Pular para o conteúdo
BRASIL

O geógrafo, as práticas espaciais e a ação política

Luiz Eduardo Neves dos Santos*, de Pinheiro, MA
Ricardo Stuckert – Fotos Públicas

Ocupação “Povo Sem Medo” em São Bernardo do Campo, SP

No dia 29 de maio, em que se comemora o dia do geógrafo, algumas reflexões se fazem necessárias sobre a relevância de se compreender contradições existentes no espaço geográfico, campo de descrição e análise dos profissionais da Geografia.

A Geografia é um conhecimento bastante antigo e em toda a sua história sempre esteve ligada à descrição de lugares, do mundo, bem como a cartografar territórios, tarefa indispensável tanto aos homens de negócios como aos detentores do poder. Heródoto, Erastóstenes, Estrabão e Ptolomeu já se preocupavam em compreender o funcionamento do planeta. Descreveram diferentes paisagens e povos, explicaram estruturas sociais de territórios e lugares diversos, além de terem elaborado plantas, cartas e mapas.

Na Idade Média, se destacaram nomes como Al-Biruni, Al-Idrisi e Ibn Battuta, todos de origem árabe, que escreveram extensos e valiosos relatos sobre as regiões por onde viajaram. Marco Polo também fez relatos impressionantes sobre pessoas e cidades ao Imperador mongol Kublai Kahn, até então desconhecidas no ocidente. Suas ricas descrições foram eternizadas na obra O Livro das Maravilhas[1]. A Geografia fantástica de Marco Polo inspirou Ítalo Calvino a escrever um de seus livros mais aclamados, Cidades Invisíveis, um convite a mergulhar nas simbologias, subjetividades, formas e culturas de cidades tão diversas quanto belas.

Nos séculos XVIII e XIX há uma inflexão, a Geografia se diferenciaria dos tempos passados por conta de uma sistematização das descrições, ou seja, era o advento do método científico. É o momento em que a Geografia passa a ser uma disciplina, a fazer parte dos currículos escolares e universitários. Os alemães Humboldt e Ritter passam a ser considerados os “pais” desta Geografia moderna.

A Geografia alemã se desenvolve com os trabalhos de Peschel, Ratzel e Hettner e logo influenciam os vizinhos franceses, que na segunda metade do Oitocentos e em todo século XX se destacaram com as pesquisas de Élisée Reclus, Vidal de la Blache, Emmanuel de Martonne, Jean Brunhes, Camille Vallaux, Maximiliem Sorre, Francis Ruellan, Pierre Deffontaines e Pierre Monbeig, esses três últimos, os grandes responsáveis por formar os primeiros geógrafos brasileiros nos anos 1930 e 1940.

Destarte, a carta de Pero Vaz de Caminha, datada do início do século XVI, foi o primeiro documento, não só histórico, como geográfico do Brasil. Sua primeira publicação no país se deu em 1817 por iniciativa do Padre Manuel Aires de Casal, autor, naquele mesmo ano, da obra Corografia Brasílica[2], considerada pelo historiador e geógrafo Caio Padro Junior o primeiro trabalho a conter “um quadro geográfico geral do país”[3].

Capistrano de Abreu também deu uma importante contribuição à Geografia brasileira, ao traduzir trabalhos de autores alemães, a exemplo da obra Geografia Physica do Imperio do Brasil (1884) de Johann E. Wappäus,  Geografia Geral do Brasil (1889) de A. W. Sellin e O Homem e a Terra, esboço da correlação entre ambos (1902), de A. Kirchoff.

O maranhense Raimundo Lopes, um dos precursores da Geografia brasileira, publicou importantes obras na área, das quais se destacam O Torrão Maranhense (1911), Uma região tropical (1916) e Antropogeografia, esta última escrita nos anos 1930, mas publicada somente em 1956 pelo Museu Nacional. Outro precursor brasileiro do início do século XX foi Agamenon Magalhães, sua obra, O Nordeste Brasileiro (1921), “analisou a região à luz dos ensinamentos dos maiores geógrafos de seu tempo, sobretudo franceses”[4].

Nos anos 1930, a Geografia brasileira começa a se desenvolver mais, em virtude da fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 1934, e pela implantação de cursos específicos nas recém-inauguradas Universidade de São Paulo e Universidade do Brasil. Monbeig, Deffontaines e Ruellan, geógrafos franceses, com o auxílio de nomes como Delgado de Carvalho, Aroldo de Azevedo e Josué de Castro fomentaram estudos e pesquisas de campo, que ajudaram a consolidar o conhecimento científico geográfico no Brasil, sobretudo, nos anos 1940 e 1950. A partir daí, a Geografia no ensino superior passaria a se espalhar para todas as regiões do Brasil no terceiro quartel do século XX, com a implantação gradual dos cursos de mestrado e doutorado, que atualmente chegam a quase uma centena no país.

Os geógrafos e ação política e a produção da ‘nova História’

Há de se reconhecer, que o geógrafo teve um papel muito importante ao longo da história. Seu ofício era de extrema importância desde a antiguidade até o início da Era Moderna. reis e imperadores tinham seus geógrafos particulares, que, amiúde, repassavam informações valiosas aos comandos militares, para que estes pudessem traçar estratégias de guerra. Os homens de negócios também precisavam de seus serviços, a fim de projetar novas rotas comerciais e buscar novos meios para lucrar em seus empreendimentos. Assim, o conhecimento e a catalogação sobre diferentes territórios e a necessidade de cartografá-los era algo imprescindível, isto acontecia tanto pelos relatos de expedicionários e aventureiros, como também pela ação dos próprios geógrafos, incumbidos de viajarem.

No século XIX, com a institucionalização da disciplina, os conhecimentos estratégicos sobre o espaço – tanto na Europa quanto no Brasil – são camuflados nos discursos, invisibilizando sua função principal: a análise territorial para a organização do Estado como prática do poder, para fazer a guerra, no dizer de Yves Lacoste[5]. Esse mascaramento ideológico, apartado também da análise histórica, reverberou e produziu um ensino maçante, enfadonho e tantas vezes simplório da Geografia, uma “palmatória intelectual”[6] para os estudantes, submetidos à alienação de exaltar as belezas da pátria e a um esforço sisífico para memorizar nomes infindáveis de rios, mares, planaltos, serras, montanhas, países, cidades e os mais diversos acidentes geográficos.

Esta ideia de disciplina “decoreba” ainda povoa o imaginário de boa parte da população leiga no Brasil, que estigmatiza a Geografia como um saber sem utilidade. Isto também é fruto da fragmentação da disciplina, “apresentada ao estudante, desde o primeiro momento, de forma segmentada”[7], dificultando a apreensão de uma abordagem essencialmente geográfica em sua totalidade, o que compromete a formação do profissional e o futuro da disciplina. Por isso que, na atualidade, graduações, mestrados e doutorados estimulam a formação a partir de uma ultra especialização do saber, em detrimento do conhecimento da totalidade.

O geógrafo, em seu trabalho – seja ele o professor, o pesquisador ou alguém mais ligado a um conhecimento técnico – precisa compreender que a condução de uma transformação e uma intervenção na/da sociedade depende da maneira como se conceitua o objeto de estudo da disciplina e como se analisa os fenômenos que são inerentes a esse objeto. Portanto, mais que uma ciência das localizações e dos mapas, a Geografia se preocupa com o estudo do espaço, na inseparabilidade entre as formas, os objetos (materialidade) e as ações (sociedade), construídos e mediados pelo movimento histórico. Urge a consolidação de uma epistemologia mais coesa para a disciplina, alicerçada em bases filosóficas sólidas, aliada ao entendimento de que a Geografia material e seus discursos sobre a realidade são “elementos do fluir histórico, sendo por ele explicáveis”[8].

É comum observar profissionais de Geografia no Brasil e em outros países que se transformaram em burocratas a serviço de empresas e do mercado. Estes acabam produzindo relatórios, por vezes, viciados, além de mapas digitais em softwares sofisticados com objetivos que atendem os anseios de certos grupos. Desta forma, “o profissional se afasta do cidadão”[9]. É preciso que os geógrafos se identifiquem com o espaço banal, o espaço de todos, do cotidiano, para assim contribuírem com sua análise e sua crítica em denunciar todo tipo de injustiça capitalista, materializada nos territórios.

A universidade brasileira, detentora de um papel importante, possui uma produção considerável – diria até fordista – de pesquisas em Ciências Humanas e, mais especificamente, em Geografia; é uma espécie de obsolescência acadêmica, uma busca desenfreada pela divulgação dessas pesquisas científicas, o que é legítimo. Mas o que mais importa muitas vezes é a publicação de artigos em revistas, em livros e em anais de congressos com objetivos pessoais. O desejo em turbinar os currículos a qualquer custo tem, em alguns casos, se transformado em verdadeiro faroeste pela procura incessante de recursos financeiros para bolsas de estudo, melhora das notas em avaliações de pós-graduação, viagens, intercâmbios no exterior e outros dividendos.

Tais atitudes reproduzem um tipo de conhecimento, muitas vezes, descartável, descomprometido com a crítica, distante das reais problemáticas socioespaciais, subserviente a governos, aspectos que se assemelham ao que Henri Lefebvre[10] denominou de “Sociedade Burocrática do Consumo Dirigido”, expressão que traduz o caráter racional da sociedade mais o objeto organizado por ela, o consumo. É o reino da cotidianidade, que se caracteriza pela programação não somente do trabalho social, mas igualmente do lazer e do repouso. E por que não, também, da produção acadêmica de Ciências Humanas, incluindo a geográfica?

Será que é possível falar em uma lógica de consumo acadêmico, eivada pela satisfação generalizada de publicações, boas avaliações e ganhos financeiros ao mesmo tempo em que há também uma saturação dessas necessidades, sendo preciso retornar permanentemente a esse grau de satisfação, num ciclo vicioso interminável?

Concordo com Milton Santos quando afirma que o intelectual público “precisa ter uma vontade de abrangência, uma filosofia certamente banal, mas solidamente ancorada nos fatos e na reflexão”[11], que atinja um número cada vez maior de pessoas. Da mesma forma, Manoel Sousa Neto[12] – uma voz crítica ao produtivismo acadêmico-geográfico –, tomando emprestado os ensinamentos de Zizek, afirma que, “como intelectuais que somos, ou deveríamos ser, a maior parte de nós já não faz críticas, não polemiza, não se posiciona politicamente de maneira clara”. E continua Sousa Neto: “os bons combates teóricos são pejados como coisas constrangedoras, perda de tempo, retoricismo barato, coisa fora de moda, já que em nome do bom convívio e de relações entre proprietários de uma parcela do negócio-acadêmico deve reinar a boa vizinhança oligopólica”.

Os geógrafos, pesquisadores e professores, sobretudo os mais jovens, necessitam refletir sobre seus papeis neste contexto, desvencilharem-se das armadilhas do discurso sedutor da excelência técnica, da gestão eficaz e da alta e, as vezes, débil produção científica, pois ele mascara uma questão crucial, a da transformação de certos intelectuais da Geografia em “indivíduos unidimensionais”[13], alienados e reificados, justamente por perderem sua capacidade de compreender e modificar sua subjetividade, enquanto se tornam dominados pelos poderes e por objetos estranhos.

O que pode nos diferenciar dos outros campos do saber é o raciocínio geográfico, ele é a nossa identidade, a partir dele podemos estabelecer conexões e diálogos com outros campos do saber. Hoje em dia existem muitos outros profissionais que dominam as tecnologias de elaboração de mapas e cartas, por exemplo, mas isto não implica necessariamente uma desvantagem. O tratamento e a análise das informações espaciais, de forma acurada, é uma das habilidades que os profissionais da Geografia possuem, um olhar diferenciado.

Mas o raciocínio geográfico constitui-se, ou deveria constituir-se, antes de tudo, numa atitude política sobre o espaço. Ele supõe não apenas um olhar sobre os mapas, mas, principalmente, uma visão analítica e crítica sobre o conjunto de ações em uma dada realidade socioespacial ou como já disse Milton Santos, sobre o território usado. Quando me refiro à atitude política, falo de um ponto de vista abrangente e prático, sobre as atividades humanas perante o mundo.

As práticas espaciais devem levar em consideração a crescente financeirização do capital e sua acumulação e de como afetam as relações sociais de produção. A pulverização da centralidade do trabalho e o aprofundamento das diferenças espaciais, por exemplo, suscitam assim um impacto gigantesco na política, antes determinada pelas tolerâncias e pelo reconhecimento dos Direitos Humanos. Francisco de Oliveira[14] chamou isso de a “Era da Indeterminação”, período caracterizado pelas novas intolerâncias, tensões longamente acumuladas, racismos adormecidos, fundamentalismos, autoritarismos, novos fascismos, violações de direitos, sobretudo, no pós-11 de setembro de 2001.

A era da indeterminação é de interesse dos mais diversos profissionais da Geografia, já que tais tensões se reproduzem no espaço: protestos, destruição de biomas, poluição atmosférica e hídrica, fome, migrações, segregações, despossessões, assassinatos de lideranças camponesas, de povos tradicionais e injustiças. Por isso que Yves Lacoste[15] já afirmou, ao comparar o ensino de Geografia e História nas escolas secundárias da França, que “não existe Geografia sem drama”, sem as tensões no espaço, sem as contradições nos territórios. São problemáticas que precisam ser assumidas como fenômenos a serem analisados e denunciados no movimento dinâmico da sociedade no espaço.

E é na dimensão do Lugar que se pode compreender o mundo, já que “os lugares são, pois, o mundo, que eles reproduzem de modos específicos, individuais, diversos. Eles são singulares, mas também são globais, manifestações da totalidade-mundo, da qual são formas particulares”[16]. Esse entendimento remete ao lugar enquanto totalidade, já que ele não é um fragmento ou parte do mundo, ele é o mundo em movimento, em sua dinâmica.

Se o lugar é a ordem segundo a qual se distribuem elementos nas relações de coexistência como nos aponta Michel de Certeau[17], as práticas espaciais devem pressupor a construção de valores voltados à tolerância e ao diálogo com os diferentes, ao não conformismo com as injustiças, sempre com posicionamentos e atitudes críticas em relação ao que é imposto, já que a “mudança do mundo implica a dialetização entre a denúncia da situação desumanizante e o anúncio de sua superação, no fundo, o sonho”[18].

O ensinamento de Milton Santos[19] serve a todos os geógrafos comprometidos com a ação política: “a consciência pelo lugar se superpõe à consciência no lugar. A noção de espaço desconhecido perde a conotação negativa e ganha um acento positivo, que vem do seu papel na produção da nova História”. Essa nova História constitui um caminho para um novo modo de ver e transformar o mundo, o que pode suscitar novas e solidárias práticas espaciais.

* Geógrafo, Mestre em Economia, Doutorando em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Professor Adjunto I do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus Pinheiro. Membro da Resistência (PSOL-MA) Contato: [email protected]; [email protected]

Notas:

[1] POLO, Marco. O Livros das Maravilhas: a descrição do mundo. Porto Alegre: LP&M, 1999, 292p.

[2] CASAL, Manuel Aires de. Corografia Brasílica ou Relação Historico-Geografica do Reino do Brazil. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde, 1945. Disponível em: <http://bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/services/e-books/Aires%20de%20Casal-1.pdf>. Acesso em 19 mai. 2020.

[3] MACHADO, Lia Osório. Origens do pensamento geográfico no Brasil: meio tropical, espaços vazios e ideia de ordem (1870-1930). In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORRÊA, R. L. Geografia: conceitos e temas. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. p. 309-352

[4] ANDRADE, Manuel Correia de. A Construção da Geografia brasileira. Finisterra: Revista Portuguesa de Geografia. Lisboa, v. 34, nº 67/68, 1999, p. 21-30p.

[5] LACOSTE, Yves. A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 19. ed. Campinas: Papirus, 2012. 239p.

[6] SOUSA NETO, Manoel Fernandes. Aula de geografia e algumas crônicas. Campina Grande: Bagagem, 2008. 109p.

[7] SANTOS, Milton et al. O Papel Ativo da Geografia: um manifesto. In: RIBEIRO, A. C. T. Milton Santos e o Brasil: territórios, lugares e saber. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004. p. 253-261

[8] MORAES, Antônio Carlos Robert. Território e História no Brasil. 2. ed. São Paulo: Annablume, 2005. 154p.

[9] SANTOS, Milton et al. O Papel Ativo da Geografia: um manifesto. In: RIBEIRO, A. C. T. Milton Santos e o Brasil: territórios, lugares e saber. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004. p. 253-261

[10] LEFEBVRE, Henri. A vida cotidiana no mundo moderno. São Paulo: Ática, 1991. 216p.

[11] SANTOS, Milton.  O país distorcido: o Brasil, a globalização e a cidadania. São Paulo: Publifolha, 2002. 222p.

[12] SOUSA NETO, Manoel Fernandes. Breve ensaio em memória dos números da pós-graduação em Geografia no Brasil. Revista Geonordeste, São Cristóvão, Ano XXV, n. 1, p. 04-14, jan./jul. 2014.

[13] MARCUSE, Herbert. O homem unidimensional: estudos da ideologia da sociedade industrial avançada. São Paulo: Edipro, 2015. 245p.

[14]OLIVEIRA, F. Das invenções à indeterminação. Política numa era da indeterminação: opacidade e reencantamento. In: OLIVEIRA, F.; RIZEK, C. S. (Orgs.). A Era da Indeterminação. São Paulo: Boitempo, 2007. p. 15-48.

[15] LACOSTE, Yves. A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 19. ed. Campinas: Papirus, 2012. 239p.

[16] SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. 174p.

[17] CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. 12 ed. Petrópolis: Vozes, 1994. 351p.

[18] FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 41. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção leitura). 150p.

[19] SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2002. (Coleção Milton Santos; 1). 384p.

Marcado como:
geografia