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MOVIMENTO

Vacina no braço e comida no prato: Dia 20 terá mutirão por auxílio e vacina

Comitê Fora Bolsonaro, frentes de luta e centrais convocam dia de luta e conscientização. No mesmo dia, greves sanitárias estão marcadas

Da redação
Roberto Parizotti / Fotos Públicas

Lambe lambe na Avenida Paulista

A terça-feira, 20, será um dia de agitação, em todo o país, contra a fome, pela aprovação do auxílio de R$ 600 e pela vacinação em massa. A ação unitária é convocada pela Campanha Fora Bolsonaro, pela Campanha Renda Básica que Queremos, por Centrais Sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. O objetivo é chamar a atenção para a urgência do Congresso Nacional restituir o auxílio emergencial de R$ 600 e adotar medidas para acelerar o processo de vacinação através do SUS para todas as pessoas.

A condução dos dois temas pelo presidente Jair Bolsonaro é criminosa. O governo deixou o país para trás na fila mundial das vacinas, aumentando o número de casos e de mortes por covid-19, que já passa de 360 mil, em uma política genocida. Após quatro meses sem nada, o novo auxílio proposto pelo governo atende uma quantidade menor de pessoas, por menos tempo e com um valor que não compra nem meia cesta básica. Enquanto o número de bilionários brasileiros cresce, especialmente entre banqueiros e a saúde privada, mais de 125 milhões de brasileiros sofreram insegurança alimentar durante a pandemia.

No dia 20, haverá um mutirão nacional de colagem de cartazes e lambes, em torno ao tema da vacina e do aumento da fome. O objetivo é repetir ações como a da campanha Bolsocaro, que mostrava o aumento dos preços dos alimentos e do gás de cozinha no governo bolsonaro. Durante a pandemia, segundo pesquisa, 44% dos brasileiros e brasileiras deixaram de comprar carne. Além do mutirão nacional, haverá colocação de faixas em locais de grande circulação, projeções em prédios e ações coordenadas nas redes sociais, usando a hashtag #VacinanoBraçoeComidanoPrato nas postagens.

FORA BOLSONARO

O dia de luta ocorre uma semana após a aprovação da CPI da Pandemia e no pior momento da covid-19 no país, acentuando a crise política e perda de apoio do governo Bolsonaro. Para Domingos Neto, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Ceará e integrante do coletivo Travessia, “é fundamental que as ações façam fortemente a denúncia do governo e a defesa do #ForaBolsonaro. É hora de ir pra cima! A mobilização nas redes e nas ruas será fundamental para pressionar o parlamento a abrir o processo de impeachment de Bolsonaro”, conclui.

Para o mesmo dia, estão sendo preparadas diversas greves sanitárias pelo país, como as dos trabalhadores do metrô de São Paulo e Brasília, e rodoviários de diversas cidades. A principal exigência é a inclusão destas categorias entre os grupos prioritários de vacinação, diante da exposição a que tem sido submetidos e das vidas que foram perdidas.