A 26º edição do Grito dos Excluídos desse ano traz o tema “A Vida em primeiro lugar, basta de miséria, preconceito e repressão. Queremos Trabalho, Terra, Teto e Participação”. Varias iniciativas e atividades nas redes e nas ruas vão acontecer em todo o país, em um contexto social dramático para a população brasileira.
As manifestações do grito sempre acontecem no dia 7 de Setembro, no qual há celebrações em relação ao Dia da independência. Mas o que estamos assistindo é o aprofundamento da dependência do Brasil com a entrega do patrimônio público, a diminuição do valor do trabalho e a destruição dos mecanismos de proteção social. Com um presidente totalmente subserviente ao atual chefe do imperialismo norte-americano, Donald Trump.
Até em relação ao combate a pandemia o governo brasileiro seguiu a política de Trump: desprezou as recomendações da OMS e de especialistas, incentivou o fim da quarentena e o uso da cloroquina e começa a fazer propaganda contra uma possível vacina. Agora, acaba de cortar o auxílio emergencial pela metade, em um momento em que o preço dos alimentos vem aumentando e 13 milhões estão desempregados.
Bolsonaro sabotou e combateu as medidas de isolamento social, em nome de preservar a economia. O resultado final é que não se salvou vidas, como também não evitou o desastre econômico. O Brasil é o segundo lugar em numero de óbitos no mundo, chegando próximo de 130 mil mortes, ficando atrás somente dos EUA. Nossa economia acaba de entrar oficialmente em recessão, com uma queda recorde do PIB (-9,7% no segundo trimestre) e uma situação de desemprego em massa, onde somente os bancos e bilionários ficaram ainda mais ricos nessa pandemia.
Assim, o Grito dos Excluídos de 2020 ganha importância para os movimentos sociais no sentido de denunciar o governo Bolsonaro e sua política genocida. Como também apoiar as lutas que estão em curso, como a greve dos Correios, uma luta heróica por direitos e pela soberania; a luta dos entregadores por melhores condições de trabalho; a batalha dos povos originários em defesa das florestas que estão em chamas pela política do Ministério do Meio Ambiente e também as resistências do povo negro, das mulheres e LGBTQIs, que sofrem todos os dias a violência da opressão e os retrocessos na legislação, como o que ameaça o aborto legal.
Por fim, nesse momento de crise econômica, é preciso exigir a taxação das grandes fortunas, para garantir o auxilio emergencial de 600 reais até o fim da pandemia. Milhões de mães e pais de família estão desempregados, no desalento. Não podemos aceitar que o governo transfira trilhões do Orçamento público para o sistema financeiro e deixe de socorrer o povo pobre desse país que não pode, com 300 reais por mês, comer e pagar suas contas.
Vamos todos participar das atividades do Grito dos Excluídos para mostrar nossa indignação e mostrar à sociedade e ao mundo que o Brasil precisa derrubar Bolsonaro e avançar para uma segunda independência.
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