Na manhã desse sábado (26) ocorreu o ato Vacina no braço, comida no Prato e Fora Bolsonaro;, no Largo do Bicão, na Vila de Penha, subúrbio do Rio de Janeiro. O ato teve a presença de cerca de 50 manifestantes, entre os quais estudantes, professores, sindicalistas e também a participação de partidos políticos como PT (núcleos Leopoldina e Madureira), PSOL (núcleo Leopoldina e Vila da Penha e Região), Frente Ampla Suburbana e Frente Brasil Popular.
Os manifestantes levaram cruzes que simbolizavam as mais de 500 mil mortes ocorridas pela negligência do governo genocida de Bolsonaro que boicotou vacinas e cartazes que denunciavam a volta da fome, o desemprego histórico e pediam a saída imediata do presidente neofascista. Os manifestantes deram uma importante lição de que é necessário seguir construindo a unidade pelo Fora Bolsonaro.
Com uma tenda, faixas e um equipamento de som, muitas falas dos participantes registraram que sem movimento popular nas ruas e sem dialogar com a população (disputando corações e mentes) mostrando a urgência de derrubar imediatamente o neofascista, Bolsonaro seguirá destruindo o país. E que não é possível subestimar o inimigo, pois, mesmo desgastado e acuado, poderá radicalizar.
O ato também serviu como termômetro. Foi nítido para quem lá esteve que alguns carros que passam pelo Largo do Bicão, buzinavam demonstrando apoio a manifestação, mas outros xingavam, inclusive com ameaças aos ativistas no ato. Daí a importância de seguir disputando as ruas com a extrema direita e os apoiadores de Bolsonaro.
É preciso continuar a mobilização e intensificar a construção de atos pelo Fora Bolsonaro pela base, nos territórios onde ainda há menos atuação, e em favelas e periferias. Nesse sentido, já está sendo construído um novo ato no subúrbio carioca, dessa vez na Vila Cruzeiro, que faz parte do Complexo da Penha.
Será um novo aprendizado coletivo de unidade entre todos os lutadores sociais não apenas chamar mais gente para estar nas ruas na próxima agenda nacional do Fora Bolsonaro – o 24J – mas para seguirmos avançando, também na construção de uma Frente de Esquerda nas lutas e nas eleições, sem alianças com a direita, que seja capaz pautar o debate programático e enfrente a agenda neoliberal de retrocessos e antidemocrática no país.
* Professor de História da rede municipal do RJ e militante da Resistência/PSOL.
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