Hoje a humanidade passa por um dos piores momentos da história: a crise sanitária e econômica. Os impactos do COVID-19 já têm mostrado para o mundo a sua força avassaladora e suas consequências que estão longe de serem sanadas, em escala mundial. Os resultados até o momento são desastrosos e infelizmente os números de infectados e óbitos não param de crescer. No Brasil está apenas se iniciando e o clima é de guerra, mesmo os governos tomando várias medidas preventivas, essas são insuficientes para a gravidade da situação segundo os especialistas, um país de dimensão continental como o nosso que passa por uma recessão violenta e com mínima estrutura na saúde pública tende a ter resultados catastróficos.
Segundo especialistas existe uma possibilidade que a cidade de São Paulo venha ter 9 (nove milhões) de infectados, ou seja, 40,5% por cento da população do principal estado do país. Uma parcela desse total vai sobrecarregar o serviço público de saúde e os privados, ou seja, colapsando os estados. Mas tudo isso poderia ser amenizado se o governo Bolsonaro tivesse tomado as medidas preventivas pertinentes, quando foi noticiado a situação da China. Porém toda essa situação que os trabalhadores estão vivendo infelizmente é agravada por uma política de um governo neofascista, entreguista e subserviente do imperialismo norte-americano onde a prioridade não é de investir em políticas públicas, mas do estado mínimo com o sucateamento e privatizações de órgãos como o INSS, IBAMA, Universidades, corte brutal em pesquisas etc. Setores que têm papel estratégico para qualquer país.
A aprovação da EC-95 no governo Temer com anuência do parlamento capitaneada por Rodrigo Maia, limitando o teto dos gastos, resultando no brutal corte de investimentos em várias áreas importantes, entre elas a saúde. Com a chegada do governo de Bolsonaro, os ataques continuaram e mais cortes foram feitos na ótica de Paulo Guedes essas medidas neoliberais de desmonte do estado, além de causar perdas de direitos para os servidores públicos, também aumentaram o desemprego, criando este cenário de incertezas e levando a maioria da população ao desespero e abandono. Hoje temos uma triste marca de 12 (milhões) de desempregados e 38 (milhões) na informalidade, ou seja, vivendo na marginalidade sem direito trabalhistas, na verdade excluídos pelo estado Brasileiro, este é o cenário da vida real para, além disso, agora chega à pandemia do coronavírus agravando mais as vidas dessas pessoas.
Este projeto de Paulo Guedes se não bastasse a desastrosa política econômica, vem transformando o país do agronegócio, destruindo o parque industrial no Brasil de forma criminosa que no último período causou a perda de centenas de milhares de empregos. É um governo que não tem projeto de nação e muito menos está preocupado com o crescente número de desempregados e o sofrimento das famílias em todo país. A grande preocupação deste governo é justificar o golpe garantindo a lucratividade para os capitalistas internacionais e garantir a sua governabilidade, transformou o Palácio do Planalto em um quartel, nomeando os militares para os principais cargos do estado e estendendo para as empresas estatais, judiciário e entidades privadas.
Agora com a pandemia do coronavírus no mundo e no Brasil, se a situação econômica estava grave agora a preocupação deles é tomar medidas para salvar os negócios da burguesia agravando assim a situação dos trabalhadores neste momento de sofrimento e incertezas. Temos que ter coragem de enfrentar os neofascistas, o silêncio de alguns que se dizem oposição a este governo, mas que ficam calados frente a todos absurdos que estão ocorrendo inclusive contra as instituições constituídas que mesmo que nada ou pouco fazem para deter estes brutais ataques às liberdades democráticas, os direitos sociais e trabalhistas. Esses agem como esse fossem intocáveis e renomados senhores da honestidade. Esquecem que essas mesmas estão podres e coniventes com esse desmando em curso.
Levantamos propostas e medidas de emergência em defesa da vida apresentadas no editorial https://esquerdaonline.com.br/
* Fechamento dos aeroportos e portos.
*Suspensão imediato de cobranças das tarifas públicas como: água, luz e outras.
* Pagamento de uma renda de um salário mínimo por mês, para os trabalhadores autônomos, moradores de rua e sem teto.
* Construção de hospitais de campanha urgente, para atender o povo.
* Acolhimento de todos moradores de rua em albergues, com atendimento de profissionais da saúde.
* Controle dos preços dos gêneros de primeira necessidade
Toda unidade da classe trabalhadora para vencermos esse desafio.
E criar as condições para dar fim ao governo Bolsonaro.
“A EMANCiPAÇÃO DOS TRABALHADORES SERÁ OBRA DOS PRÓPRIOS TRABALHADORES.”
(KARL MARX)
* Severino Nascimento é da Executiva do PSOL-PE e da Coordenação do MUST (Movimento Unitário dos Sem Teto)
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