Na noite desta sexta-feira, 14 de junho, o portal The Intercept fez novas revelações das conversas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, com os procuradores Deltan Dallagnol e Carlos Fernando Lima; entre os procuradores da operação; e de procuradores e assessores de imprensa.
Nesta nova matéria, chama a atenção o diálogo no qual Moro solicita ao procurador da Laja-Jato Carlos Fernando Lima que seja escrita uma nota à imprensa, atacando argumentos da defesa, porque segundo o atual ministro de Bolsonaro: “A defesa já fez o showzinho dela”.
Novamente, fica demonstrado o conluio da Lava-Jato, onde o ex-juiz Moro orienta o trabalho dos procuradores, em nítido desrespeito as leis brasileiras, que preveem total independência entre quem julga e os que acusam ou defendem.
No caso da Laja-Jato era pior: o juiz Sérgio Moro dirigiu os trabalhos dos procuradores, orientando inclusive que eles disputassem a opinião pública, especialmente contra o ex-presidente Lula.
Na troca das mensagens entre os procuradores, logo depois do primeiro depoimento de Lula e sob as orientações de Moro, eles chegam a discutir a necessidade de trabalharem rapidamente numa nota à imprensa, para ficar pronta a tempo de seu conteúdo ser repercutido no Jornal Nacional, da TV Globo.
O procurador Carlos Fernando chegou a pedir a um assessor de imprensa que tentasse “cavar” uma entrevista para ele, na TV Globo de Recife (PE), para que mais uma vez fosse atacada a defesa do ex-presidente Lula. Um absurdo!
É sempre bom relembrar que, até o momento, nem Moro e nem os procuradores da Lava-Jato negaram a autenticidade das conversas divulgadas pela The Intercept. No máximo tentam dizer que foram conseguidas de forma ilegal e que poderiam ter sido alteradas.
Estas novas informações só reforçam a necessidade imediata da anulação da sentença do chamado Triplex do Lula e a libertação imediata do ex-presidente, um preso político, impedido de concorrer nas últimas eleições, por interferência direta da operação Lava-Jato no processo eleitoral.
A defesa da liberdade de Lula não se confunde com o apoio ao projeto político da direção petista, mas não precisa ser um apoiador do PT para entender que a sua condenação sem provas, sua prisão política e o impedimento de sua candidatura são partes importantes do golpe parlamentar do impeachment.
O STF marcou um julgamento de um novo habeas corpus da defesa de Lula para o dia 25 de junho. Portanto, é preciso intensificar a campanha #Lulalivre até lá.
E, da mesma forma, os movimentos da classe trabalhadora, da juventude e dos oprimidos devem exigir o Fora Moro. Pois, não existe mais nenhuma condição que Sérgio Moro siga à frente do Ministério da Justiça. As acusações em si já seriam motivo para ele ter deixado o cargo, como exige a OAB. Mas além disso, devemos nos perguntar: como é possível uma investigação independente sobre a atuação de Moro como juiz da Lava-Jato, se os órgãos que investigariam estão hoje subordinados ao seu Ministério? Ele vai decidir sobre a investigação contra ele mesmo?
#Lulalivre
#Vazajato
#ForaMoro
#ForaMoro
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