A classe trabalhadora: de Marx ao nosso tempo, de Marcelo Badaró

Boitempo Editorial

A classe trabalhadora: de Marx ao nosso tempo, é o primeiro livro de Marcelo Badaró pela Boitempo. Na obra, o historiador apresenta uma síntese da elaboração de Marx e Engels sobre a classe trabalhadora com o debate sobre o perfil atual do proletariado no Brasil e no mundo. O autor recupera o conceito de classe trabalhadora e mostra suas origens e seus movimentos, apresentando também um panorama de algumas de suas principais tendências hoje.

Disponível a partir de: 19 de junho

Em A classe trabalhadora: de Marx ao nosso tempo, o historiador Marcelo Badaró contribui de forma decisiva para os estudos do trabalho ao combinar uma síntese da elaboração de Marx e Engels sobre a classe trabalhadora com o debate sobre o perfil atual do proletariado no Brasil e no mundo. Embasado em análises sociológicas e historiográficas sobre a formação, a composição e o papel da classe como sujeito histórico-social, o autor recupera o conceito de classe trabalhadora e mostra suas origens e seus movimentos, apresentando também um panorama de algumas de suas principais tendências hoje.

A obra se inicia pela síntese das principais contribuições de Marx e Engels (e, de forma complementar, de autores marxistas do século XX) para o entendimento das categorias de classes sociais, luta de classes e classe trabalhadora, mostrando como elas permanecem pertinentes como caminho de compreensão do mundo em que vivemos. A seguir, são apresentados diferentes exercícios de diálogo entre essas discussões de Marx e dos marxismos sobre a classe trabalhadora e elementos empíricos da realidade da classe nos dias que correm.

A classe trabalhadora: de Marx ao nosso tempo é leitura fundamental para quem deseja compreender os processos de composição e luta das trabalhadoras e dos trabalhadores hoje e historicamente.

Trecho

É interessante observar […] que, na mesma medida em que são abundantes hoje em dia as referências à classe como critério de estratificação social medido pela renda e definido pelo acesso diferenciado ao consumo no mercado, escasseiam as menções ao termo quando associado a um lugar ocupado no processo de produção e nas relações de trabalho ou mesmo quando vinculado a determinadas formas de ação coletiva movidas por um sentido de classe. Por isso, ouvimos e lemos muito sobre “classe A, B, C” etc. ou sobre novas e velhas “classes médias” (e um pouco menos sobre “ricos” e “pobres”), mas, nos meios de comunicação, nos discursos políticos e até mesmo nas elaborações acadêmicas das ciências sociais, é cada vez mais raro o emprego de expressões como “classe trabalhadora”, “classe operária” ou “proletariado” (assim como são raras as referências a “burguesia” e “classe dominante”).

Não são apenas as categorias de análise que estão ausentes mas também a consequente percepção de que tais classes sociais têm visões de mundo, interesses e projetos políticos objetivamente opostos, que se confrontam em diversos momentos da vida social. Ou seja, o que se omite é a lógica de classe dos conflitos sociais fundamentais nos quais vivemos imersos.

Ficha técnica

Título: A classe trabalhadora: de Marx ao nosso tempo
Autor: Marcelo Badaró
Orelha: Ricardo Antunes
Páginas: 160
Preço: R$ 42,00
Formato (largura x altura): 16 x 23 cm
ISBN: 978-85-7559-706-4
Editora: Boitempo
Coleção: Mundo do Trabalho
Apoio: Faperj
Disponível a partir de: 19 de julho

Sobre o autor

Marcelo Badaró Mattos é professor titular de história do Brasil na Universidade Federal Fluminense (UFF). Suas pesquisas concentram-se em temáticas de história social do trabalho e debates teóricos marxistas. É autor de diversos livros, entre os quais Escravizados e livres: experiências comuns na formação da classe trabalhadora carioca (Bom Texto, 2008), traduzido e publicado em inglês pela Berghahn Books (2017), Trabalhadores e sindicatos no Brasil (Expressão Popular, 2009) e E. P. Thompson e a tradição de crítica ativa do materialismo histórico (Ed. UFRJ, 2012), além de muitos artigos acadêmicos e capítulos de livros no Brasil e no exterior.