Em Goiás, aconteceu, na quarta (3), mais um capítulo de desdobramento da trágica privatização da CELG, companhia energética do Estado, vendida para a Italiana ENEL em 2016. Desde a privatização, o serviço de energia em Goiás tem piorado segundo dados da ANEEL – Agencia Nacional de Energia Elétrica, a tarifa tem sido reajustada acima da inflação e além de vários protestos de consumidores e entidades rurais que estão ocorrendo corriqueiramente, hoje os trabalhadores terceirizados da ENEL se manifestaram pedindo o fim da precarização no serviço. Essa é uma importante categoria de trabalhadores terceirizados em Goiás e precisa de toda nossa solidariedade nessa luta que estão começando a travar. A terceirização é uma forma cruel do capitalismo submeter cada vez mais trabalhadores a situações de precariedade no trabalho, no caso das terceirizadas da ENEL se acumulam denúncias de assédio moral, assédio sexual, perseguições, baixos salários e descumprimentos das leis trabalhistas.
A organização de luta dos trabalhadores terceirizados teve inicio quando um grupo de trabalhadores procurou o STIUEG (sindicato que representa os trabalhadores diretos da ENEL) que prontamente encaminhou a luta pelas reinvindicações apresentadas pelos trabalhadores terceirizados iniciando uma mesa de negociação com a ENEL para reivindicar:
1. Salário digno
2. Reajuste no Vale Alimentação
3. Carga Horária Pesada
4. Fim da opressão no ambiente de trabalho
5. Fim da obrigação de gerar provas contra si mesmo (câmeras)
6. Fim da pressão por superprodutividade e das pressões psicológicas.
7. Incluir os 30% de periculosidade nas horas extras.
8. Fim do banco de horas
O próximo passo é organizar toda a sociedade goiana contra as tarifas caras, o péssimo serviço e as péssimas condições de trabalho. O Episódio da privatização da CELG deve servir de exemplo para todos os trabalhadores, quem paga a conta é justamente a parcela mais pobre da população que sofre com a retirada dos direitos fundamentais como a energia. Precisamos repudiar as tentativas de privatização de Bolsonaro e defender as empresas públicas que estão ameaçadas no Brasil, como a Petrobras e os Correios e em Goiás como a Saneago e a CELG GT!
*Igor Dias é do coletivo Travessia e diretor do STIUEG.
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