Solidariedade internacional: membro do CIT e outros três são presos na Rússia

Por: editoria internacional do EOL

Este artigo é uma tradução do texto publicado em inglês no socialistworld.net, plataforma do Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores (CIT). Aqui está o link para artigo original.

Apelo urgente: membro da CIT e outros três encaram sentença de prisão na Rússia

Quatro participantes da anual marcha anti-fascista em Moscou foram presos hoje incluindo Igor Yashin, liderança da “Alternativa Socialista”, seção russa do CIT. Eles ficarão detidos na delegacia até segunda-feira, quando haverá audiência para responderem por desobedecer a polícia. Os ativistas podem continuar presos por 15 dias.

A marcha anti-fascista ocorre todo ano para relembrar o assassinato brutal do advogado Stanislav Markelov e a jornalista Anastasia Baburouba cometido por fascistas dez anos atrás. Stanislav era membro ativo da “Juventude contra o Racismo na Europa”.

A marcha estava acontecendo de forma tranquila, ainda que chamativa, enquanto passava pelo centro de Moscou. Tinha significativa importância na marcha, além dos grupos políticos tradicionais que incluíam setor da CIT, o contingente de sindicatos presentes liderados pelo sindicato de jornalistas, do qual Igor é vice-presidente. Igor havia protagonizado a organização deste contingente. Aparentemente, a polícia não permitia palavras-de-ordem que denunciassem a prisão, tortura e morte de LGBTs na Chechênia (onde pesquisas apontam que nova onda de violência começou).

Parece que a polícia prendeu Igor por algum motivo. Quando os policiais tentaram prendê-lo outros manifestantes o cercaram e impediram Igor de ser levado. Levaram bons 5 minutos antes da tropa de choque intervisse para prender Igor e outros três ativistas.

O diretor da seção russa da Anistia Internacional já se pronunciou sobre o assunto: “a prisão de pessoas que participam de manifestação pacífica apenas por expressarem sua opinião é inaceitável. O objetivo da polícia em eventos como esse é garantir a segurança das pessoas, não censurá-las. Reivindicamos a liberdade de todos os presos”. O diretor está agora na delegacia de polícia de Moscou Arbat. A polícia não deixou advogados entrarem em contato com os presos desde então e não seguiu os procedimentos normais, de liberação dos presos depois de três horas.

Nós pedimos urgentemente que sejam enviados protestos para que as acusações contra os quatro presos – Igor Yashin, Nikolai Kretov, Dmitrii Borisenko e Mikhail Komrakov – sejam retiradas.

Qualquer pessoa que fale russo pode telefonar diretamente para a delegacia de polícia para exigir informações no número +7 4992410945 ou +7 499 2412814

Ou por favor mandes mensagens ou e-mail para a embaixada russa em seus países.

Por favor mandar mensagens de apoio para Igor e os outros presos no email [email protected]