No dia 28 de janeiro, Sergipe recebeu a visita nada bem-vinda do genocida Bolsonaro. Como esperado, desembarcou sem máscara e abraçou os apoiadores como se não estivéssemos numa pandemia. Depois, como de costume, foi extremamente ignorante com a imprensa, quando questionado pelo repórter Marcos Couto sobre a polêmica do leite condensado. Mas não foi suficiente. Na inauguração da obra em Propriá deixou a imprensa em um cercadinho debaixo do sol e sem água. Um grande desrespeito com os profissionais. Assim como o SINDIJOR, nos solidarizamos aos trabalhadores e trabalhadoras da imprensa sergipana agredidos por Bolsonaro.
O governador Belivaldo agiu da mesma maneira quando da inauguração da termoelétrica. Completa apatia e subserviência. Mas dessa vez passou uma vergonha ainda maior. Mesmo sendo vaiado por bolsonaristas que estavam presentes o governador elogiou Bolsonaro e nada comentou sobre a vacinação, renda básica, fechamento da Petrobrás ou qualquer tema relevante para o povo de Sergipe. O governador deveria se impor. Atualmente Sergipe apresenta a segunda taxa de desemprego do país de acordo com matéria publicada recentemente no Jornal da Cidade, estamos vendo o fechamento de indústrias, miséria e violência crescendo a cada dia. É preciso ter autonomia e defender o direito da população sergipana e não fazer papel de bobo da corte diante de um genocida que está condenado o povo brasileiro a morte.
Quase toda a bancada federal de Sergipe está fechada com Bolsonaro
Além da nítida aproximação do governo Belivaldo com Bolsonaro, a bancada federal de Sergipe também está fechada com o presidente. No caso dos deputados federais, Bosco Costa, Gustinho Ribeiro, Valdevan 90, Fábio Henrique, Laércio Oliveira e Fábio Mitidieri, todos estes votaram em Arthur Lira, o candidato de Bolsonaro na câmara. Já no senado, o petista Rogério Carvalho decepcionou a todos votando em Rodrigo Pacheco, que também representava uma candidatura bolsonarista. Um grande equívoco que já está sendo criticado nas bases e dificulta ainda mais a unidade da esquerda sergipana.
A representação federal de Sergipe é conservadora e junto com a maioria da extrema direita e do centrão no congresso, vem votando todas as propostas que prejudicam os trabalhadores e trabalhadoras. É preciso denunciar esses parlamentares que vem ajudando Bolsonaro a afundar o nordeste e Sergipe e renovar a representação política na câmara federal.
Vale destacar que o PSOL cumpriu um importante papel com a candidatura de Luiza Erundina, que defendeu como pautas urgentes pro congresso o impeachment, a vacina e a renda emergencial. Sabemos que não havia chance de vencer naquele congresso conservador e corrupto e a tática de Baleia Rossi era uma barca furada como se provou na prática. Bolsonaro comprou os deputados do centrão e se não fosse a candidatura da esquerda não teríamos a defesa de nossas pautas no congresso nacional e o apontamento da mobilização nas ruas como saída para a crise.
A carreata foi a melhor resposta pela vinda de Bolsonaro em Sergipe
No último dia 31/01, como resposta à vinda de Bolsonaro e em conjunto com um movimento nacional de luta pela vacina e pelo impeachment do presidente, participamos da segunda carreata Fora Bolsonaro organizada em Sergipe. Foi uma atividade muito bem organizada, com bastante agitação de adesivos, bandeiras e cerca de 200 carros O ato saiu do Bairro Industrial, percorreu ruas do centro e foi até a praia de Atalaia. Apesar da pouca cobertura da imprensa, a recepção da população foi excelente por onde a carreata passava.
Temos muitas dificuldades para mobilizar, pois ainda estamos com alto número de infecção e mortes pela pandemia. Mas a força da carreata dia 31/01 demonstra que há espaço para construir uma alternativa à Bolsonaro e deixa a lição de que a Frente Única, uma ação unitária de todos os segmentos organizados da classe trabalhadora, é fundamental para a vitória dos de baixo. A próxima carreata já está indicada para o dia 21/02. De forma unitária, lutemos então pela vacina e renda emergencial para os que mais precisam!
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