No dia 18 de setembro os deputados nacionais Ali Wazir e Moshi Dawar foram soltos, após 116 dias de uma prisão injusta. A primeira mensagem de Ali Wazir pelo twitter, depois da prisão, foi agradecer a solidariedade internacional:
“Obrigado a todos os camaradas espaltados pelo mundo, especialmente da Argentina, Brasil, Espanha, Europa Oriental, França, Chile, Venezuela e Sul da Ásia. Nossa luta continuará até nosso último suspiro. As forças fascistas e a lei de marcial encoberta pela democracia não nos impedirão”
No Brasil, o PSOL, entre diversas organizações e movimentos, condenou a prisão e a corrente Resistência/PSOL fez ativa campanha de solidariedade e de denúncia contra a prisão arbitrária.
Depois de uma dúzia de audiências em Kharghamar, em 18 de setembro, o Tribunal Superior de Peshawar aceitou os pedidos de fiança dos deputados. Eles foram solicitados a fornecer cauções no valor de 1 milhão de rúpias cada e devem se apresentar à polícia uma vez por mês.
Os dois deputados que são líderes do Movimento Pashtun Tahafuz (sigla em inglês PTM), foram inicialmente acusados de um FIR (Ataque Terrorista) registrado na delegacia do Departamento de Terrorismo (CTD), na cidade de Bannu em 26 de maio, após o confronto de Kharqamar no Waziristão do Norte. O confronto resultou na morte de 13 pessoas e ferimentos em várias outras. Wazir foi preso no dia do ataque, enquanto Dawar se entregou às forças de segurança alguns dias depois. Mais tarde, vídeos divulgados nas mídias sociais confirmaram que o posto de controle do exército não foi atacado pelos manifestantes, mas a caravana de Ali foi atacada com tiros diretos pelas costas.
Separadamente, eles também foram acusados por um caso registrado em 7 de junho na delegacia de CTD, Bannu, depois que uma bomba improvisada (IED) explodiu em uma estrada em Doga Macha, Waziristão do Norte, quando um comboio do Exército passava pela área. Ambos, Wazir e Dawar, já estavam sob custódia dos CTD no momento da explosão do IED. Um tribunal antiterrorismo de Bannu concedeu no mês passado a fiança aos líderes do PTM, no segundo caso referente à explosão em Doga Macha.
Constatamos as enormes dificuldades para os lutadores sociais nesta região do planeta. E como sempre estaremos solidários contra a arbitrariedade do governo, e em apoio às lutas do povo pashtun e da classe trabalhadora paquistanesa. Enviamos calorosas saudações aos lutadores do PTM, a organização The Struglle (A Luta – organização marxista da qual Ali Wazir é dirigente), aos deputados Ali Wazir e Moshi Dawar seus familiares e camaradas.
Viva a solidariedade internacional!
A luta da classe trabalhadora e dos oprimidos é internacional!
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