Everaldo Becker veio a falecer nesta manhã, 21 de janeiro de 2019, em decorrência das complicações de seu estado de saúde. Eve, como era conhecido, era assistente social do Judiciário, e atuava em Santo André. Foi diretor do SINDJESP ABCD, fez parte da CSP-Conlutas, compunha a atual diretoria do CRESS/SP, e militava no núcleo LGBT da RESISTÊNCIA/PSOL.
Eve sofria há anos com uma doença autoimune, e ainda no início de dezembro sofreu um micro AVC. Mesmo assim, continuou suas atividades profissionais e de militância.
Dizia que “Nossas vitórias serão do tamanho da nossa luta e da nossa organização, e que era importante a organização das LGBTS para esse novo momento da conjuntura”.
Ele foi internado com o agravamento de seu quadro de saúde em Itajaí, com diagnóstico de pneumonia, e foi transferido no dia 13 de janeiro para o hospital Nereu Ramos em Florianópolis, mas veio a falecer nesta manhã após uma dura batalha pela vida.
Mesmo com as limitações, Eve procurava acompanhar as atividades de rua e de agitação. Recentemente, quando a saúde permitia, estava sempre presente nos atos do #ELENÃO e nos atos da campanha de Boulos.
Eve sempre procurava entender a realidade brasileira, sobretudo neste momento de ascenso da direita, à luz da conjuntura internacional e sob a ótica marxista. Suas análises de conjuntura, muitas vezes, eram o ponto de partida de profundas discussões no núcleo LGBT, e afirmava que era papel dos revolucionários defender as pautas democráticas.
Na noite de Natal, já com debilidades, mandou para os amigos mensagem de Boas Festas, desejando um 2019 de muita luta e de resistência.
Além da militância, as pessoas podiam encontrar em Eve sempre uma palavra amiga, uma risada fácil e um senso de humor refinado.
Sentiremos muita a falta de Eve!
Everaldo Becker, PRESENTE!
Até o Socialismo, camarada!
Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.
Bertolt Brecht
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