A Reforma da Previdência de Paulo Guedes e Bolsonaro visa acabar com qualquer perspectiva de uma aposentadoria digna para os trabalhadores e trabalhadoras do país. A campanha oficial do governo pela “Nova Previdência” já começou na TV, internet, rádio, outdoors, cartazes etc. Um festival de mentiras.
Paulo Guedes, o ultra-liberal ministro da Economia, continua pressionando os governadores a apoiarem as reformas estaduais para estes, sanarem o déficit público nos estados e continuarem pouco a pouco o corte de direitos dos servidores.
No RJ, os desgovernos corruptos de Cabral e Pezão, a péssima administração pública de ambos, a farra das isenções fiscais, e a diminuição das verbas dos royalties do petróleo, são alguns exemplos que detonaram o colapso financeiro das contas públicas e levaram o RJ à pedir ajuda ao golpista Temer em 2017.
O Rio de Janeiro, governado pelo direitista Wilson Witzel – amigo do deputado que quebrou a placa de Marielle – desde então é sempre citado pelo governo federal como pioneiro no que diz respeito ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), ajuste severo das contas públicas que dentre outros ataques aos servidores, prevê congelamento de reajuste salarial, aumento do desconto previdenciário e até demissão. Além de privatizações de instituições de ensino superior e empresas públicas.
Guedes e Bolsonaro querem matar dois coelhos com uma cajadada só: aprovar a reforma e ao mesmo tempo, acabar com o serviço público. Para isso tentam negociar a aprovação das reformas estaduais baseada na reforma nacional. Ou seja, o discurso sedutor do governo federal aos governadores de estados em crise financeira e tributária se enveredaria por dois caminhos: os estados tanto poderiam aprovar a “Nova Previdência”, como poderiam aderir ao perverso RRF e assim, asfixiar os servidores públicos nestes estados.
Vale lembrar que assim como foi feito no RJ, Paulo Guedes também que proibir a realização de concursos públicos em nível federal, ou seja, esse governo quer privatizar tudo!
Mas não será fácil para ELES. A crise interna do governo, quase diária, causa perplexidade em setores da burguesia, que temem pela não aprovação da Reforma da Previdência no estilo puro sangue – texto original. Fora as agruras com o Congresso e o toma lá dá cá tradicional que continua com Bolsonaro e que ainda não foi suficiente pra dar votos e vitória ao governo.
Dia 22 de março, no país inteiro, teremos o primeiro de muitos atos contra a Reforma da Previdência, que de “Nova” não tem nada. Que os servidores públicos, trabalhadores da iniciativa privada e a juventude do RJ sirvam de exemplo e referência de muita luta nas ruas, assim como no Brasil.
Foto Tomás Silva / Agência Brasil
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