O dia 19 de junho começou como um típico dia do outono curitibano, com a temperatura girando em torno de 9 graus e chuva intermitente ⎼ tinha tudo para arruinar o ato que vinha sendo construído há semanas. Porém, mesmo sob forte chuva em parte do trajeto, milhares de pessoas fortaleceram a luta e mostraram que podemos ter esperança nas ruas para derrubar Bolsonaro.
Durante toda a manhã muitos questionaram a viabilidade de se manter o ato, afinal corria-se o risco de termos um ato esvaziado pela chuva e isso poderia desmoralizar o movimento, em um momento em que precisávamos confirmar que a onda iniciada em 29 de maio está em crescimento e tem potencial de mudar a correlação de forças, contra o governo.
VÍDEO | Marcelo Locatelli, do PSOL e da Resistência/PSOL
Por volta das 14h, as primeiras pessoas já começaram a chegar na Praça Santos Andrade, e aos poucos a concentração foi crescendo: movimentos populares, sindicatos, torcidas antifascistas, movimento de negros e negras, movimento de mulheres, movimento LGBTQI+, juventude, famílias inteiras… A cada fala no caminhão de som, a cada palavra de ordem entoada, mais e mais pessoas chegavam na praça.
Por volta das 18h, uma multidão saiu pelas ruas do centro da capital paranaense rumo à Boca Maldita, e milhares de guarda-chuvas formaram um enorme desenho nas ruas por todo o trajeto, e na dispersão mesmo após a conclusão das falas ainda era possível ver pequenos grupos que se mantinham firmes entre palavras de ordens e cantos.
A chuva até que tentou atrapalhar o ato em Curitiba, mas milhares de pessoas foram às ruas para mostrar que a capital paranaense não é só terra de Moro e Dallagnol, Curitiba é terra dos e das professoras que enfrentaram bombas em 2015, dos estudantes que ocuparam escolas em 2016, e já é terra do povo que vai derrubar Bolsonaro.
VEJA A LIVE DO ATO EM CURITIBA
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