Economia brasileira recua e a vida só piora para o povo trabalhador

Da Redação
O Petróleo

Na manhã desta quinta-feira, dia 30 de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acabou de divulgar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o primeiro trimestre de 2019. O PIB é a soma de tudo que é produzido num determinado país. Como já havia sendo previsto por analistas econômicos, o resultado foi uma queda no PIB em 0,2%, em comparação ao trimestre anterior. Ou seja, a economia brasileira, que vem de um longo período de estagnação, pode entrar rapidamente numa nova recessão como consequência direta da política econômica de Bolsonaro e Guedes.

No ano passado, segundo o próprio IBGE, a economia brasileira cresceu apenas 1,1%. As projeções do próprio Banco Central para o crescimento da economia brasileira para este ano já foram novamente revistas para baixo, e estão na casa de 1,23%.

Foi a 13ª terceira revisão para baixo das expectativas de crescimento da economia brasileira no ano de 2019. No início do ano, as projeções eram mais otimistas, e chegavam a 2,5%. Estes dados mostram bem o fracasso da política econômica do atual governo de extrema-direita.

Entretanto, mais do que números, o povo trabalhador sente “na pele” como a vida tem piorado: O desemprego segue crescendo na maioria das regiões brasileiras, durante o início do atual governo; a desigualdade da renda entre os brasileiros atingiu seu pior patamar desde 2002; Bolsonaro quer flexibilizar ainda mais as regras que protegem a saúde e a segurança do trabalhador; e vivemos um verdadeiro caos nos serviços públicos nas grandes cidades.

O governo Bolsonaro e a maioria reacionária e corrupta do Congresso Nacional querem jogar apenas sobre os ombros do povo trabalhador todo o peso do resultado negativo da economia. Cortam verbas da educação pública, querem acabar com a Previdência Social e não garantem os mínimos investimentos públicos tão necessários para a geração e empregos.

Atacam os direitos dos mais pobres e protegem os interesses dos mais ricos. Nenhuma medida é tomada para cobrar a dívida bilionária das grandes empresas e bancos com a Previdência Social, nada de propor uma reforma tributária que sobretaxe as imensas fortunas e os lucros exorbitantes dos grandes empresários; e, muito menos, existe disposição de auditar a dívida pública, interrompendo a sangria anual da boa parte do orçamento da União para o pagamento de juros ilegais e ilegítimos.

A única saída é apostar na mobilização, para podermos trabalhar, estudar e se aposentar. Fazer como os trabalhadores argentinos, que ontem realizaram a sexta greve geral contra os ataques aos direitos sociais desferidos pelo presidente de direita Macri, amigo e aliado de Bolsonaro.

No dia 14 de junho, as Centrais Sindicais, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo já confirmaram a marcação da Greve Geral. O momento exige a máxima unidade de ação e a construção pela base da Greve Geral. Vamos à luta. Derrotar o governo Bolsonaro nas ruas!