eu quero saber
das opressões que você se livrou
e de como seu cabelo
anda cada dia mais
selvagem e lindo
quero saber da culpa que
não te habita mais
quero ouvir
tudo que te silenciaram
eu quero que você me conte
a história das suas
cicatrizes (Ryane Leão)
Assim começou o I Congresso de Mulheres Piauienses, realizado, neste sábado (6), pela Frente Popular de Mulheres Contra o Feminicídio, que nasceu pela necessidade das mulheres se organizarem diante dos inúmeros casos de feminicídio no estado. O Piauí ocupa o primeiro lugar do Brasil em assassinatos de mulheres. A frente surgiu com o intuito de cobrar dos responsáveis políticas públicas que garantam a vida das mulheres. A partir daí, veio a necessidade de que as mulheres tivessem um espaço de formação e compreensão da realidade que está posta pela desigualdade de gênero.
O I CMP teve, pela manhã, uma programação de análise de conjuntura, resgate histórico da luta e organização de mulheres na sociedade e feminismos. À tarde, aconteceram grupos de discussão sobre com os temas: mulher e violência, mulher e trabalho, mulher e questões étnico-raciais e mulher e sexualidade. Após os grupos, aconteceu uma plenária final de discussão geral dos grupos menores.
O I Congresso de Mulheres Piauiense cumpriu seu papel de ser auto-organizado, de formação e escuta sensível de mulheres. Precisamos diariamente desses espaços para que juntas possamos entender que podemos mudar essa realidade que está posta a nós, de inferioridade.
Companheira, me ajude, que eu não posso andar só, eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor! Convidamos todas as mulheres a nos juntarmos e fazermos a unidade para derrotar Bolsonaro e tudo aquilo que ele representa. Nem uma a menos!
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