Pular para o conteúdo
BRASIL

7 de setembro: hoje vamos para às ruas de preto para defender soberania nacional e direitos sociais e democráticos

Da Redação

No dia 7 de setembro, é lembrada a independência formal do Brasil. Porém, é sabido que o país está longe de ser verdadeiramente independente. Há uma longa trajetória de dependência econômica e submissão política às potências imperialistas, em particular aos Estados Unidos. Além disso, nas últimas décadas, ampliou-se o controle da economia nacional pelas grandes empresas estrangeirais, bem como a submissão do país às imposições do mercado financeiro internacional.

Desse modo, acentuou-se a condição semicolonial do Brasil. O golpe parlamentar de 2016, o governo ilegítimo de Temer e a eleição de Bolsonaro intensificaram enormemente o processo de recolonização do país, ao deflagar uma nova onda de entrega do patrimônio público, privatizações e desnacionalização da economia. Não que os governos do PT, em aliança com setores da direita, tenham sido um exemplo em matéria de soberania. Para ficar em um exemplo, os governos petistas seguiram realizando os leilões das reservas estratégicas do Pré-Sal.

Entretanto, é inegável que o golpe significou um salto de qualidade no processo de recolonização do Brasil. Atualmente, o governo neofascista de Bolsonaro, com um vassalo, subordina o nosso país aos interesses do imperialismo norteamericano comandado por Donald Trump. No governo Temer, a Embraer, que era uma empresa privada de capital nacional, foi vendida a um preço irrisório para a estadounidense Boeing. Agora, estamos prestes a entregar a base de Alcântara, no Maranhão, para o controle das Forças Armadas dos EUA, o que afeta a nossa soberania e fere os direitos das comunidades quilombolas da região.

Vale sublinhar que a política econômica de Paulo Guedes é puro entreguismo: o governo quer vender todo nosso patrimônio aos estrangeiros! Nesse momento, estão ameaçadas de privatização: a Petrobras, os Correios, o Banco do Brasil, a CEF, o sistema elétrico e entre várias outras estatais. Nem mesmo a educação escapa ao entreguismo desenfreado. O programa “Future-se” representa um forte golpe contra a universidade pública: querem instituir a privatização do conhecimento, acabar com as pesquisas científicas e, se possível, cobrar mensalidades.

Os ataques ao meio ambiente e as queimadas criminosas na Amazônia são parte da mesma política de destruição. Nesse contexto, cinicamente, Bolsonaro se aproveita das declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, que colocou em dúvida a capacidade do Brasil de proteger a Amazônia, para levantar a bandeira do patriotismo e conclamar a que todos vistam o verde e amarelo no dia de hoje.

Mas, boa parte da população brasileira sabe que Bolsonaro não faz defesa alguma da nossa soberania, ao contrário, estimula as queimadas na Amazônia e entrega vergonhosamente as riquezas e o patrimônio do país. Por isso, neste 7 de setembro vamos às ruas de preto, em protesto contra tudo que vem fazendo governo.

Derrotar o governo Bolsonaro nas ruas

Não existe soberania nacional privatizando a educação pública, a previdência social e as empresas estatais. No último dia 4 de setembro, aconteceu, em Brasília, um importante seminário para a articular a luta em defesa da soberania nacional. Essa valiosa atividade constituiu um comitê nacional, que pode ser um novo e importante passo para a construção de uma forte e ampla Frente Única dos explorados e oprimidos. Em defesa da soberania nacional, já estão sendo marcadas mobilizações para o dia 3 de outubro, tendo como prioridade uma manifestação nacional no Rio de Janeiro. Será com a organização e a mobilização do povo trabalhador que derrotaremos o governo Bolsonaro e seu projeto de destruição do país.