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Cinco motivos para votar em Boulos e Erundina nas prévias do PSOL-SP

Neste final de semana, nos dias 18 e 19 de julho, ocorrerão as prévias do PSOL-SP para definir a chapa que representará o partido na disputa da prefeitura em 2020. A Resistência, corrente interna do PSOL, está apoiando e construindo ativamente a chapa de Guilherme Boulos e Luiza Erundina por serem os melhores nomes para nos representar neste momento. Nesse texto, vamos apresentar cinco motivos para as filiadas e os filiados votarem nesse projeto. 

Resistência, corrente interna do PSOL

1 – O processo eleitoral é uma oportunidade de apresentar projetos de sociedade através dos programas das candidaturas. Nessa eleição, deve pesar também o modo como esses projetos distintos encararam a pandemia do novo coronavírus na cidade. Nesse sentido, o PSOL deve ter à sua frente candidatos que tiveram as melhores políticas e iniciativas diante da conjuntura política que atravessamos.

Boulos é a principal liderança do MTST, que está coordenando uma das maiores campanhas de solidariedade do país, articulando com as próprias comunidades e bairros iniciativas de cozinhas solidárias, distribuição de cestas básicas, confecção e distribuição de máscaras de pano em parceria com associações de costureiras para aqueles e aquelas que precisam. Mais do que a solidariedade em si, essas ações também impulsionam a confiança dos próprios trabalhadores em sua capacidade de auto-organização (“fazendo o que o governo não faz”) e nos devolvem a esperança em nossa capacidade de construir uma nova sociedade através de nossas próprias forças. 

Em conjunto com Erundina, Boulos lançou a plataforma “Revolução solidária”, com uma série de propostas e iniciativas para o combate à crise na cidade. Uma delas foi uma ação no Ministério Público, apresentada em parceria com o padre Julio Lancellotti, que permite à prefeitura requisitar quartos de hotel para abrigar a população em situação de rua, os profissionais de saúde e as mulheres vítimas de violência. A ação foi aprovada, mas infelizmente a prefeitura não garantiu que ela pudesse ser efetivada. Veja mais propostas aqui: https://www.revolucaosolidaria.org/

Por fim, Boulos foi uma das principais lideranças das manifestações que tomaram as ruas da cidade no início de junho. Embalados pelas mobilizações antirracistas norte-americanas e vocalizando a indignação contra as ameaças fascistas e autoritárias de Bolsonaro, o MTST, os torcedores antifascistas e o movimento negro da cidade organizaram a ação direta nas ruas. 

2. Em um momento recheado de retrocessos políticos, é urgente a necessidade de construirmos novas alternativas políticas de esquerda e uma verdadeira frente única para organizar a resistência dos trabalhadores aos ataques a seus direitos. O PSOL, sem dúvida, é uma ferramenta fundamental para essa tarefa. Seu crescimento, nos últimos anos, deve ser reivindicado por todos. No entanto, não será apenas através da acumulação molecular de forças, ganhando individualmente mais e mais ativistas ou mandatos, que iremos avançar para construir um projeto de mudança da sociedade, de uma alternativa política para a classe trabalhadora. Tampouco a ação do partido deve se limitar à esfera institucional, de ações no parlamento. Nosso foco deve estar pautado na organização de ações que ajudem os trabalhadores a se defenderem e, para isso, precisamos de uma política que vá além da autoproclamação do partido, de uma política que coloque a construção da frente única em primeiro plano. A construção dessa alternativa deve passar pela capacidade em unificar as ações de distintos atores da esquerda e por sermos os principais agentes na construção da unidade e da articulação para a luta. 

Boulos é um dos impulsionadores da frente Povo Sem Medo, que organizou atos e manifestações desde 2015, resistindo ao ajuste fiscal aplicado por Dilma e, depois, combatendo o golpe que a retirou do poder injustamente e deu base para a retirada de mais e mais direitos da nossa classe. Mais recentemente, foi através da frente Povo Sem Medo, em conjunto com a frente Brasil Popular, que foi articulado o pedido de impeachment unitário dos partidos de esquerda e das organizações classistas. Também é através dessa articulação que estão sendo organizadas as jornadas de luta pelo “Fora Bolsonaro”, com iniciativas de norte a sul do país para ampliar o desgaste do governo e apontar o caminho para sua derrubada pela mobilização direta. Em todo esse processo, sem dúvida, Boulos foi figura fundamental na articulação da esquerda para a ação e contribuiu na luta pela construção de uma frente única entre os trabalhadores que é fundamental para forjarmos uma nova alternativa política no país. 

3 – Para construir essa alternativa política, devemos nos atentar também para o perfil que queremos que nosso partido assuma. Guilherme Boulos e Luiza Erundina permitem que o partido dialogue com uma base popular ampla e inspiram a necessidade da luta direta para arrancar conquistas, em contraposição à política dos gabinetes e conchavos. Com os dois, o partido tem a chance de ampliar sua votação nas periferias da cidade. Guilherme Boulos é liderança de um movimento popular muito importante, o MTST, e Erundina é lembrada na cidade por governar ao lado de figuras como Paulo Freire e por seus mutirões para a construção de casas populares em diversos bairros periféricos, especialmente na zona leste.

4 – Ao longo dos últimos meses, tivemos momentos intensos de construção da chapa dentro do partido que comprovam a amplitude desse projeto dentro do PSOL. Foram reuniões com centenas de filiados e filiadas que compõem os setoriais de mulheres, de pessoas com deficiência, de juventude, profissionais da área da saúde, professores municipais, etc. 

Mesmo com as limitações impostas pela pandemia, essa chapa vem contagiando e envolvendo muita gente, mas a capacidade de envolvimento vai muito além da militância do partido. Nas últimas semanas, tivemos uma nova prova disso com a divulgação de duas pesquisas de diferentes institutos nas quais Guilherme pontua entre 7% e 10% das intenções de voto. Um desempenho muito superior, inclusive, às intenções de voto da candidatura do PT, de Gilmar Tatto. Essa dinâmica pode indicar uma migração dos votos desse partido para o PSOL. Temos a oportunidade de consolidar o PSOL como principal referência à esquerda nas próximas eleições para um setor do eleitorado muito mais amplo do que aquele que costuma votar no partido.  

5 – A luta dos oprimidos vem sendo fonte de inspiração para todos nós últimos anos. A primavera feminista fez surgir uma nova vanguarda com as mulheres à frente dos mais diversos processos de luta e, mais recentemente, o levante antirracista norte-americano incendiou o principal país imperialista do mundo e deixou nu o caráter de classe e raça da violência de Estado. 

Essas mobilizações deixam nítida a necessidade da esquerda ter a ousadia de apresentar um programa que de fato dialogue com a realidade da classe trabalhadora do país, uma classe que tem gênero e sexualidade, que tem raça. Por isso, afirmamos o compromisso da chapa de Guilherme Boulos e Luiza Erundina em ouvir os movimentos de luta contra as opressões integrá-los na campanha e expressar suas reivindicações em um programa que tenha como centralidade essa pauta e que ajude a alavancar a nossa chapa à vereança, que será repleta de figuras e lideranças dos movimentos feminista, negro e LGBTQI+. 

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