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BRASIL

Livro analisa o papel do Prêmio Esso na relação entre a imprensa e a ditadura

da redação
Arfoc

Fotojornalista Alberto Jacob, que ganharia o Esso em 1971, é espancado e preso na cobertura dos protestos de 1968.

O livro “Sob o império do arbítrio: Prêmio Esso, imprensa e ditadura”, de Marcio de Souza Castilho, será lançado nesta sexta, 20/12, às 18h, na livraria Leonardo da Vinci, no Centro do Rio de Janeiro. O “império do arbítrio” que dá título a esta obra da Alameda Editorial, foi a expressão usada em editorial censurado do Jornal do Brasil na noite do fatídico Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro de 1968. Cinquenta e um anos depois, o AI-5 é revisitado e defendido por integrantes do atual establishment político. Trata-se, portanto, de um debate atual diante das tentativas de revisionismo sobre o que representou a ditadura e da retomada do militarismo na cena política nacional.

Castilho, professor da UFF e doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ, analisa como se construiu e se legitimou a principal premiação do jornalismo brasileiro, o Prêmio Esso, que cumpriu um papel de orientar a atuação dos jornalistas e as pautas e temas da grande imprensa durante a ditadura, para além da censura.

A pesquisadora, professora e jornalista Marialva Barbosa, na apresentação,  afirma que “o livro possui muitos méritos. Enfatizo apenas um. Produzir uma interpretação importante sobre a história da imprensa brasileira, desvendando processos encobertos num período sombrio e de trevas, em que exercer a atividade jornalística era uma tarefa, por vezes, de derrubar muros e muralhas, num país que estava envolto sob o signo da ditadura, sob o império do arbítrio.”

O livro está em pré-venda pelo site da editora.