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BRASIL

Após prisão de diretor do INTO, servidores farão ato por eleição direta

Da redação
Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro
Divulgação.

Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro

Nesta quarta-feira, 04, André Loyelo, diretor-geral do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), hospital de referência no Rio de Janeiro (RJ), foi preso por agentes da Polícia Federal na operação Ressonância, continuidade da operação Fratura Exposta, que já havia prendido o ex-secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes e os empresários do setor de saúde Miguel Iskin e Gustavo Estellita.

O então governador Sergio Cabral e seu secretário de Saúde, Sérgio Cortes.Reprodução
O então governador Sergio Cabral e seu secretário de Saúde, Sérgio Cortes.

Os desvios identificados somam R$ 300 milhões e também teriam beneficiado o ex-governador Sergio Cabral (MDB), que permanece preso.

A operação investiga 37 empresas, inclusive multinacionais, pelos crimes de cartel, corrupção, fraude em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Entre os presos, estão o ex-gestor do DGH (Ministério da Saúde) Jair Vinícius Ramos Veiga e o empresário Miguel Skin, que retorna à cadeia, depois de ser solto em fevereiro por uma decisão do STF.

Segundo a imprensa, André Loyelo tornou-se diretor-geral através da indicação do deputado federal Francisco Floriano (DEM-RJ), já durante o governo de Michel Temer. Além de sua prisão temporária, outros quatro dirigentes do instituto foram presos de forma preventiva na operação: Jair Vinnicius Ramos da Veiga, o Coronel Veiga, Luis Carlos Moreno de Andrade, João Batista da Luz Júnior e Rafael dos Santos Magalhães. O ex-secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, solto em fevereiro, teve uma revista em sua casa e foi intimado a depôr.

Após a prisão, os servidores do INTO divulgaram uma nota, na qual classificam a ingerência política sobre o orgão de “nefasta”, defendem uma eleição direta para a direção-geral do instituto e anunciam um ato público no dia 25 de julho. Veja um trecho da nota:

“Hospitais são instituições complexas e suas direções gerais são cargos decisivos, que exigem conhecimento específico, compromisso ético com a vida da população e com os profissionais de saúde, segundo os princípios do SUS.
Como servidores do Into, exigimos o fim imediato da ingerência política sobre a gestão da unidade. Também exigimos que os cargos de diretor-geral e dos demais gestores sejam preenchidos por servidores de carreira e por meio de eleição direta dos profissionais do Instituto. Este é caminho.
No próximo dia 25 de julho, a partir das 10h, vamos todos abraçar o INTO.”

 

FOTO: Sede do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro. Divulgação.

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