A cara do PSOL em Macapá precisa ser aquela em que o povo se enxergue, que defenda os interesses dos trabalhadores, coisa que não vem acontecendo, se é que em algum dia já aconteceu nesta cidade. Lamentavelmente, o partido adota a postura de defender as decisões da Prefeitura, até porque está ocupando cargos na mesma. Do que se trata: Estava marcado para acontecer no dia 5 de março, na Câmara de Vereadores da cidade de Macapá, a votação para derrubar o veto/Proibição do Prefeito CIécio Luiz (REDE), sobre a dupla função dos cobradores de ônibus. Com a sessão prestes a começar, o vereador Rinaldo (PSOL) começou a articular com outros vereadores a saída da plenária para que não houvesse quórum e, assim, a votação não ocorrer. Externando uma postura de favorecimento à gestão da Prefeitura, algo que nem o vereador Caetano Bentes (REDE) fez, apesar de pertencer ao mesmo partido do então prefeito.
Mesmo o a articulação feita, o projeto para a derrubada do veto aconteceu. Logo após a saída dos vereadores traidores, chegaram outros para compor a plenária e os trabalhos na dita casa do povo puderam acontecer,”o Projeto virou lei. Nenhum ônibus pode andar com motorista cobrando e dirigindo ao mesmo tempo”, acenando em uma positiva para esses trabalhadores.
Os Rodoviários de Macapá vêm sofrendo duros ataques dos empresários, que perseguem, retiram direitos, demitem e até ameaçam a integridade física desses trabalhadores, que além de serem mal remunerados, são intimidados. O presidente do SINCOTTRAP, sindicato dos condutores de veículos e trabalhadores das empresas de transportes de rodoviários de passageiros do estado do Amapá, Máx Délis, teve seu carro queimado no final do ano de 2019 e ainda fora demitido. Seu vice, Genival Cruz, foi ameaçado de morte. Como pode se constatar, este cenário não está para brincadeira para quem se levante para lutar.
Nós, classe trabalhadora, temos uma árdua luta em diferentes esferas, em contraponto, temos pouquíssimos representantes ocupando os espaços no parlamento e os poucos ainda viram as costas para as nossas demandas. Precisamos exigir desses representantes eleitos pelo povo que tomem posição, que rompam com a burguesia, que desçam para a base, que nos escutem, que fortaleçam os setores mais oprimidos por esse sistema, caso contrário, não merecem ocupar um espaço legítimo para nos representar.
A Resistência, corrente interna do PSOL/AP, vem repudiar tal conduta do vereador Rinaldo (PSOL) e se colocar ao lado dos trabalhadores rodoviários ou de qualquer outro que defenda a nossa classe. A resolução tirada no diretório de outubro votou pela saída da Prefeitura e lançamento da candidatura própria e precisa ser cumprida. O PSOL tem que sair da base do governo e se lançar como uma alternativa.
#POR_UM_PSOL_COM_A_CARA_DO_PSOL_NO_AMAPÁ
*Militante da Resistência/PSOL
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