Pular para o conteúdo
EDITORIAL

Mais do que nunca: para salvar vidas, Fora Bolsonaro!

Editorial de 08 de julho de 2020

Enquanto Bolsonaro, mesmo infectado pelo novo coronavírus, segue na defesa da política genocida e negacionista, o movimento da classe trabalhadora vai às redes e às ruas pedir o fim desse governo, que é o principal responsável pela morte de dezenas de milhares de brasileiros e pela tragédia econômica e social que sofre o povo trabalhador.

Por iniciativa das Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular e de diversas outras entidades e organizações que integram a campanha “Fora Bolsonaro”, haverá uma jornada de mobilização e lutas nos dias 10, 11 e 12 de julho. Participam dessa campanha de Frente Única as centrais sindicais, mais de 40  movimentos populares e partidos políticos.

Essa jornada de luta será realizada num momento em que o Brasil, tragicamente, lidera o número diário de mortes pela covid-19. Conforme afirmou o Boulos no lançamento da campanha, a “estratégia do Bolsonaro neste momento é a de usar o desespero das pessoas como combustível para seu projeto, que é um projeto fascista. Bolsonaro faz uma aposta calculada e consciente no caos”.

Os dados são gritantes. Temos quase 70 mil vidas perdidas. Em nosso país, onde 75% dos mais pobres são negros, o risco de morte da população negra por covid-19 é 62% maior em relação aos brancos. Piores condições de vida, de trabalho e de acesso aos serviços de saúde são fatores cruciais para o aumento do risco de complicações e óbitos.

Indiferente a isso, a ampla maioria dos governos estaduais e das prefeituras, pressionados pelo empresariado e pelo governo federal, decidiu retomar as atividades econômicas não essenciais. Com isso, apesar do ritmo desigual da doença nas diferentes regiões e cidades, o mais provável é que ocorra o agravamento da pandemia no país nas próximas semanas.

Ao mesmo tempo em que piora a crise sanitária, os governos e o Congresso Nacional aprovam medidas que atacam os direitos dos trabalhadores, como a MP 936, que permite a suspensão de contratos de trabalho e a redução de salários mediante acordos individuais entre patrões e empregados, sem a participação dos sindicatos.

Para piorar, Bolsonaro sancionou a Medida Provisória com veto ao item que tratava da ultratividade dos acordos coletivos, que permitiria que os acordos continuassem valendo mesmo após sua vigência, até a sua renovação. Com isso, milhões de trabalhadores, que tiveram ou terão seus acordos coletivos vencidos durante a pandemia, serão prejudicados. É o caso metroviários de São Paulo, que têm prestado um serviço essencial à população e foram “premiados” pelo governador Dória com a negativa de prorrogação do acordo coletivo e mais uma série de ataques, que já resultaram em cortes na folha de pagamento dos trabalhadores no mês de julho. Diante disso, os metroviários, em plena pandemia, são obrigados a travarem uma dura batalha em defesa dos seus direitos.

Todavia, esta terrível realidade não esta sendo enfrentada sem resistência e luta. Atos organizados por  profissionais de saúde e por profissionais de outros serviços essenciais trouxeram para a rua a denúncia da política genocida dos governos das três esferas. Tivemos também as torcidas e movimentos sociais organizando os atos antifascistas, aos quais se somaram protestos da população negra contra o racismo e o genocídio da polução negra e pobre das periferias e favelas.

Essas mobilizações indicam que há possibilidade de ampliação das lutas e que à frente delas estarão os setores mais oprimidos e precarizados da classe trabalhadora, conforme demonstraram os entregadores de aplicativo no “breque dos apps”. A greve dos entregadores incomodou as grandes empresas do sistema de delivery, ganhou amplo apoio na sociedade e encheu de esperança aqueles e aquelas que se mantém na luta para salvar vidas e defender direitos sociais e democráticos.

Mais do que nunca, é necessário reunir em torno da  palavra de ordem “Fora Bolsonaro!” os que lutam em defesa dos direitos dos trabalhadores /as, por  liberdades democráticas e pela vida!

Nesta semana, a “Campanha Nacional Fora Bolsonaro” organiza o seguinte calendário: um Dia Nacional de Mobilização Fora Bolsonaro em 10/07, com iniciativas virtuais e presenciais em diversos estados pelo país; a Plenária Nacional Fora Bolsonaro, que será realizada no dia 11/07 e, no dia 12/07, a organização de atos de rua unificados, onde for possível. Em diversas capitais estão sendo organizadas plenárias estaduais para definir as ações de mobilização para a jornada desta semana e para dar continuidade ao calendário da campanha. Estas devem servir também para aglutinar esforços para a defesa do isolamento social e das medidas econômicas e sociais necessárias para que o povo possa ficar em casa (como a prorrogação do auxílio até o final do ano e o aumento do seu valor para 01 salário mínimo) e para denunciar os governos que estão retomando as atividades em meio ao avanço da pandemia.

Participe das mobilizações na sua cidade e das atividades virtuais. No dia 10, as atividades iniciarão a partir das 11 horas com uma ação nas redes em que todos podem participar, com a tag #ForaBolsonaro. Às 20 horas, haverá panelaço nas janelas por todo o país. Você também pode gravar um vídeo, fazer seu cartaz e tirar uma foto para postar nas suas redes sociais, decorar suas janelas com uma faixa ou um cartaz.

Para participar da Plenária Nacional Fora Bolsonaro, no dia 11/07 a partir das 14 horas, inscreva-se aqui:
Vamos juntos fortalecer a campanha pelo Fora Bolsonaro!

Marcado como:
Fora Bolsonaro