No dia 15 de maio, em Belém (PA), a educação vai parar contra os cortes de verbas e em defesa da aposentadoria

Will Mota, de Belém (PA)
Sindtifes

A construção da greve nacional da educação do dia 15 de maio está a todo vapor, em Belém do Pará. Várias assembleias de professores, técnico-administrativos e estudantes já aconteceram ou estão marcadas para deliberar sobre a greve do próximo dia 15, em função do anúncio de cortes de 30% dos recursos das universidades federais, que vai comprometer o funcionamento das universidades no segundo semestre. Já aprovaram em suas assembleias gerais paralisar as atividades neste dia os técnicos-administrativos da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), categoria representada pelo SINDTIFES-PA. Os professores da UFPA já têm assembleia marcada para o dia 10 de maio, assim como os professores da Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Também já estão chamando a greve do dia 15 os professores e técnicos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), organizados pelo SINASEFE, e a aguerrida categoria dos trabalhadores em educação pública do estado do Pará, representada pelo SINTEPP. Os estudantes estão realizando suas assembleias e aprovando paralisação estudantil em diversos cursos no IFPA, UEPA, UFRA e UFPA. Amanhã, 9 de maio, espera-se que haja uma grande assembleia geral dos estudantes da UFPA no final da tarde para votar a adesão ao dia 15 de maio.

Os trabalhadores em educação e os estudantes do Pará, tanto da educação básica, quanto do ensino superior, estão em sintonia com as mobilizações contra os cortes de verbas da educação que estão ocorrendo em todo o país. As mobilizações estão ocorrendo também em escolas e universidades do Interior do Estado, como Marabá e Santarém.

Em Belém, além da paralisação geral, haverá um ato de rua com concentração a partir das 8h, na Praça da República, em direção à ALEPA (Assembleia Legislativa do Estado do Pará), com o objetivo de cobrar do Poder Legislativo do Estado um posicionamento contrário aos cortes de verbas feitos pelo governo Bolsonaro.

Até os Reitores da UFPA, UFRA e IFPA irão se manifestar na Praça neste dia em defesa da educação pública, buscando dialogar com a população e mostrar a importância e os impactos das ações de ensino, pesquisa e extensão das universidades pública sobre a sociedade.

No dia 15 de maio, a aula é na rua. Trabalhadores da educação e estudantes, junto com seus sindicatos (SINDTIFES, SINASEFE, SINTEPP, ADUFPA, SINDUEPA, entre outros) e entidades estudantis, estarão unidos nas ruas para dizer não aos cortes na educação e acumular forças para a greve geral de 14 de junho em defesa da aposentadoria.