O primeiro semestre de 2019 foi marcado pela crescente resistência da classe trabalhadora e da juventude contra os ataques de Bolsonaro ao presente e ao futuro. O 14J foi mais uma importante demonstração da resistência unitária das organizações da classe trabalhadora contra as ameaças do governo Bolsonaro aos nossos direitos sociais. A data deu continuidade ao calendário da resistência contra a ofensiva do governo de ultra-direita de Bolsonaro contra os direitos sociais e as liberdades democráticas. Tivemos as importantes mobilizações de 08 de março, com as mulheres na vanguarda de Norte a Sul do país; do 22 de março, com a entrada organizada da classe trabalhadora e suas entidades sindicais e do movimento popular; e as massivas manifestações de maio, 15 e 30, com a aliança da classe trabalhadora e da juventude, unificando a luta contra a Reforma da Previdência e os cortes das verbas na educação pública. Apesar das desigualdades na mobilização em âmbito nacional e do papel cumprido por parte da direção das centrais e sindicatos, que não prepararam o 14J pela base, impedindo dessa forma a construção de um processo de mobilização superior.
A avaliação das centrais sindicais, reunidas semana passada para o balanço do 14J, apontou a mobilização “como muito positiva”, tendo em vista “que promoveu paralisações em centenas de cidades e em milhares de locais de trabalho, além de atos e passeatas contra o fim da aposentadoria, os cortes na educação e por mais empregos”, atingindo “45 milhões de trabalhadores em todo o país”. No entanto, apesar da avaliação positiva, não apontou um calendário de continuidade da mobilização, se limitando a declarar “apoio” ao ato convocado pela juventude para o próximo 12 de julho em Brasília, aproveitando o Congresso da UNE (CONUNE), que se reunirá na capital federal de 10 a 14 do próximo mês, centrando as ações na pressão parlamentar e na continuidade do trabalho com os abaixo-assinados.
Por sua vez, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), refletindo o papel de vanguarda da educação básica nos calendários de mobilização construídos neste ano e, particularmente, nas duas datas do mês de maio (15M e 30M) quando a luta contra a Reforma da Previdência se combinou à luta contra os cortes na educação pública promovidos pelo ministro da educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, definiu em seu Conselho Nacional de Entidades (CNE), reunido no último dia 26 de junho, um calendário de ações em todo o país durante o mês de julho, aderindo ao ato convocado pelas entidades do movimento estudantil no próximo dia 12 de julho e apontando mais um dia nacional de paralisação da educação pública para 13 de agosto, com a realização de marchas municipais contra a Reforma da Previdência e em defesa da educação pública.
A data aprovada pelo Conselho da CNTE assume importância diante das tentativas de avançar na tramitação da Reforma da Previdência no Congresso Nacional, lideradas pelo presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e governadores da base de apoio de Bolsonaro (e, inclusive, governadores do PT e de partidos da oposição, que cumprem um papel vergonhoso ao ajudar o governo no avanço deste ataque), tentam construir uma proposta para ser aprovada na Comissão Especial ainda nos próximos dias para ser encaminhada ao plenário antes do início do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho. Apesar das dificuldades para a construção da proposta final, que segue indefinida diante dos diversos interesses e privilégios defendidos pelos governadores, parlamentares e o próprio Bolsonaro, a unidade das frações burguesas em torno da contrarreforma da Previdência deve ser um alerta importante para a classe trabalhadora, a juventude e suas direções e não permite qualquer vacilo, que pode custar caro nestes momentos decisivos deste embate. Não temos tempo a perder.
Para responder à altura dos desafios da realidade é determinante que o Fórum das Centrais, as Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular e demais organizações sociais e políticas que estão na luta contra Bolsonaro e seus ataques avancem na convocação de um novo dia nacional de luta unificada da classe trabalhadora e da juventude. A posição até agora apresentada de “apoio” ao 12 de julho e ao 13 de agosto não é suficiente para as tarefas do momento e errada ao deixar nas mãos da juventude e dos setores da educação a responsabilidade de construir este calendário. É necessário que o 13 de agosto seja incorporado pelas direções dos movimentos sociais, que devem entrar em campo com toda sua energia e disposição para construí-lo em cada local de trabalho e estudo, nos territórios de norte a sul do país para que se transforme em mais uma demonstração poderosa de nossa oposição a esta contrarreforma e às demais medidas do governo Bolsonaro, que ameaçam nossos direitos e liberdades democráticas, intensificando a disputa de consciência pela base diante da campanha mentirosa colocada em movimento pelo governo e seus aliados, que tentam enganar a classe trabalhadora para que aceite abrir mão de seus direitos tão duramente conquistados pelas gerações anteriores e que se vêem ameaçados pelo governo e o congresso que atuam a serviço dos interesses dos ricos, das grandes empresas e bancos, os únicos que ganharão com esta contrarreforma.
JORNADA NACIONAL DA CNTE EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E CONTRA A DESTRUIÇÃO DA APOSENTADORIA
Dia 01 a 06 de Julho (Segunda-feira até Sábado): Divulgar amplamente e articular com as Centrais Sindicais, Movimento Estudantil, com os Fóruns de Educação e os Movimentos Sociais a execução da Jornada em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 07 Julho (Domingo): Ato Público em local de lazer no município da base eleitoral do/a parlamentar que pertence à Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara Federal, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 08 de Julho (Segunda-feira): O Sul do Brasil contra a Destruição da Aposentadoria, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 09 de Julho (Terça-feira): O Sudeste do Brasil contra a Destruição da Aposentadoria, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 10 de Julho (Quarta-feira): O Nordeste do Brasil contra a Destruição da Aposentadoria, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 11 de Julho (Quinta-feira): O Norte do Brasil contra a Destruição da Aposentadoria, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 12 de Julho (Sexta-feira): O Centro Oeste do Brasil contra a Destruição da Aposentadoria com Ato Público e Passeata em Brasília, junto com a UNE, UBES, ANPG e Centrais Sindicais, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 13 de Julho (Sábado): Ocupar espaços nas rádios de todo o país para denunciar a Destruição da Aposentadoria promovida pelo desgoverno do Bolsonaro, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 14 de Julho (Domingo): Ato Público em uma área de lazer e/ou piquenique na base eleitoral de um/a parlamentar membro da Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara Federal, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 15 de Julho (Segunda-feira): Reunião com Deputados Federais nos Estados e DF, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 16 de Julho (Terça-feira): Diálogos e Panfletagens nos transportes coletivos, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 17 de Julho (Quarta-feira): Bandeiraço e faixaço nos principais cruzamentos com grande fluxo de veículos, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 18 de Julho (Quinta-feira): Diálogos e panfletagens nos mercados públicos, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 19 de Julho (Sexta-feira): Reunião com os/as Deputados Federais nos Estados e DF, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 20 de Julho (Sábado): Colocar carro de som/bicicleta de som nas feiras livres, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 21 de Julho (Domingo): Passeio ciclístico contra a Destruição da Aposentadoria, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública no dia 13 de agosto.
Dias 22 a 28 de Julho (Segunda-feira até Domingo): Curta vídeos nos bairros – exposição de vídeos explicando as medidas destrutivas da Reforma da Previdência do desgoverno Bolsonaro com debate popular, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 29 de Julho (Segunda-feira): Organizar as estratégias para mobilização nos locais de trabalho, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 30 de Julho (Terça-feira): Diálogos/Debates com os/as moradores/as da sua rua e/ou do seu prédio sobre a Reforma da Previdência do desgoverno Bolsonaro, rumo a Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 31 de Julho (Quarta-feira): Ligar ou enviar mensagem para o Deputado Federal de cada Estado e DF, solicitando o voto contra as propostas de Reforma da Previdência do desgoverno Bolsonaro, rumo a PARALISAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dias 1, 2, 5, 6, 7, 8, 9, 12 de Agosto: Mobilizar os locais de trabalho, convocando para a PARALISAÇÃO e participação na Marcha do Município em defesa da educação pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 03 de Agosto (Sábado): Ocupar espaço das rádios para convocar a população para participar da Marcha da Educação no dia 13 de agosto em defesa da educação pública e contra a Destruição da Aposentadoria.
Dia 04 de agosto (Domingo): Ocupar espaço nos jornais de grande circulação nos Estados e DF, com propaganda em defesa da educação pública e contra a Destruição da Aposentadoria, convidando a população para participar da Marcha no seu Município ou na sua Região em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria no dia 13 de agosto.
Dia 13 de agosto (Terça-feira): PARALISAÇÃO da EDUCAÇÃO com Marcha nos Municípios em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria, rumo a garantia dos Direitos Conquistados pela Classe Trabalhadora e pela Igualdade Social
Dia 14 de agosto (Quarta-feira): Marcha das Margaridas em Brasília-DF, rumo a garantia dos Direitos conquistados pela Classe Trabalhadora e pela Igualdade social.
Dia 15 de agosto (Quinta-feira): Avaliação da Jornada e Divulgação das ações futuras em defesa da Educação Pública e contra a Destruição da Aposentadoria.
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