Na primeira parte de nosso texto, apontamos os problemas do Novo Testamento enquanto fonte para o conhecimento sobre Jesus. Na segunda parte, mostramos alguns métodos utilizados por historiadores, e expusemos diferenças nos resultados de algumas pesquisas. Valorizamos as leituras que apontam Jesus como líder de um movimento apocalíptico que o entendia como rei. Nesta nossa terceira parte, vamos avançar em tal caracterização e observar transformações no movimento cristão ao longo do século I.
1 – “Qualquer um podia se proclamar rei”
Flavio Josefo, um judeu que morreu no ano 100 d.C., se dedicou a contar a história conturbada de seu povo na época em que ele próprio viveu. Em seus escritos, que inclusive mencionam Jesus de passagem e com clara desimportância, ele tenta expressar a febre messiânica do momento: “Qualquer um podia se proclamar rei, desde que tivesse um bando de rebeldes para apoiá-lo. Estes indivíduos se dedicavam então à destruição da comunidade causando pequenos problemas para os romanos, mas trazendo grandes desgraças para o seu povo” (1)
A citação é apenas mais um elemento que aponta que figuras como Jesus não foram excepcionais em sua época. O pregador itinerante que anunciava o fim do mundo (no caso, a chegada do reino de Deus) era comum a ponto de se tornar uma caricatura entre a elite romana. (2) A mensagem de que Deus interviria iminentemente a favor de seu povo mirava frontalmente no império romano, que tratou com brutalidade várias destas personagens. A Palestina era um caldeirão onde borbulhavam formulações religiosas (3) alimentadas por tradições seculares do judaísmo que, basta uma consulta rápida ao Antigo Testamento, se referia continuamente a um povo oprimido por nações estrangeiras, mas que confiava em seu Deus para promover sua libertação e constituir a independência e a soberania de seu reino na Terra Prometida. As dimensões política e religiosa estavam imbricadas de forma que não é possível nos referirmos a uma sem nos referir a outra. A páscoa, quando se rememorava esse passado e uma multidão peregrinava a Jerusalém, era sempre um momento tenso para o qual os romanos se preparavam deslocando tropas. Foi na época da páscoa que morreu este nazareno que havia entrado na Cidade Santa se dizendo rei descendente de Davi, uma mensagem incendiária. A crucificação, tanto de Jesus quanto de vários aspirantes messiânicos de sua época, era uma punição que o império reservava quase exclusivamente para o crime de sedição. “Lestai” foi a palavra grega aplicada aos dois homens executados ao lado de Jesus. Traduzida por vezes como “ladrões”, seria melhor expressa como “bandidos”, que era a designação romana mais comum para um insurreto ou rebelde. (4)
Nem o fato de ser um milagreiro (5) tornava Jesus tão destacado quanto parece supor nosso atual senso comum. Na Palestina do século I, o milagreiro (o que inclui o exorcista) era uma profissão bem estabelecida, e há registro de outros que fizeram sucesso. Os milagres não eram parte apenas do mundo judaico, mas também do romano e grego, onde, salvo exceções de uns poucos céticos, faziam parte do panorama religioso de todos. Havia várias leis tanto romanas quanto judaicas que proibiam os trabalhos de magia – mais um indicativo de que essa prática era bastante difundida. Histórias milagrosas em fontes judaicas ou pagãs eram inclusive de estrutura narrativa bem semelhantes às que se encontram nos evangelhos. Nem mesmo os detratores de Jesus, judeus ou pagãos, nos séculos posteriores, questionavam sua capacidade de fazer milagres. (6) O diferencial da atuação de Jesus estaria em ele não cobrar pelas curas e, principalmente, habilitar as pessoas à entrada no Templo de Jerusalém, já que estavam proibidos todos os doentes de uma forma geral, leprosos, deficientes físicos e aqueles que excretavam qualquer fluido corporal. Normalmente, para estes “impuros” participarem do culto judaico, necessitavam de um processo de purificação caro e trabalhoso conduzido por sacerdotes. Portanto, quando Jesus os cura, e ainda por cima gratuitamente, ele desafia o poder desta casta religiosa, colocando-se acima dela. Novamente aqui, o mais impactante para os de seu tempo é não a operação sobrenatural mas o desafio político performado. (7)
2 – Ressurreição
Mas se Jesus se identificava como messias e terminou executado, por que seu movimento continuou? De fato, a crucificação era o contrário do que deveria acontecer a alguém que se considerava um figura de grandeza e poder que governaria Israel. Se Jesus compartilha com outros profetas apocalípticos e auto-declarados messias a morte pelos romanos, ele também se difere porque seus discípulos passaram a crer na ressureição e mantiveram a expectativa de seu retorno triunfal e iminente. Não havia antecedentes na literatura judaica para um messias que morreria e depois se ergueria de novo para cumprir sua missão. Há aqui uma grande novidade religiosa e política.
Uma hipótese a se considerar é a de que um ou mais de seus discípulos tenham tido uma visão de Jesus depois de seu assassinato. Visões, mesmo coletivas, de pessoas mortas, não são algo tão incomum e experiências religiosas envolvendo aparições na contemporaneidade estão sobejamente registradas. (8) Pelos escritos do Novo Testamento é possível saber que havia no movimento cristão debates intensos em torno da ressurreição. Em carta de Paulo, escrita bem antes dos evangelhos, o apóstolo combate uma visão presente na igreja de Corinto que acredita que Jesus ressuscitou apenas em espírito- ou seja, seu corpo teria perecido como o de qualquer pessoa. Paulo defende fortemente que Jesus, em realidade, ressuscitou em corpo, muito embora não o mesmo, mas um corpo diferente, espiritual. Os evangelhos também nos sinalizam haver uma tradição de dúvida em relação ao caráter corpóreo da ressurreição. Ao contrário de Paulo, que tem um argumento mais complicado sobre o corpo espiritual de Jesus ressuscitado, nos evangelhos há uma ênfase de que Jesus voltou à vida no mesmo corpo com que vivera, além de um esforço repetido em apontar e superar o fato de que alguns discípulos não creram na ressurreição. Em Marcos, o túmulo está vazio: evidência de que o corpo se foi. Em Mateus, se diz que alguns discípulos duvidaram. Em Lucas, se diz abertamente que alguns pensavam ver um fantasma, Jesus então mostra que tem carne e ossos, pede que os discípulos o toquem, e, como se tudo isso não fosse suficiente, come um peixe. Em João, Jesus oferece suas chagas para exame e comprovação e, mesmo na terceira vez em que aparece aos discípulos, também tem que lidar com a dúvida deles. No livro “Atos dos Apóstolos” Jesus fica quarenta dias dando “muitas provas”. A ideia de que Jesus a ressurreição de Jesus não fora física mas apenas em espírito não foi resolvida logo e persistiu por muito tempo entre cristãos, os chamados gnósticos, depois considerados hereges. É importante mencionar também que os evangelhos discordam bastante sobre os fatos pós-morte de Jesus. Há diferentes relatos sobre quem e quantos foram os que se dirigiram ao túmulo; quem e quantos já se encontravam lá; o que fizeram depois disso; onde e quando Jesus ressuscitado se encontrou com os discípulos, etc.: as discrepâncias são irreconciliáveis.
Mas o ponto a se frisar é que a crença na ressurreição ressignificou a ideia de messias, sendo inclusive uma nova evidência de que Jesus era mesmo aquele que libertaria Israel. Ou seja, a perspectiva apocalíptica de intervenção contra as forças do mal foi mantida, bem como a pregação de que isso aconteceria a qualquer momento. Por isso, o movimento continuou, mesmo com a ausência física de seu líder. Lembrando, conforme argumentado no texto anterior, que não se tratava de considerar Jesus como deus e, menos ainda, de fundar uma nova religião tendo ele como referência. Essas duas coisas só aconteceram muito posteriormente e são estranhas ao movimento camponês judaico originalmente organizado por Jesus. Aqui também estamos muito distantes da ideia de que Jesus morreu para que as almas não fossem ao inferno. Nem Jesus e os judeus de seu tempo, nem o Antigo Testamento possuem a ideia de que a alma de quem morre vai para o céu ou o inferno: trata-se de uma teologia criada posteriormente. A salvação, na verdade, significa a vida eterna no reino de Deus instalado na Terra, com os condenados não sofrendo eternamente, mas sendo destruídos. (9)
3 – Paulo versus Tiago
Flávio Josefo, no final do século I, traz a primeira menção não bíblica a Jesus. Em um de seus livros, ele escrevia sobre um sumo sacerdote judeu que ilegalmente condenou a apedrejamento “Tiago, irmão de Jesus, o que eles chamam de messias”. Isso é tudo o que há no livro sobre Jesus, mas o suficiente para indicar que em Jerusalém, no ano 62 d.C., continuava a atuação dos que tinham o nazareno como referência. À execução de Tiago se seguiu um grande tumulto como reação. Fica claro que Tiago era uma liderança proeminente na Palestina naquela década, e líder do movimento que seu irmão Jesus tinha deixado. Nas referências cristãs, há uma única menção a ser Pedro o chefe da igreja, mas uma dezena que indicam que, na verdade, Tiago o era. O fato de Pedro ter se instalado em Roma, enquanto Tiago permaneceu em Jerusalém, faria diferença no sentido de ocultamento do real papel que este teve, como ficará claro mais abaixo.
No Novo Testamento, há uma carta atribuída a Tiago. Muito embora não tenha sido ele a ter escrito, expressa o que pensava sua comunidade e as diferenças que tinham com outros líderes do movimento, principalmente com Paulo (e muitos registros cristãos, bíblicos ou não, mostram a disputa entre ambos). Tiago reforçava a ideia de se seguir os costumes judaicos e obedecer a lei de Moisés (o que também se depreende da leitura de Atos dos Apóstolos). Paulo, ao contrário, diz, por exemplo, que seus irmãos que praticam a circuncisão são como cães que mutilam a carne. A epístola de Tiago traz também uma condenação muito violenta dos ricos, que vão perecer, chorar e uivar por conta das desgraças que lhes chegarão, além de ter suas carnes destruídas como fogo pelo veneno de suas riquezas.
O movimento de Jesus, depois de sua morte, se espalhou por outras cidades do império romano. Ali, foi tomando outras feições menos associadas ao campesinato judaico e mais adaptadas a núcleos urbanos helenizados. A atuação de Paulo é importante neste sentido, com sua ideia de que a mensagem de Jesus deve ser dirigida aos não judeus (gentios) e de que os costumes religiosos judaicos são não apenas descartáveis, mas até perniciosos. Mesmo ser nunca ter visto Jesus em vida, Paulo se anunciou como seu principal apóstolo, inclusive colocando que as Escrituras haviam previsto a ele próprio! O combate que ele trava para se firmar como liderança é bastante evidente. Tiago, por sua vez, estava sediado em Jerusalém (muito embora enviasse missionários para outras cidades). Seus contexto, conflitos, mensagem e morte são mais condizentes com os que teve Jesus, seu irmão. (10)
4 – Derrota e transformação
Algumas décadas depois da morte de Jesus, a Palestina ficou bem mais politicamente agitada e violenta. Os sicários, de visão apocalíptica e devotos a estabelecer o reino de Deus, assassinavam e sequestravam membros da elite judaica associados aos romanos. Os zelotas eram outro grupo que apontavam para a rebelião armada e, de fato, vieram a aplicar um golpe sangrento contra a aristocracia sacerdotal e o poder imperial sediado localmente. Mesmos os mais ricos estavam se tornando mais propensos à revolta contra Roma. (11) Perto do ano 70 d.C., uma grande insurreição se iniciou. Os rebeldes expulsaram todos os não judeus de Jerusalém e mataram o sumo sacerdote. Foram interrompidos os sacrifícios diários que o Templo fazia em honra do imperador romano. A reação de Roma promoveu um cerco que teve como consequência inclusive o canibalismo. Como ato derradeiro, em 73 d.C., na fortaleza de Masada, cerca de mil judeus se suicidaram. Depois de consolidada a vitória militar, o imperador Vespasiano agiu com intenções de aniquilar o judaísmo. Todos os judeus sobreviventes foram expulsos da capital, que mudou de nome. O Templo foi destruído e os judeus de todos os cantos do império foram obrigados a financiar o culto a Júpiter em Roma. Todo o povo, em diáspora pela região mediterrânica, passou a ser identificado como inimigo do império e sua religião se tornou pária.
O horror de toda essa história produziu traumas e transformações. Rabinos vivendo em províncias romanas foram se distanciando do nacionalismo que suas escrituras sagradas carregavam. Passaram a ver a Terra Santa em termos mais transcedentais, negando ambições políticas. (12) Os evangelhos foram escritos neste mesmo contexto, muito longe de onde Jesus viveu, em uma língua, o grego, que ele não conhecia, e voltado para uma população mais urbana e cosmopolita com referências culturais helênicas mesmo quando judaica. Depois do massacre romano na Palestina no início da década de 70 d.C. e com o judaísmo proibido, os evangelistas vão afastando Jesus do movimento de independência palestino e do próprio judaísmo. Curiosamente, no final do século I é justamente a cidade de Roma o principal alvo da evangelização cristã. Jesus vai sendo transformado, e o messias passa a ser um pacifista pregador de boas novas, cujo reino não é desse mundo. (13) É possível ver a grande transformação por que passava o movimento na representação feita nos evangelhos de Pilatos, governador romano. Outras fontes o mostram como uma pessoa feroz e mais repressiva que o necessário. Judeus inclusive enviaram uma queixa para o Imperador sobre ele. Entretanto, no evangelho de Marcos, Pilatos não vê nenhum crime em Jesus e só o condena porque há uma multidão que o pede com gritos crescentes. Em Mateus, o governador chega a declarar a inocência de Jesus. Em Lucas, faz isso três vezes, e, em João, ainda é mais ponderado e relutante a enviá-lo para a crucificação. (14) Os evangelhos então promovem crescentemente uma conciliação com um dos inimigos de Jesus, contra quem o nazareno certamente pregava a destruição. (15)
5 – Conclusão
Há uma tradição intelectual gigante de estudo minucioso dos evangelhos, do judaismo e da dominação imperial. Ela permitiu a historiadores chegarem ao cerne da mensagem de Jesus. mesmo com as transformações perpetradas pelos evangelistas e as lacunas de todo tipo. Isto não foi atingido sem polêmica, e há várias diferenças entre os autores de que fizemos referências aqui, mas os principais resultados da pesquisa sobre Jesus, quem ele foi e disse, estão bem estabelecidos há bastante tempo. Um drama cataclísmico é iminente. Todo mal e sofrimento desaparecerão quando o reino de Deus for finalmente estabelecido. Os dizeres de cunho ético como o de amor ao próximo e a superioridade ao servir ao invés de ser servido não podem ser pensados fora do quadro deste evento trágico que está por vir. Ele é assustador e insuportável para todos os que não compartilham da situação de miséria e injustiça. Porque este nazareno não falou apenas de forças do bem derrotando as forças do mal, quando os fracos serão exaltados. Ele falou também que os ricos e os que prosperam e tem sucesso não terão nenhum lugar no novo reino. A eles restará apenas a condenação de Deus, o sofrimento e a destruição. Os poderes vigentes serão aniquilados e um outro surgirá. Cada um dos doze discípulos ocupará um trono referente às doze tribos de Israel, e seu messias estará em um trono acima governando um mundo que acabaram de inverter. Este é o apocalipse de Jesus, sua revelação.
* Wesley Carvalho é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
NOTAS
1 – O livro se chama “A guerra dos judeus”. A citação é tirada de CROSSAN, John Dominic. O Jesus histórico. A vida de um camponês judeu do Mediterrâneo. Rio de Janeiro, Imago: 1994. p.234.
2 – ASLAN, Reza. Zelota. A vida e a época de Jesus de Nazaré. Rio de Janeiro: Zahar, 2013. p. 16
3 – A análise destes judaísmos em meio à tensão política da época é feita ao longo de ASLAN, Reza. Zelota…op. cit.. Uma exposição sistemática e mais breve de diferentes grupos judaicos, suas revoltas e ideologias, também pode ser achada no capítulo 7 (“Finding a fit…”) de EHRMAN, Bart. Jesus: apocalyptic prophet of the new millenium. Oxford University Press, 1999. John Dominic Crossan , mesmo sem considerar Jesus dentro do apocalipsismo, e com isso divergindo da maioria dos estudos há mais de um século, traça um retrato do messianismo, do banditismo social e das revoltas judaicas no século I em alguns capítulos do seu livro: CROSSAN, John. O Jesus…op.cit
4 – ASLAN, Reza. Zelota…op. cit. p.21.
5 – Ou “mago”. Na bibliografia sobre Jesus, há uma discussão conceitual sobre “milagre” e “magia” que iremos desconsiderar. Para uma complexa análise discutindo os vocábulos no Novo Testamento e suas traduções, bem como concepções modernas e antigas sobre o tema, ver CHEVITARESE, André & JUSTI, Daniel. “Por que (não) existem milagres no Novo Testamento? O ambiente mágico mediterrânico: notas sobre poder e magia antigos” IN: Romanitas – Revista de estudos grecolatinos, v. 9, p. 65-90, 2017
6 – Análises mais detidas sobre “magia” e “milagre” no mundo mediterrânico podem ser encontradas no capítulo “Milagres e mentalidade antiga” de MEIER, John. Um judeu marginal. Repensando o Jesus histórico.Volume Dois. Livro três: milagres. Rio de Janeiro: Imago, 1998; e em “Mago e Profeta” de CROSSAN, John. O Jesus…op. cit.. Mais sucintamente, ASLAN, Reza. Zelota…op.cit. pp. 126-36.
7 – ASLAN, Reza. Zelota…op.cit. pp. 135-6.
8 – Por exemplo, na Venezuela, mil pessoas afirmaram ver Maria em cima de uma cachoeira – isto em uma única ocorrência. As aparições de Maria ali duraram cerca de 4 anos. Boas referências sobre visões coletivas religiosas podem ser encontradas no capítulo 5 de EHRMAN, Bart. Como Jesus se tornou Deus. São Paulo: Editora LeYa, 2014. Ehrman é também a nossa referência para a argumentação sobre os relatos da ressureição de Jesus e a cristologia que se seguiu.
9 – A ideia de céu e inferno como destino da alma dos mortos vem na verdade de fontes gregas. Bart Ehrman tem um pequeno vídeo comentando o assunto, que é tema de um de seus livros: “5 things you didn’t know about heaven and hell” https://youtu.be/L0-tFahPVIU
10 – Sobre Paulo e Tiago, ASLAN, Reza. Zelota…op.cit. pp 201-30.
11 – Idem. p.77
12 – Idem. pp. 81-93
13 – Idem. pp. 169-0
14 – Idem pp.167-78; E o capítulo 5 de EHRMAN, Bart. Como Jesus se tornou Deus..op. cit.
15 – Para outras transformações que os evangelistas vão promovendo, ver capítulos 8 e 9 de EHRMAN, Bart. Jesus, apocalyptic…op.cit.
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