima

Tallon de Almeida – Universidade Federal de Roraima (UFRR)

Maranhão

Sara Vitória de Sousa Fontinele – Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL)

Piauí

Ana Clara Nascimento Oliveira – Universidade Estadual do Piauí (UESPI)

Carlos Eduardo da Conceição – Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Brenda Marques – Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Tecylane Kalyne Vieira – Faculdades de Ensino Superior do Piauí (FATESPI)

João Vitor Mesquita Silva – Centro Universitário Mauricio de Nassau (UNINASSAU)

Bárbara Alves Lacerda – UNIVERSIDADE REGIONAL BRASILEIRA S.A. (Rede Unirb Teresina)

Letícia Alencar Alves – Centro Universitário Santo Agostinho

Antônio Carlos Sales Neto – Centro Universitário UniFacid

Ceará

Jessica Rebouças Santos – Universidade Federal do Ceará (UFC)

Nayane Ketly Holanda Lopes – Universidade Federal do Ceará (UFC)
Marcos Alexandre de Sousa Barros – Universidade Federal do Cariri (UFCA)

Sara Vitória de Carvalho da Silva Thé – Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Pedro Lucas Nunes de Lima – Universidade Faculdade Metropolitana (UNIFAMETRO)

Ângelo Gabriel de Castro Barbosa – Universidade Estácio de Sá (UNESA)

Lirielly Gurgel Costa – Universidade Maurício de Nassau (UNINASSAU)

Levy Érico Teixeira de Sousa – Centro Universitário UNIFANOR

Patrick Wuelton Maia de Sousa – Universidade 7 de Setembro (UNI7)

Jairo Jones Bezerra – Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)

Tamires de Lima Rodrigues – Faculdade Católica Rainha do Sertão (UNICATOLICA)

Nayana Duarte Castelo Branco – Instituto Federal do Ceará (IFCE)

Maria Thayná Freitas Nascimento – Faculdade Cisne (CISNE)

Matheus Florêncio da Silva – Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ)

Rafael Almeida Jalles – Universidade Regional do Cariri (URCA)

Letícia Melo Sampaio – Centro Universitário Christus (Unichristus)

Matheus Nepomuceno Freire – Universidade Estadual do Ceará (UECE)

David da Silva Pinheiro – Universidade Federal do Ceará (UFC)

Mayara Lorenço Vilar – Universidade Federal do Ceará (UFC)

João Arthur Ribeiro Gonçalves Monte Rocha – Ciências Sociais – UECE

Emília Maria Figueiredo de Oliveira – Direito – UNIFOR

Isaac Bernardo Fernandes, – Licenciatura em Matemática -IFCE

Felipe Peixoto – pedagogia – UNILAB

Vitoria Pereira de Sousa – Universidade Estácio de Sá

João Lucas de Anselmo Tomaz – Universidade de Fortaleza (Unifor)

Paraíba

Francisco Almeida de Souza – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Sergipe

Luiz Felipe Santos da Silva – Ciências Econômicas – UFS

Bahia

Fabiano de Souza Carvalho – Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Bruna Yoshie Kimura Santos – Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Enrique Silva Rodrigues dos Santos – Universidade Salvador (UNIFACS)

Larissa Lopes da Silva – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP)

Kamila Erika Ribeiro Lopes – Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf)

Emily Stephanie Moraes dos Santos – Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

Ana Julia Maria da Silva Barbosa – Faculdade UniBras Juazeiro

Verena Cruz Vieira – Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Beatriz Cardoso Castor – Universidade Jorge Amado (unijorge)

Igor Cavalcante Lira Barros – Faculdade UNIME

Marlon Vinicius Oliveira – Maurício de Nassau (Uninassau)

Micaele Mesquita dos Santos – Universidade Estadual da Bahia (UNEB)

Joao Kennedy Amorim Abreu – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Danielle Silva Matos – Universidade Cesumar (UNICESUMAR)

Raíssa Pessoa Silva – Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Marina Amaral Nascimento – Universidade Estadual da Bahia (UNEB)

Maria Aparecida da Silva Costa – Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Distrito Federal

Maria Eduarda Krasny de Souza da Silva – Universidade de Brasília (UnB)

Marcela Antonieta Souza da Silva – Universidade de Brasília (UnB)

Espírito Santo

Arthur Moreira Campos – Faculdade Casa do Estudante (FACE)

Iris Regina Oliveira dos Santos – Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Goiás

Sara Ribeiro Duarte – Universidade Federal de Goiás (UFG)

Lucas Pereira Lima – Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Mato Grosso do Sul

Guilherme Moreira Romera da Silva – Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Agnes Vianna – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

São Paulo

Maria Luiza Paulino Nogueira – Relações Públicas – USP;

Mariana Faria Dias – Direito – PUC-SP;

Camila Souza Lima – Serviço Social – Unifesp;

Beatriz Santos Silva – Arquitetura e Urbanismo – Universidade São Judas Tadeu;

Mirella Rovai Feitosa Vilar – Hotelaria – Centro Universitário SENAC;

João Vitor Dourado Viana – Odontologia – Universidade Paulista (UNIP);

Flávia Gomes – Direito – Mackenzie;

Samuel de Oliveira Barbosa – Ciências Sociais – Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU)

Giulia Monteiro Ogera – Cinema – Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP)

Milena Tibúrcio Cicone – Ciências Sociais – Unicamp

Victoria Ferraro Lima Silva – Unicamp

Victória Souza – UFSCAR

Sara Cristina Pezo de Souza – Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)

Gustavo Carneiro Pinto – Direito – UNESP

Maria Fernanda Reis Queiroz – Uni-FACEF

Daniel Martins Salvador Lopes – Centro Universitário Senac

Victor Maciel – Universidade Federal do ABC (UFABC)

Fernando Allan Abreu Silva – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Beatriz Céspedes – Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Hanna Oliveira – Faculdade de Medicina de Jundiaí

Carlos Eduardo Rezende Landim – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Yasmin Maria Amirato – Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE)

Victoria Santos Silva – Universidade de São Paulo (USP)

Ingrid de Sá – Universidade Paulista de São José dos Campos (UNIP)

Marcela Taborda Stolf – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Letícia Gouveia – Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Luana Arielle Cardoso da Silva – Faculdades Integradas Campos Salles

Hanna Oliveira Ramos – Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ)

Maria Cláudia Barbosa dos Santos – Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Leticia Paulino Maia – Anhembi Morumbi

Daisa Souza Leite – Damasio

Yara Ramos Linhares – Mackenzie

Mateus Rossetto Vieira – Unifesp

Vinicius dos Santos – IFSP

Lilian Fernanda da Silva – Universidade Paulista (UNIP)

Rogério de Lucena Dias – Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC)

Caroline Gouveia – Metrocamp

Gabriela Faconni – ESAMC

Thawana Oliveira – Universidade São Francisco

Saulo Sampaio – Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU)

Vinícius Mascarenhas – Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)

Paloma Souza dos Santos – Universidade São Judas Tadeu (USJT)

Lucas Boin Boutin – Universidade Federal do ABC (UFABC)

Débora Moura – Faculdade Piaget

Larissa Ferreira Macedo – Universidade de São Caetano do Sul (USCS)

Lucas Passos – Faculdade de São Bernardo (FASB)

Rinaldo Moura – Faculdade de Mauá (FAMA)

Marina Ferreira – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP)

Layla Karoline Lima dos Santos – Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Luiz Souza Neto – Universidade Tiradente

Rio de Janeiro

Maria Clara Delmonte – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Iarley Padilha dos Santos – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Caio Neves Teixeira – Universidade Federal Fluminense (UFF)

Luana Gabrielli do Carmo Vieira – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro Realengo (IFRJ)

Juliana dos Santos Paiva – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Natália Ibiapino Proença – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Matheus Maia Vinhas Barreto – Universidade Veiga de Almeida (UVA)

Raphaella Miranda de Oliveira – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Giulia Oliveira de Souza – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

(UFRRJ) – Nova Iguaçu

Jessica Fernandes Rabelo – Universidade Iguaçu (UNIG)

Maria Eduarda Azevedo Nolasco – Fundação São José

Ana Paula de Souza Figueiredo – Instituto Federal Fluminense

Julia Gomes Bernardes – Estácio de Sá

Luiz Alfredo Vizzini Barbosa – Universidade Católica de Petrópolis

Giselle Alves da Costa Ribeiro – Centro Universitário IBMR

Paula Marchon Mariano Mageski – Universidade Federal Fluminense

Gabriel moreira Thomaz – Universidade Federal Fluminense

Ellen Cristina Marques da Silva – Centro Universitário Carioca (UniCarioca)

Brenda Vieira Pinheiro – Faculdade de Medicina de Campos

Gabriela Tomaz de Almeida – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Bárbara de Araújo – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Thalyne Ferso – Instituto Federal Rio De Janeiro Nilópolis

Cauê lemos gatto ferreira – Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM)

Ana Carolina Peixoto Migliora – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Gabriel Mandia Pantaleão – UFRJ

Maria Eduarda Ichida da Silva – UERJ

Maria Eduarda Ribeiro Cruz de Medeiros – UFRRJ

Isabella Alves Dornelas de Macedo – ESCS

Minas Gerais

Luiza Datas Cruz – Letras – UFMG

Carol Leal – UFMG

Nathalia Julie Soares – Medicina – UFSJ

Bruna Bau Segarra Garcia de Oliveira – Medicina – Universidade de Itaúna

Sthefany de Paula Gomes – Medicina – UEMG

Otávio Balbino de Castro – Administração Pública – Fundação João Pinheiro

Pedro Felipe de Souza Arruda – Ciências Sociais – UFJF

Samara Agostinho – Medicina – UFV

Arthur Queiroz Alves- Arquitetura- UFU

Júlia Soares de Freitas Teles – Universidade de Itaúna (UIT)

Sara Marcelle Machado de Camargos Gomes – Faculdade de Pará de Minas (FAPAM)

Valmir Gonçalves Martins Júnior – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Marina Mól Bessa – Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH)

Gabriel Gribel – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG)

Lavínia Garcia Millioli – Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Maicon Douglas de Souza Rodrigues Antunes – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET – MG)

Sandy Eliza de Paulo Medeiros – Pontíficia Universidade Católica (PUC-MG)

Júlia de Matos Rodrigues de Souza – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Izabela Santarelli Ferraz – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Julia Medeiros da Silva – Universidade Fderal de Juiz de Fora (UFJF)

Paraná

Camilla de Sousa dos Santos – Universidade Paulista (UNIP)

Leonardo José Duda – Uniasselvi

Eduarda Marculan – Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Rio Grande do Sul

Wellignton Porto – UFRGS

César Wolf – PUCRS

Santa Catarina

Francisco Ianzer Machado – Agronomia – UFSC
Guilherme Luiz Weiler – Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
Lucas de Azevedo Pazin – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Maria Eduarda Ferrari Martins – Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
Raphaela Santos – Universidade do Sul de Santa Catarina / Campus Grande Florianópolis (UNISUL)
Thome Martins – Universidade do Sul de Santa Catarina / Campus Tubarão (UNISUL)
Ana Gabriela Cardoso – Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE)
Daniela Deitos – Universidade Regional de Blumenau (FURB)
Natália Vilma de Oliveira – Instituto Federal Catarinense (IFC)

João Matheus Brito do Nascimento – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

Nayara Bianca Pantoja Almeida – Uninassau

Nissandra Karoline da Silva Peres – Estácio

Katharina Barroso de Carvalho – Uninter

Sara Farias Rabelo – Unama