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MOVIMENTO

Trabalhadores dos Correios mostram o caminho da resistência

Jacó Almeida, de Brasília (DF)
Will Mota

Assembleia em Belém (PA)

Esta é primeira greve nacional de uma categoria de trabalhadores contra este governo. E motivos não faltam. Além das condições cada vez mais difíceis de trabalho, da epidemia de doenças ocupacionais e da falta de concurso desde 2011, o emprego de milhares de pessoas está em risco com o anúncio da privatização dos Correios.

A direção da empresa e o governo não se mostram dispostos ao diálogo. Já entraram com dissídio coletivo para que as reivindicações não sejam atendidas. Apenas com a solidariedade do povo brasileiro os bravos trabalhadores dos Correios vão conseguir vencer esta batalha.

Nossa organização, a Resistência-PSOL, presta total solidariedade a esta categoria que nunca fugiu da luta. O fim dos Correios como empresa pública não é apenas um problema dos trabalhadores da empresa, é um problema de todos nós.

Apenas cerca de 300 cidades dão lucro para os Correios. Os serviços postais são garantidos para as outras porque a empresa é pública e não visa apenas o lucro. Com a privatização, o interior do Brasil e também os bairros de periferia das grandes cidades podem ficar sem entrega de correspondências.

Muitos grupos mentem sobre os serviços dos Correios. A empresa tem o monopólio apenas de parte das entregas, que são as que dão o menor lucro. Onde o mercado já é aberto, os Correios têm a liderança. A revista Forbes, em 2008, já colocou os Correios como uma das melhores companhias de serviço postal do mundo. Além disso, a empesa não dá prejuízo, isto é Fake News.

Na maioria dos países o serviço postal é público. Onde ele foi privatizado, a experiência não foi boa. Na Argentina a privatização da empresa de entrega de correspondências foi revertida e a ela voltou a ser estatal. Em Portugal isto também está sendo estudado. Entregar patrimônio público para grupos empresariais só é bom para as poucas pessoas que vão lucrar com o negócio.

Temos compromisso com as justas lutas da classe trabalhadora e vamos somar forças com os trabalhadores dos Correios em greve. Agora não é hora de apontar quem votou em quem, é hora de mostrar solidariedade de classe.

Não a privatização dos Correios!

Todo apoio à greve dos trabalhadores dos Correios!

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